Nasci, e
fui criado, em uma época que a “confiança” era representada pela palavra; em
que honrar um compromisso assumido, mesmo apenas de boca, valia mais do que
qualquer coisa.
Há muito
tempo criou-se a figura do “fio do bigode”. Dizia-se que um Homem de verdade
(aqueles com H maiúsculo) honrava até um fio do seu bigode; ou seja, que a
palavra dada era sagrada. Assim, aprendi que a palavra era mais importante do
que mil assinaturas.
Hoje,
escrevo ao constatar que promessa nenhuma tem valor.
Reuniões, acordos, e assinaturas, pra que? Se depois nada vale!
O país
está assistindo, entre assustado e incrédulo, a um movimento dos caminhoneiros
que começou bem, mas logo se desvirtuou. A ideia era boa; a causa, justa. O que
houve de errado então?
A
inexistência do “fio de bigode”. Só isso? Só!
Porque,
os representantes foram convocados para discutir o assunto e concordaram com as
condições ao assinarem o acordo. Caso contrário, bastava negar-se a validar os
termos.
Não
estou aqui para debater as condições do contrato. Dizer se era bom ou não.
O que
realmente me interessa é a honra, ou a palavra, dos representantes.
Sim, dos
representantes!
Pela simples razão de que os caminhoneiros – com absoluta certeza – não
organizaram todo este enorme movimento nacional num encontro na bodega de beira
de estrada. Foram seguramente comandados pelos chefes (patrões; sindicalistas,
ou presidentes das Confederações de classe) e insuflados por oportunistas.
E quem
sinceramente não acredita nisto é – no mínimo – um ingênuo.
Enfim,
estamos diante de mais uma oportunidade onde um grande número de brasileiros
mostrou que não somos um povo ético.
Novamente o “fio do bigode” voou!
Nada disso.. o autor parece que nunca viu um pelego na vida..eles vivem de impostos sindicais mas nada representam na categporia profissional...o governo quis dar uma de esperto, mas negociou com quem não tinha mandato para tal.é como comprar um imovel de quem não é o dono...perde-se tudo...o autor como advogado que fique mais coerente com suas opiniões...
ResponderExcluirerrou feio em mané! Não sou caminhoneiro e apoio eles assinatura e promessa de um politico corrupto que valia tem?
ResponderExcluirO autor esqueceu que quem assinou o acordo não representava os caminhoneiros. Mas tem razão quando fala que o fio do bigode acabou: ninguém confia no governo, tanto que os caminhoneiros estão esperando para que as coisas mudem de verdade. Não querem só promessas, como fez a Dilma na outra greve. Prometeu e não cumpriu. Os políticos estão com a moral abaixo do orifício que fica na parte inferior do rabo do cachorro.
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