esperança

 A tragédia das águas aumentará geometricamente a diáspora de pessoas e de empresas. A migração poderá duplicar e até triplicar em menos de 10 anos.

Pelo menos 1,8 milhões, quase 2 milhões, de gaúchos e seus descendentes, vivem fora do RS, segundo dados do IBGE. O RS tem 11,3 milhões de habitantes,15% estão em Santa Catarina (280 mil).

Nos últimos 8 anos, 700 mil foram embora do Estado, a maioria dos quais foram para Santa Catarina, de acordo com o Departamento de Economia e Estatística do governo do RS (CLIQUE AQUI para saber mais).

O RS é o Estado que registra menor crescimento populacional do País, segundo artigo do ex-secretário da Fazenda, Aod Cunha, que este blog publica mais abaixo. Entre 2000 e 2022, o crescimento foi o menor do Brasil, 0,3%, com saldo negativo de 700 mil, segundo Aod Cunha.

Esse movimento demográfico, dada produtividade total dos fatores  relativamente semelhante à média brasileira, foi a principal explicação para um crescimento acumulado do PIB gaúcho no período de 1,6% a.a. entre 2002 e 2021, o segundo pior do Brasil, só abaixo do RJ.

A migração de gaúchos nem é recente, de acordo com este livro escrito pelo ex-senador Pedro Simon, "A Diáspora Gaúcha", que pode ser lido pela internet e na íntegra (CLIQUE AQUI para ler e saber).

Na década de 60, o escritor e jornalista Franklin  de Oliveira celebrizou-se a publicar o livro "RS: um Novo Nordeste", registrando o início da diáspora e o que viria a seguir. 

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Como comparação, Katrina exigiu $160 bilhões na sua reconstrução em 20 anos. E ainda assim a população de New Orleans reduziu em 20%

Um exemplo para isso foi a solução que a Holanda vem adotando há 600 ano um conjunto de várias intervenções que deram espaço para a água escoar em eventos extremos, com uma governança sólida de longo prazo.

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São boas lições e elas mostram que não existe milagre de curto prazo.

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No RS, agora, no curtíssimo e curto prazo é a hora de buscar abrigos para os desabrigados, salvar empresas e garantir empregos, mas também é hora de reconstruir para devolver aos gaúchos a capacidade de crescer de modo sutentável, um compromisso de médio e de longo prazos e que deve ser calculado na base dos tres dígitos de bilhões.

Os gaúchos podem vencer este desavio.

Não há vitimismo por aqui, mas a vontade férrea de reconstruir e melhorar a vida.

Não se trata de esperança vã.

É coisa de um povo que já provou no passado e neste presente, que pode unir esforços e  dar a volta por cima.

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