Tragam um troféu
para a direção do Goethe-Institut de Porto Alegre. Alías tragam dois, para o
caso deles conseguirem perder o primeiro.
A entidade alemã
conseguiu proeza digna dos deuses de Valhalla, cultuados pelos nazistas,
patrocinando, ao mesmo tempo, um ataque à fé cristã e uma agressão antissemita,
sob pretexto de exposição artística.
De
forma explícita, a imagem da cabeça decapitada, exposta na fachada da entidade,
na capital gaúcha, de um homem que nasceu, cresceu, viveu e morreu como judeu,
consegue ofender não apenas seus seguidores e o povo do qual ele se origina,
mas a qualquer um com mínimo de bom senso.
Embora
a imagem tenha como referência a iconografia do Cristo Pantocrator, típico no
cristianismo oriental, os detalhes da fisionomia, a cor da pele, os olhos
amarelados e felinos, com pupilas anisocoricas; tudo remete às figuras pérfidas
com que os nazistas representavam os judeus em sua propaganda antissemita.
O
antissemitismo sempre foi arraigado na cultura alemã, e mesmo após o horror do
holocausto, é um sentimento que ainda permanece latente; o que claramente se
revela no episódio da filial gaúcha do Goethe-Institut.
Enganam-se
os que julgam o acolhimento da sociedade germânica aos refugiados do Islã uma
ruptura com seu passado excludente, xenófobo e racista. Esses sentimentos
continuam direcionados às vítimas preferidas - os judeus; o que demonstram os
ataques sistemáticos contra alvos judaicos na Alemanha, praticados agora não
apenas por neonazistas, mas por imigrantes islâmicos.
A
opção dos alemães pelo Islã é resultado de uma antiga liança entre duas
culturas que, apesar das diferenças, demonstram ter como objetivo comum um
mundo sem lugar para judeus e, de preferência, sem cristãos.
Albert
Speer, arquiteto do Reich, em "Inside the Third Reich", revela que
Hitler não escondia a admiração pelo Islã, e desprezo pelo cristianismo, ao
dizer que "... nossa desgraça é ter a religião errada. Por que não tivemos
a religião dos japoneses, que consideram o sacrifício pela Pátria como o bem
supremo? A religião muçulmana também teria sido muito mais compatível conosco
do que o cristianismo. Por que tinha de ser o cristianismo com sua mansidão e
flacidez?".
Referindo-se à
França, onde Carlos Martel derrotou os muçulmanos, impedindo a dominação da
Europa, Hitler afirmou que "Os povos Islâmicos irão sempre estar mais
perto de nós do que, por exemplo, a França". Tal identidade de propósitos levou
lideres árabes sugerirem a Hitler levar a “solução final” ao Oriente Médio, o
que só não ocorreu pela derrota nazista.
O Goethe-Institut,
expondo a imagem de um Cristo decapitado, lembrando a arte nazista, demonstra
que certa identidade ideológica e estética permanece viva no coração de alguns
de seus colaboradores. No entanto, ao invés de desculpar-se pelo patrocínio a
uma violação grosseira de sentimentos étnicos e religiosos, a entidade prefere
acusar os ofendidos de intolerância, incitação ao ódio e ameaças à liberdade de
expressão.
O autor da máxima
“uma mentira repetida mil vezes se torna uma verdade”, Joseph Goebbels, deve
estar orgulhoso de seu discipulado.
Ou
o Goethe-Institut revê suas posturas, e se compromete com a sociedade plural,
de diversidade étnica, cultural, religiosa e respeito mútuo que buscamos
construir, deixando de defender a tolerância com o intolerável, ou será melhor
retornar ao seu país. A cada povo bastam os seus próprios conflitos; não
precisamos importá-los. Nem mesmo da Alemanha.
http://www.dw.com/pt-br/alemanha-acaba-com-seu-maior-pr%C3%AAmio-musical/a-43531373
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