Brasília-DF, 18 de janeiro de 2021.
Senhora Ana Clara Costa, Editora-Chefe da Revista Época,
Incumbiu-me o Senhor Comandante do Exército Brasileiro de expressar indignação e o mais veemente
repúdio ao texto de autoria de Luiz Fernando Vianna, publicado nesse veículo de imprensa em 17 de janeiro
de 2021.
A argumentação apresentada pelo articulista revela ignorância histórica e irresponsabilidade, não compatíveis
com o exercício da atividade jornalística. Atribuir a morte de brasileiros a uma Instituição de Estado, cuja
história se confunde com a da própria Nação, nas lutas pela manutenção de sua integridade, caracteriza
comportamento leviano e possivelmente criminoso.
Afirmações dessa natureza, motivadas por sentimento de ódio e pelo desprezo pelos fatos, além de
temerárias, atentam contra a própria liberdade de imprensa, um dos esteios da democracia, pela qual o
Exército combateu nos campos de batalha da II Guerra Mundial e por cuja preservação tem se notabilizado
em missões de paz em todos os continentes.
Cabe ressaltar que, durante a pandemia, o Exército, junto às demais Forças Armadas e a diversas agências,
tem-se empenhado exatamente em preservar vidas.
Para isso, vem empregando seus homens e mulheres por todo o território nacional, particularmente em áreas
inóspitas, onde se constitui na única presença do Estado, realizando atendimentos médicos, aumentando
estoques de sangue por meio de milhares de doações, transportando e entregando medicamentos e
equipamentos, montando instalações, desinfetando áreas públicas, enfim, estendendo a Mão Amiga a uma
sociedade que lhe atribui os mais altos índices de credibilidade.
Por fim, o Exército Brasileiro exige imediata e explícita retratação dessa publicação, de modo a que a Revista
Época afaste qualquer desconfiança de cumplicidade com a conduta repugnante do autor e de haver-se
transformado em mero panfleto tendencioso e inconsequente.
General de Divisão Richard Fernandez Nunes
Chefe do Centro de Comunicação Social do Exército
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