Banco Opportunity esclarece que não foi favorecido no leilão da Telebrás

Na reportagem “Mendonça de Barros diz que governo gaúcho perderá ação da dívida com a União”, postada em 3/5, o Opportunity é citado.
Por isso, é preciso esclarecer que: 
O Opportunity não teve qualquer favorecimento no leilão da Telebras. 
O Opportunity participou do leilão de privatização da Telebrás, em julho de 1998, por meio de três fundos de investimentos. O primeiro contou com recursos do Citigroup. O segundo abrigou os investimentos dos fundos de pensão estatais e o terceiro reuniu outros investidores do Opportunity.
O leilão da Telebrás resultou na venda de três operadoras de telefonia fixa: Telesp, Tele Centro-Sul (Brasil Telecom) e Tele Norte-Leste (Telemar).
O consórcio da Globo, Bradesco e Telecom Itália era apontado como favorito para comprar a Telesp. A Telefónica era tida como a potencial compradora da Tele Centro-Sul, operadora que atuaria na mesma área da CRT (Companhia Riograndense de Telecomunicações), da qual os espanhóis tinham o controle. Restava, portanto, a Tele Norte-Leste (Telemar) que o consórcio do Opportunity se preparara para comprar.
No leilão nenhuma das expectativas se confirmou.
A Telesp foi comprada pelos espanhóis e o consórcio do Opportunity adquiriu a Tele Centro-Sul (Brasil Telecom).
Quem venceu a disputa pela Tele Norte-Leste (Telemar) foi o consórcio composto por fundos de pensão estatais, Previ à frente, subsidiárias do Banco do Brasil e por sócios privados, entre eles, La Fonte (Carlos Jereissati) e Andrade Gutierrez (Sérgio Andrade). 
Não demorou a surgir na imprensa reportagens sobre conversas grampeadas ilegalmente no BNDES, às vésperas do leilão. 
Em 25 de maio de 1999, a Folha de S.Paulo editava como manchete: “FHC tomou partido de um dos grupos no leilão da Telebras.”
Após 11 anos, em 13 de março de 2009, O Estado de S.Paulo informou que o juiz da 17ª Vara Federal de Brasília, Moacir Ferreira Ramos, “absolveu na semana passada integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso das acusações de terem privilegiado o Banco Opportunity e outros no leilão de venda da Telebras em 1998."(...) “Ramos fez crítica a integrantes do PT que, na época, encaminharam uma representação para que o Ministério Público (MP) acionasse o Judiciário. Ele avaliou que esses petistas poderiam ter contribuído com as investigações quando o PT assumiu o governo federal. ‘É enfatizar que essa ação foi promovida em decorrência de representação feita (dentre outros) por políticos que, à época das privatizações do setor de telefonia, ostentavam notória opinião contrária ao sr. Fernando Henrique Cardoso. Cito Aloísio Mercadante, Ricardo José Ribeiro Berzoini, Vicente de Paula e Silva e João Vaccari Neto’, afirmou o juiz. ‘Sobreveio o governo do sr. Luiz Inácio Lula da Silva, que é apoiado por esses políticos. Se havia a preocupação com a apuração dos fatos por que não interferiram junto ao governo atual para quefosse feita a investigação? ’, questionou. ”
 O Ministério Público recorreu da decisão do juiz da 17ª Vara.
Em abril de 2010, os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiram não ter havido favorecimento ao Opportunity e a outros no leilão de privatização da Telebras.


Um comentário:

  1. Não tem conversa, Seu Dantas! Somos pela Teoria da Equalização Ética e exigimos que FHC seja processado e preso, já que Lula também será brevemente!!! O senhor está protegendo o tucano!! Assim não pode, assim não dá!!!!

    ResponderExcluir