O Itamaraty, como todo o governo do PT, não comentou o assunto, mas se sabe que a embaixadora brasileira em Washington trabalha para impedir que Moraes e Gone integrem a lista.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou, hoje, quarta-feira, uma nova política de restrição de vistos direcionada a autoridades estrangeiras e indivíduos acusados de participar ou colaborar com a censura a cidadãos americanos. Sem citar nomes diretamente, Rubio apontou a América Latina como uma das regiões prioritárias da medida, indicando um endurecimento do governo dos EUA em relação a ações internacionais que afetem a liberdade de expressão de seus cidadãos ou residentes.
O ministro Alexandre de Moraes e o chefe da PGR, Paulo Gonet, e seus familiares, estão na lista, conforme amplamente noticiado .Rubio e outros parlamentares republicanos têm mencionado diretamente o nome do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como possível alvo da nova diretriz. Em audiência recente no Congresso, o deputado Cory Mills — aliado do ex-presidente Donald Trump e próximo da família Bolsonaro — disse que o Brasil vive um “alarmante retrocesso nos direitos humanos” e que Jair Bolsonaro estaria a caminho de se tornar um “preso político”.
De acordo com o Departamento de Estado, estarão sujeitos à nova política:
Autoridades estrangeiras que tenham emitido ou ameaçado emitir mandados de prisão contra cidadãos americanos ou residentes nos EUA por publicações feitas em redes sociais de empresas norte-americanas, como Facebook, Instagram, WhatsApp (Meta) e X (antigo Twitter, de Elon Musk);Indivíduos que pressionem por políticas de moderação de conteúdo com aplicação global, ultrapassando sua jurisdição nacional, ou se envolvam em iniciativas de censura com impactos diretos sobre os EUA.
“A liberdade de expressão é essencial para o modo de vida americano – um direito de nascimento sobre o qual governos estrangeiros não têm autoridade. Estrangeiros que atuam para minar os direitos dos americanos não devem desfrutar do privilégio de viajar para o nosso país”, afirmou Rubio, em publicação na rede social X. “Os dias de tratamento passivo para aqueles que atentam contra os direitos dos americanos acabaram”, acrescentou.
O Departamento de Estado confirmou que a medida se ampara na Lei de Imigração e Nacionalidade, que permite ao governo vetar a entrada de estrangeiros cuja presença nos EUA possa representar risco à política externa americana. Membros da família dos alvos também podem ser incluídos nas restrições.
Nenhum comentário:
Postar um comentário