Alex Pipkin, PhD em Administração
Há quem ainda acredite que o Oriente Médio caminha para a paz. Ingenuidade ou má-fé. Talvez. Talvez ambos
O que se desenha, na verdade, é um cerco. Israel, a única democracia funcional do Oriente Médio, resiste entre inimigos declarados e aliados cada vez mais ambíguos, quando não covardes.
Os Estados Unidos, sempre um aliado de primeira hora de Israel, já não demonstram a mesma firmeza. A retórica do progressismo do atraso corrói o alicerce dessa aliança histórica. Sob o disfarce de moderação, a Casa Branca se dobra. Rebatiza a omissão de diplomacia, e parece chamar a empatia de virtude. Mas, na verdade, a empatia tem se transformado numa espécie de covardia. É o novo idioma da demonstração de uma decadência moral.
Essa ideologia do fracasso, esse progressismo do atraso, destruiu os valores que construíram a civilização ocidental. E o que se assiste agora é mais do que uma crise política, é a morte dos valores judaico-cristãos. Esses são os pilares da liberdade, da responsabilidade e da verdade. O Ocidente parece disposto a trocar sua alma por aplausos fáceis, além de muito ignorância consciente e inconsciente.
A grande mídia, cúmplice zelosa dessa narrativa, transformou-se em veículo de catequese ideológica. Repete o enredo do “Israel opressor” com a convicção de um dogma e fecha os olhos para o verdadeiro perigo; a lenta e silenciosa dominação islâmica que já sufoca a Europa e intensifica sua infiltração nas universidades e nos corredores do poder americano.
A eleição do sedutor Zohran Mamdani, um político abertamente anti-Israel, em Nova Iorque, é um símbolo inquietante. A cidade que acolheu milhões de judeus e representou o refúgio do mundo livre agora celebra um discurso hostil a Israel — e, por extensão, ao próprio Ocidente. Em Jerusalém, a leitura parece ser direta, diagnosticando que o progressismo americano começa a flertar com a retórica de quem sempre quis destruir Israel.
As universidades, outrora templos do pensamento, sabidamente, tornaram-se laboratórios de ressentimento. Formam jovens que gritam por “justiça social” sem saber o significado de justiça, e que repetem slogans como se fossem argumentos. A ignorância virou credencial moral.
Ironia das ironias, trágica. O antissemitismo, que outrora envergonhava os bárbaros, hoje desfila com aplausos em Manhattan, encoberta pelo fino véu de virtude.
Israel, contudo, não se curva. Permanece fiel aos valores que o Ocidente esqueceu: mérito, razão, verdade.
Enquanto o resto do mundo prefere a anestesia moral do politicamente correto, Israel escolhe sobreviver e, mais importante, lembrar-nos de quem fomos.
O cerco a Israel não é apenas geopolítico. É civilizacional. Quando o Ocidente começa a duvidar de Israel, o problema já não está no Oriente Médio. Está em nós, e na nossa escolha de nos ajoelhar diante da mentira, chamando-a de predicado.
Tanto os judeus quanto os não-judeus não podem se resignar. Devem continuar alertando, denunciando e expondo que o antissemitismo e a negligência dos valores que ergueram a civilização ocidental — os valores judaico-cristãos — representam uma ameaça não apenas a Israel, mas à própria humanidade. Seguramente.
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