O setor de bens de capital (-31,2%) assinalou a 21ª taxa
negativa consecutiva, com queda ligeiramente menos intensa do que a verificada
no mês anterior (-32,8%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi
influenciado pelos recuos em todos os seus grupamentos, com destaque para a
redução de 35,2% de bens de capital para equipamentos de transporte,
pressionado pela menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e
semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, reboques e semirreboques,
embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros e
plataformas), aviões, ônibus e vagões para transporte de mercadorias. As demais
taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto (-37,0%),
para construção (-53,8%), para fins industriais (-6,5%), agrícola (-21,5%) e
para energia elétrica (-13,1%).
Considerações:
Após anos de luta para promover a industrialização do
Brasil assistimos de forma cabal e irrefutável o fim desse processo, apesar do
“Bolsa Empresário”.
Depois de despejar R$ 362 bilhões até 2014 em empréstimos
subsidiados do BNDES para a compra de máquinas e equipamentos, o governo
encerrou o PSI (Programa de Sustentação de Investimentos) no final do ano
passado com uma conta para pagar de pelo menos R$ 214 bilhões.
Somente o ora colocado não seria motivo suficiente para
impedimento de um presidente?
Pesquisa Industrial Mensal Produção Física – Brasil –
Fonte IBGE
Base: Novembro de 2015
Produção industrial recua em novembro (-2,4%)
Novembro 2015 / Outubro 2015
-2,4%
Novembro 2015 / Novembro 2014
-12,4%
Acumulado 2015
- 8,1%
Acumulado 12 meses
- 7,7%
Média Móvel Trimestral
-1,6%
Em novembro de 2015, a produção industrial recuou 2,4%
frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais,
sexto resultado negativo seguido, acumulando nesse período perda de 8,3%. A
queda desse mês foi a mais intensa desde dezembro de 2013 (-2,8%). Na série sem
ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da
indústria apontou queda de 12,4% em novembro de 2015, 21ª taxa negativa
consecutiva nesse tipo de comparação e a mais acentuada desde abril de 2009 (-14,1%).
No índice acumulado para os 11 meses de 2015, o setor industrial mostrou
redução de 8,1%, intensificando o recuo de 6,0% registrado no primeiro semestre
de 2015. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, com a
queda de 7,7% em novembro de 2015, assinalou a perda mais intensa desde
novembro de 2009 (-9,4%) e manteve a trajetória descendente iniciada em março
de 2014 (2,1%).
Frente a outubro, 14 dos 24 ramos investigados tiveram
queda na produção
A redução de 2,4% da atividade industrial na passagem de
outubro para novembro teve predomínio de resultados negativos, alcançando três
das quatro grandes categorias econômicas e 14 dos 24 ramos pesquisados. Entre
os setores, as principais influências negativas foram em indústrias extrativas
(-10,9%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-7,8%),
ambos intensificando o ritmo de queda frente ao mês anterior (-1,8% e -1,1%,
respectivamente). Vale destacar que, nesse mês, esses ramos foram influenciados
pelo rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração na região de Mariana
(MG) e pela greve dos petroleiros. Outras contribuições negativas importantes
vieram de produtos alimentícios (-2,2%), produtos de minerais não-metálicos
(-3,5%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,0%),
produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-3,9%), produtos do fumo (-14,9%),
outros produtos químicos (-4,4%) e outros equipamentos de transporte (-3,8%).
Entre os dez ramos que ampliaram a produção, os desempenhos de maior
importância foram veículos automotores, reboques e carrocerias (1,3%),
metalurgia (1,4%), bebidas (1,4%) e perfumaria, sabões, produtos de limpeza e
de higiene pessoal (0,7%), com o primeiro interrompendo três meses consecutivos
de queda na produção, período em que acumulou perda de 19,2%; o segundo
intensificando a taxa positiva registrada em outubro último (0,2%); o terceiro
revertendo a variação negativa de 0,1% do mês anterior; e o último eliminando
parte da perda de 2,3% observada em outubro.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na
comparação com o mês imediatamente anterior, bens intermediários (-3,8%) e bens
de consumo duráveis (-3,2%) mostraram as reduções mais acentuadas em novembro
de 2015, com o primeiro permanecendo com o comportamento de queda presente
desde fevereiro último e acumulando recuo de 10,9% e o segundo apontando o
quarto resultado negativo consecutivo, com perda de 18,9% nesse período. O
segmento de bens de capital (-1,6%), que também registrou taxa negativa nesse
mês, teve queda menos intensa do que a média nacional (-2,4%), mas marcou o
segundo recuo seguido, acumulando nesse período perda de 3,7%. O setor de bens
de consumo semi e não-duráveis, ao avançar 0,4%, assinalou o único resultado
positivo em novembro de 2015, eliminando parte do recuo de 1,0% verificado no
mês anterior.
Média móvel trimestral recua 1,6%
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média
móvel trimestral recuou 1,6% no trimestre encerrado em novembro de 2015 frente
ao mês anterior e manteve a trajetória descendente iniciada em outubro de 2014.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste
índice na margem, bens de consumo duráveis (-5,1%) mostrou a redução mais
acentuada nesse mês e permaneceu com a sequência de taxas negativas iniciada em
dezembro de 2014, com perda acumulada de 30,7% nesse período. Os segmentos de
bens intermediários (-2,1%) e de bens de capital (-0,8%) também apontaram taxas
negativas em novembro de 2015, com o primeiro mantendo a trajetória descendente
iniciada em outubro de 2014 e o segundo prosseguindo com o comportamento
negativo presente desde outubro de 2014 e acumulando nesse período recuo de
33,0%. O setor de bens de consumo semi e não-duráveis (0,0%) o patamar do mês
anterior, após quatro meses de resultados negativos consecutivos e que
acumularam redução de 2,0%.
Indústria recua 12,4% na comparação com novembro de 2014
Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção
industrial caiu 12,4% em novembro de 2015, com perfil disseminado de resultados
negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas, 24 dos 26 ramos,
68 dos 79 grupos e 76,4% dos 805 produtos pesquisados. Entre as atividades,
veículos automotores, reboques e carrocerias (-35,3%) exerceu a maior
influência negativa na formação da média da indústria, pressionada pela redução
na produção de automóveis, caminhões, caminhão-trator para reboques e
semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, reboques e
semirreboques, carrocerias para ônibus e caminhões e autopeças. Outras
contribuições negativas relevantes vieram de coque, produtos derivados do
petróleo e biocombustíveis (-12,0%), indústrias extrativas (-10,5%),
equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-34,2%), máquinas
e equipamentos (-16,3%), outros produtos químicos (-9,2%), produtos de minerais
não-metálicos (-13,6%), produtos de metal (-14,0%), metalurgia (-9,0%),
produtos de borracha e de material plástico (-11,6%), máquinas, aparelhos e
materiais elétricos (-15,2%), outros equipamentos de transporte (-21,2%),
móveis (-22,9%), produtos têxteis (-19,0%) e produtos diversos (-20,6%). Por
outro lado, produtos alimentícios (0,7%) e bebidas (1,3%) foram as duas atividades
que aumentaram a produção nesse mês.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de
capital (-31,2%) e bens de consumo duráveis (-29,1%) assinalaram as reduções
mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores
de bens intermediários (-10,8%) e de bens de consumo semi e não-duráveis
(-4,8%) também mostraram resultados negativos nesse mês, mas ambos com recuos
abaixo da média nacional (-12,4%).
O setor de bens de capital (-31,2%) assinalou a 21ª taxa
negativa consecutiva, com queda ligeiramente menos intensa do que a verificada
no mês anterior (-32,8%). Na formação do índice desse mês, o segmento foi
influenciado pelos recuos em todos os seus grupamentos, com destaque para a
redução de 35,2% de bens de capital para equipamentos de transporte,
pressionado pela menor fabricação de caminhões, caminhão-trator para reboques e
semirreboques, veículos para transporte de mercadorias, reboques e
semirreboques, embarcações para transporte de pessoas ou cargas (inclusive petroleiros
e plataformas), aviões, ônibus e vagões para transporte de mercadorias. As
demais taxas negativas foram registradas por bens de capital de uso misto
(-37,0%), para construção (-53,8%), para fins industriais (-6,5%), agrícola
(-21,5%) e para energia elétrica (-13,1%).
O segmento de bens de consumo duráveis recuou 29,1% no
índice mensal, 21º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o
mais intenso desde junho de 2014 (-32,8%). Nesse mês, o setor foi pressionado
pela menor fabricação de automóveis (-34,2%) e de eletrodomésticos da linha
branca (-18,6%) e da linha marrom (-25,8%), influenciados por reduções de
jornadas de trabalho e pela concessão de férias coletivas em várias unidades
produtivas. Outros impactos negativos importantes vieram de motocicletas
(-37,2%), móveis (-20,7%) e de outros eletrodomésticos (-14,1%).
A produção de bens intermediários (-10,8%) assinalou a
20ª taxa negativa consecutiva e a mais intensa desde julho de 2009 (-11,1%).
Esse resultado foi explicado pelos recuos nos produtos associados às atividades
de indústrias extrativas (-10,5%), coque, produtos derivados do petróleo e
biocombustíveis (-15,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias
(-26,4%), outros produtos químicos (-9,2%), metalurgia (-9,0%), produtos de
minerais não-metálicos (-13,7%), produtos de metal (-15,4%), produtos de
borracha e de material plástico (-11,5%), produtos têxteis (-20,9%), celulose,
papel e produtos de papel (-4,1%) e produtos alimentícios (-0,9%). A única
pressão positiva veio de máquinas e equipamentos (3,2%). Vale citar as reduções
nos grupamentos de insumos típicos para construção civil (-17,3%), com a 21ª
taxa negativa consecutiva, e de embalagens (-5,9%), que marcou o 11º recuo
seguido na comparação com igual mês do ano anterior.
A redução na produção de bens de consumo semi e
não-duráveis (-4,8%) em novembro de 2015 foi a 13ª taxa negativa consecutiva na
comparação com igual mês do ano anterior, mas teve queda menos intensa do que
as verificadas nos meses de julho (-9,1%), agosto (-7,3%), setembro (-7,2%) e
outubro (-7,5%). O desempenho nesse mês foi explicado pelos recuos observados
nos grupamentos de semiduráveis (-12,7%), de não-duráveis (-10,0%) e de
carburantes (-3,1%). Por outro lado, o subsetor de alimentos e bebidas
elaborados para consumo doméstico (1,1%) assinalou o único resultado positivo
nessa categoria.
Índice acumulado em 2015 cai 8,1%
No índice acumulado entre janeiro e novembro de 2015,
frente a igual período do ano anterior, o setor industrial caiu 8,1%, com
perfil disseminado de taxas negativas, já que as quatro grandes categorias
econômicas, 25 dos 26 ramos, 71 dos 79 grupos e 77,6% dos 805 produtos
pesquisados apontaram recuo na produção. Entre os setores, o principal impacto
negativo foi em veículos automotores, reboques e carrocerias (-25,6%),
pressionado pela redução na produção de aproximadamente 97% dos produtos
investigados na atividade, com destaque para automóveis, caminhões,
caminhão-trator para reboques e semirreboques, veículos para transporte de
mercadorias, autopeças, reboques e semirreboques e carrocerias para ônibus e
caminhões. Outras contribuições negativas relevantes vieram de equipamentos de
informática, produtos eletrônicos e ópticos (-29,6%), máquinas e equipamentos
(-13,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-5,8%),
metalurgia (-8,5%), produtos alimentícios (-2,8%), produtos de metal (-10,9%),
produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,9%), produtos de borracha e de
material plástico (-8,8%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-11,4%),
produtos de minerais não-metálicos (-7,2%), outros produtos químicos (-4,7%),
confecção de artigos do vestuário e acessórios (-10,4%) e produtos têxteis
(-14,2%). A única influência positiva foi observada em indústrias extrativas
(4,7%), impulsionada por minérios de ferro e óleos brutos de petróleo.
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos
resultados para os 11 meses de 2015 mostrou menor dinamismo para bens de
capital (-25,1%) e bens de consumo duráveis (-18,3%), pressionadas pela redução
na fabricação de bens de capital para equipamentos de transporte (-30,6%), na
primeira, e de automóveis (-19,1%) e eletrodomésticos (-22,0%), na segunda. Os
segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (-6,9%) e de bens intermediários
(-4,9%) também assinalaram taxas negativas no índice acumulado no ano, com o
primeiro registrando recuo abaixo da média nacional (-8,1%), e o segundo
apontando a queda mais moderada entre as grandes categorias econômicas.
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