Artigo, Enio Meneghetti - Perdido o Poder, agora a ordem é cometer crimes nas ruas
Na promoção de arruaças, ocupações e depredações do
patrimônio público e privado, sob a desculpa de protestar contra Michel Temer,
a intenção é óbvia. Buscar o confronto radical e intolerante e conseguir
explosões de violência. Um cadáver para chamar de seu e transformá-lo em
mártir. Esse é o desejo nem tão secreto dos mentores das ações dos grupos que
foram às ruas na última sexta feira, destruindo agências bancárias, lojas,
propriedade pública e privada.
Espera-se que as autoridades legalmente constituídas
estejam acompanhando os movimentos desses grupos extremistas que apoiam o
governo Dilma e agora escolheram o “Fora Temer” – vice escolhido e eleito por
eles – como o inimigo a ser combatido.
A população sabe que o processo de impeachment foi
legitimo, a não ser pela vigarice do fatiamento.
As hordas que provocaram quebra-quebra e ocupações, como
a do eterno braço armado do PT, o exército do Stedile, que ocupou o prédio da
Receita Federal em Porto Alegre, sabem disso.
Afinal, o que tem a ver Receita Federal com MST? É
ato de pura provocação.
A esquerda brasileira não sepultou prática do
emprego da mentira e da violência política.
O que desejam, no fundo de suas mentes deturpadas, é um
banho de sangue. Como não conseguirão, um cadáver já serve. Esse seria o grande
prazer estético buscado por essa turma que usa da depredação e do confronto
provocado contra a polícia.
Pulso firme é o único remédio contra abusos. Justiça e
polícia neles.
Felizmente, Dilma Rousseff corre sério risco de ser logo
processada criminalmente por tráfico de influência e tentativa de obstrução de
Justiça na maracutaia de fazer Lula ministro para ajudá-lo a escapar da Justiça
de I grau. Dilma sabe que também incorre em crime de responsabilidade, pela
mesma razão.
As coisas estão andando. Na manhã desta segunda feira,
600 policiais federais saíram as para cumprir mandados referentes a atos
ilícitos cometidos em fundos de pensão. Trata- se da operação Greenfield.
Os investigadores apuram fraudes contra FUNCEF, PETROS,
PREVI e POSTALIS. São 127 mandados. Um dos alvos da PF é o ex-presidente
do FUNCEF.Carlos Alberto Caser, ligado a Ricardo Berzoini e João Vaccari Neto.
Os mandados judiciais foram expedidos pela 10ª Vara Federal
de Brasília. São sete de prisão temporária, 106 de busca e apreensão e 34
de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia,
Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Amazonas, além do
Distrito Federal. Foi determinado também o sequestro de bens e o bloqueio de
contas bancárias de 103 pessoas, no valor aproximado de R$ 8 bilhões.
Dilma deverá dizer que não sabia de nada. Nem Lula.
Para não parar por aí, Delcídio Amaral prestou
depoimento à força-tarefa da Lava Jato na quinta-feira passada e declarou que
Lula comandava o esquema de corrupção na Petrobras.
Delcídio afirmou que Lula cuidou pessoalmente do rateio
político de diretorias da Petrobras. Envolvia-se na divisão dos postos e na
escolha dos nomes indicados pelos partidos. Disse ainda que Lula tinha pleno
conhecimento de que os partidos aliados a seu governo usavam as diretorias da
estatal para cobrar propinas de empreiteiras e fornecedores da Petrobras.
Tratava-se, na definição do delator, de uma ação de governo voltada à compra de
apoio parlamentar no Congresso.
As informações que prestou em Curitiba devem ser usadas
em inquéritos que correm contra Lula, também submetido à Justiça de primeiro
grau.
Espera-se que tudo isso ande rápido, antes que seus apoiadores
toquem fogo no país em ações diárias.
Enio Meneghetti
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