O inquérito policial, inclusive demandas judiciais, estão todos em sigilo total. Os atentados foram praticados por um grupo anarquista gaúcho. Alguns dos atos de terrorismo estão descritos num livro apreendido, que estava numa chamada Biblioteca do Kaos. A Polícia evita falar em ações terroristas, mas é do que se trata. Todos os atos do grupo gaúcho, que se define como anarquista, estavam registrados em livros, publicados por um biblioteca, chamada de "Biblioteca do Kaos" (capa de um exemplar, ao lado), instalada em imóveis invadidos em Porto Alegre. Inicialmente, a biblioteca ficava em um prédio no bairro Cidade Baixa. Depois de despejados pela Justiça, se mudaram para um casarão, em uma escadaria no Centro da cidade. O local também havia sido invadido, e eles foram retirados pela Brigada Militar.
A investigação sobre os atentados terroristas perpetrados desde 2000 em Porto Alegre, começou com a explosão de uma das bombas incendiárias na frente da 1º Delegacia de Polícia Civil, no Centro de Porto Alegre, no dia 24 de setembro de 2016. O artefato incendiário foi detonado logo após um agente ligar a ignição do carro estacionado na rua General Canabarro. As chamas não atingiram o tanque de combustível. O fato não foi divulgado na imprensa, mas um inquérito policial foi instaurado.
Segundo análises do engenheiro químico e perito criminal Cléber Muller, que na época do fato era diretor do Instituto Geral de Perícias (IGP), o artefato era de fabricação caseira, com etanol e gasolina dentro de uma garrafa pet, que seria semelhante ao explosivo coquetel molotov. Um relógio timer e uma bateria anexados ao artefato o davam características de uma bomba programada.
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