ZAP analisa preferências pelo aluguel e apartamentos
seguem como imóveis mais buscados
Demanda por locação cresceu 13% em 2017 frente ao ano
anterior; preço continua sendo o principal fator na hora da decisão pelo imóvel
Mobilidade, famílias menores e a mudança de comportamento
da população em relação à compra de imóveis têm sido alguns dos fatores que
impulsionam a busca pelo aluguel no Brasil. De acordo com levantamento recente
do ZAP, a modalidade registrou um crescimento de 13% no país entre janeiro e novembro
de 2017 em comparação ao mesmo período de 2016. Além disso, os apartamentos
(72%) despontam entre os imóveis mais buscados, seguidos pelas casas (21%) e
imóveis comerciais (6%).
Para o CEO do Grupo ZAP Viva Real, Lucas Vargas, 45% das
visitas ao portal são destinadas à busca por imóveis disponíveis para locação,
fato que reflete a preferência das pessoas por mobilidade e também pela
possibilidade de optar por imóveis em regiões onde o m² tem o valor mais
elevado para venda. “Além dessa mudança de comportamento da população, a
locação também se tornou um cenário interessante para investidores,
principalmente quando avaliamos a rentabilidade do aluguel”, pontua.
Dentre os motivos que fizeram os entrevistados a não
concluírem o aluguel, podemos destacar o preço acima do desejado (53%), o fato
de não encontrar um imóvel na localização desejada (35%), adiamento por momento
financeiro pessoal (18%), não localizar o imóvel no tamanho desejado (13%) e o
momento econômico do país (7%).
Em novembro de 2017, o valor médio do aluguel de imóveis
nas cidades monitoradas foi de R$ 28,21/m², de acordo com índice FipeZAP. São
Paulo desponta como a cidade com o maior valor médio por metro quadrado do país
(R$ 35,62), seguida por Rio de Janeiro (R$ 31,92) e Distrito Federal (R$
29,62). Já entre as cidades com o valor do aluguel mais barato por m² no mês de
análise, destacam-se Goiânia (R$ 15,06), Fortaleza (R$ 16,17) e Curitiba (R$
16,91).
“Comparando-se o preço médio de locação com o preço médio
de venda dos imóveis, é possível obter uma medida da rentabilidade para o
investidor que opta por alugar seu imóvel. Esse indicador é relevante, em
particular, para avaliar a atratividade do mercado imobiliário em relação a
outras opções de investimento disponíveis. Com base em dados de novembro, o
retorno médio anualizado do aluguel manteve-se em 4,3%”, avalia Vargas.
E, com o aumento na procura pela locação, foi possível
detectar uma tendência de negociação dos valores. De acordo com o levantamento,
o valor final do aluguel foi mais baixo para 39% dos respondentes e o desconto
médio concedido foi de 11%. Além disso, fiador e caução ainda são as formas de
garantia mais usadas (47% e 21%, respectivamente). A busca por um imóvel na
categoria locação demorou até 3 meses para 85% das pessoas ouvidas pelo ZAP.
“Embora essa tendência ainda não reflita no aumento dos
preços, como aponta o índice FipeZAP Locação que registrou seu sexto recuo
consecutivo em novembro, isso pode mudar nos próximos semestres. Afinal, o
crescimento na procura deve elevar o valor dos aluguéis e atrair investidores
interessados na rentabilidade que o aluguel pode proporcionar. E, para os
possíveis locatários, haverá uma oferta maior de imóveis no mercado”, prevê o
CEO do Grupo ZAP Viva Real.
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