Robótica, equipamentos de imagem e novas terapias foram destaques no encontro promovido pelo Hospital Moinhos de Vento, Porto Alegre.
Avanços nos tratamentos, diagnósticos mais rápidos e precisos, estudos de combinações medicamentosas e uso da robótica foram discutidos entre sexta e sábado durante o 1° Simpósio Internacional de Câncer de Pulmão, promovido pelo Hospital Moinhos de Vento. Reunindo especialistas nacionais e internacionais da área, o encontro dividido entre palestras e debates permitiu a atualização de diversos novos manejos da doença pelo mundo durante os dois dias de atividades (17 e 18 de novembro) no Hotel Sheraton.
Entre os palestrantes internacionais, o oncologista do Hospital Johns Hopkins em Baltimore nos EUA, Dr. Patrick Forde, apresentou a Imunoterapia, técnica pesquisada e aplicada de forma pioneira em pacientes portadores de câncer de pulmão pela instituição Norte-americana. Em uma definição bastante simplificada, é um tratamento que faz com que as células de defesa saudáveis ataquem as células cancerígenas, podendo ser aplicado em vários tipos de cânceres, entre eles, o de pulmão. "A imunoterapia transformou-se em um importante passo com grandes ganhos no tratamento. Atualmente, existem cerca de 800 estudos ao redor do mundo e que trarão avanços importantes contra a doença", destacou Forde.
A cirurgia minimamente invasiva, seja por videotoracoscopia ou por robótica, também foram destaque durante o evento. De acordo com o cirurgião torácico da Universidade de Toronto, no Canadá, Dr. Marcelo Cypel, ambas têm sido muito utilizadas nos últimos anos. "Estas técnicas permitem melhor recuperação e menos dor para os pacientes, além de reduzir o período de hospitalização e a necessidade de medicação para dor, bem como os riscos de acidentes intra-operatórios", disse.
O rastreamento e os novos métodos de diagnóstico foram apontados como de grande importância no avanço do atendimento a pacientes com câncer de pulmão. "Avaliações mais precisas, com imagens mais detalhadas, são fundamentais no manejo da doença, aumentam a probabilidade de um diagnóstico mais precoce e podem reduzir a mortalidade associada a esta doença", indicou o chefe do Serviço de Pneumologia e Cirurgia Torácica do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Marcelo Gazzana. Para o médico, o acompanhamento do paciente por uma equipe multidisciplinar, incluindo um profissional exclusivo durante todo processo, por vezes chamado de Patient Navigator, é a prática atualmente recomendada.
O simpósio, que veio na sequência de grandes conferências mundiais sobre Oncologia ocorridas na Europa e no Japão, também trouxe dados alarmantes sobre os índices de câncer de pulmão no Rio Grande do Sul, com a maior proporção de casos no Brasil. Entre os homens, são 48,16 em 100 mil habitantes e entre mulheres, 27,67, conforme dados de 2016 do Instituto Nacional de Câncer (Inca
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