O presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo,
informa que a partir desta quarta-feira (23) agravaram-se os problemas de
abastecimento de mercadorias para supermercados gaúchos em decorrência da
paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil. O dirigente salienta,
entretanto, que os supermercados possuem um estoque médio de segurança de 15
dias nos produtos não perecíveis, em que se enquadram itens de mercearia
(massas, biscoitos, grãos, leite, açúcar, bebidas, farináceos, matinais,
condimentos, doces, bombonière, etc.), higiene e beleza, limpeza, bazar e não
alimentos em geral. “Com relação a estes produtos, não há risco de
desabastecimento para o consumidor final em um curto prazo”, destaca Longo.
A situação mais preocupante recai sobre os perecíveis, que não são estocados
pelos supermercados por seu curto prazo de shelf life. “A partir dos próximos
dias, se a situação não se normalizar, poderá haver desabastecimento em itens
de hortifrúti, carnes, frios e laticínios refrigerados, por exemplo”, explica o
presidente da Agas. Segundo Longo, os problemas vão aumentar gradativamente, à
medida que os supermercadistas não conseguirem repor as mercadorias vendidas
nas lojas do setor.
O presidente da Associação conclui informando que os supermercados gaúchos
recebem diariamente quatro milhões de consumidores em suas lojas, espalhadas
por todos os municípios do Estado. “Reconhecemos a legitimidade do pleito dos
caminhoneiros e somos favoráveis ao direito de livre manifestação, mas
esperamos que o poder público chegue a um acordo com a categoria, no menor
prazo possível, para que os consumidores e contribuintes brasileiros não sejam
prejudicados”, finaliza.
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