Porto-alegrenses aprovam atuação de voluntários, bombeiros e brigadianos, diz pesquisa inédita

 Porto-alegrenses aprovam atuação de voluntários, bombeiros e brigadianos, diz pesquisa inédita

 

Levantamento exclusivo do Instituto Methodus, em parceria com a Ulbra TV e a rádio Mix FM 107.1, revela também que 80% das pessoas ouvidas estão insatisfeitas com os governos municipal e estadual. Governo federal tem desaprovação de 74%

 

Uma pesquisa inédita revela as opiniões dos moradores de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, sobre o impacto das enchentes do mês de maio deste ano. No levantamento exclusivo feito pelo Instituto Methodus, em parceria com a Ulbra TV e a rádio Mix 107.1 FM, 99% os porto-alegrenses disseram estar muito satisfeitos com o trabalho dos voluntários. A aprovação ao atendimento nas enchentes também é alta, acima de 50%, para os Bombeiros (69%) e a Brigada Militar (56%). Em seguida, com 38%, vem o Exército.


Já a atuação dos governos municipal e estadual tem a desaprovação de 80% das pessoas ouvidas, que se disseram estar insatisfeitas ou pouco satisfeitas com os trabalhos coordenados pela Prefeitura da Capital e pelo governo gaúcho. O governo federal também em uma grande desaprovação, de 74%.

 

Segundo a pesquisa Methodus/UlbraTV/MixFM divulgada nesta terça-feira, 28, no programa Poder RS, 39% das pessoas se dizem muito afetadas pela enchente em Porto Alegre, 17% foram pouco afetadas e 44% não foram atingidas. O levantamento ainda mostra que 60% dos porto-alegrenses tiveram a sua rotina de vida muito afetada pelas enchentes; 21% foram pouco atingidas e 19% nada afetadas.



Quando questionados a respeito do principal impacto sentido em suas vidas nos últimos dias, 47% responderam ter a sua vida cotidiana afetada. Foram citados o desabastecimento de água potável, dificuldade de transporte público e de locomoção na cidade, alagamento do local de trabalho, entre outros itens. Em segundo lugar, vem o impacto econômico e financeiro, citado por 28% das pessoas ouvidas. Na sequência, aparecem os impactos psicológicos e emocionais, com 16%; acima de moradia e segurança, mencionada por 7% dos pesquisados. Por fim, 2% comentaram impactos sociais e comunitários.


INSEGURANÇA COM O FUTURO

Entre os participantes da pesquisa, 86% responderam estar inseguros ou pouco seguros com a atuação do governo municipal no processo de normalidade após os alagamentos, 82% estão inseguros ou pouco seguros com o fornecimento de água potável. O levantamento revela que 70% estão inseguros ou pouco seguros com a manutenção da sua fonte de renda, 61% em cumprir seus compromissos financeiros e 56% estão com medo de perder o emprego e não conseguir outro trabalho. O temor com o futuro profissional alcança 54% das pessoas ouvidas, mesmo índice de quem diz estar inseguro ou pouco seguro coma segurança do seu bairro contra as enchentes. Do outro lado, 48% estão muito seguros com o fornecimento de energia elétrica.

 

Sobre o sentimento com a vida em Porto Alegre, 50% disseram estar preocupados com o futuro, que parece difícil e incerto. Mas 47% se consideram otimistas em relação ao futuro, acreditando que as coisas irão melhorar. Apenas 4% afirmaram estar completamente sem esperança.

 

O levantamento ainda apurou que 91% dos moradores de Porto Alegre darão mais atenção a questões ambientais depois da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul. Outros 70% estão se sentindo tristes e abatidos nas últimas semanas pós-enchentes e 64% têm a sensação de que a sua vida parou neste período. Entre os pesquisados, 41% dos moradores de Porto Alegre não tem esperança de que a vida volte ao normal tão cedo.

 

A pesquisa Methodus/UlbraTV/MixFM foi feita entre os dias 15 e 24 de maio. Ao todo, 400 moradores de Porto Alegre foram entrevistados. A margem de erro é de 5 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

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