Quinta estimativa da safra 2016/17 traz perspectiva de
recorde para a segunda safra de milho, favorecendo a baixa de preços a partir
de meados deste ano
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou
ontem a 5º Estimativa da safra 2016/17 de grãos, que está em período de
colheita no País. A área plantada somou 59,5 milhões de hectares, expansão de
2,1% ante a safra passada. A produção total de grãos foi estimada em um recorde
de 219,1 milhões de toneladas, uma revisão altista em relação à estimativa
anterior, de 215,3 milhões de toneladas, representando expansão de 17,4% ante a
safra de 2015/16. Esta é a 1ª estimativa neste ciclo de revisões para a safra
de inverno que engloba o trigo e a 2ª safra de milho. Para o trigo, cujo
plantio começa a partir de março, a Conab manteve em sua análise a mesma área
da safra anterior e considerou a produtividade média das últimas cinco safras,
que foi muito inferior à registrada no ano passado. Com isso, a produção foi
estimada em 5,7 milhões de toneladas, um recuo de 16,0% ante 2015/16.
Entretanto, à medida que avançar o desenvolvimento desta safra, poderemos
observar melhora nos prognósticos, favorecidos pelo clima mais regular de 2017.
Para a 2ª safra de milho, a Conab trouxe a primeira revisão positiva para a área
plantada com a cultura, apontando alta de 4,7% ante os levantamentos dos meses
anteriores. Assim, a produção esperada para a 2ª safra é de um recorde de 58,6
milhões de toneladas, expansão de 44,0% em relação ao último ano, o equivalente
a 18,0 milhões de toneladas a mais. A safra total de milho foi estimada nesta
revisão em 87 milhões de toneladas, alta de 31,1% ante a safra passada. Além
disso, refletindo a melhor expectativa para a produtividade, a safra de soja
foi revisada para cima, passando de 103,8 para 105,6 milhões de toneladas,
ampliação 10,6% em relação à safra anterior. No mesmo sentido, as safras
de feijão e de arroz também foram revisadas para cima e devem crescer 30,4% e
11,9% nessa ordem. A atual safra recorde de grãos deverá trazer benefícios à
economia brasileira. Dentre estes, destacamos a inflação mais baixa, favorecida
pela acomodação dos preços domésticos de itens básicos como arroz, feijão e
trigo e pelo alívio de custos nos segmentos de carnes e de leites e derivados,
além de relevante incremento da renda agrícola nas regiões produtoras de grãos.
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