O advogado de Michel Temer, Antonio Cláudio Mariz de
Oliveira, acusou a Lava Jato de estar implantando o fascismo no Brasil.
Em palestra registrada por O Globo, eis o que ele disse:
“Estamos assistindo alguns magistrados mais jovens se
arvorando em combatentes do crime. Promotores mais jovens se arvorando em
paladinos da Justiça, como se nós outros, pobres mortais, não fôssemos ansiosos
para que o país melhorasse e a corrupção terminasse. Isto é fascismo. É um
regime em que a negativa de todas as liberdades individuais fica clara. É
preciso que se tenha na Justiça a democracia, que é o contraditório e a
dialética processual”.
Ele disse também que a Lava Jato tortura os delatores na
prisão, embora o delator de seu principal cliente, Michel Temer, jamais tenha
sido preso:
“Não vejo nenhuma diferença entre tortura e a prisão para
efeitos de delação. A única diferença é que o torturado fala mais depressa,
porque ele apenha e a dor é física (...) Preso, que não tem liberdade íntegra,
perde o sentido do justo, do bom, do certo, do errado. Tem rebaixados seus
princípios morais, está sem a mulher, filhos mãe, pai. Sem comida, com latrina
dentro da cela. Ele delata e a delação passa a ser a palavra final, que coloca
luzes para que se descubra a corrupção”.
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