Este artigo é do "Observatório Brasil Soberano"
O Brasil tornou-se especialista em acumular decisões provisórias. Cada gover no, cada instituição, cada legislatura anuncia promessas que soam relevantes, mas que desaparecem no ciclo seguinte. São resoluções que lembram Post-its colados na parede: chamativos, fáceis de anunciar, frágeis na prática. Não há continuidade, apenas sobreposição de compromissos que se dissolvem com a mudança de vento político. O espaço público é consumido por disputas judiciais, narrativas fabricadas e de bates que capturam a atenção nacional, mas que pouco acrescentam à constru ção de um rumo claro. O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro mostra o quanto o sistema prefere alimentar espetáculos que dividem o país em vez de discutir prioridades de Estado. Não se trata de irrelevância, pelo contrário: é um evento grave, que atinge o centro da política brasileira. O ponto é que a cena ins titucional se organiza para prolongar o desgaste e, com isso, paralisa qualquer tentativa de planejamento consistente. Enquanto isso, setores decisivos seguem sem direção. A indústria nacional con vive com relatórios que prometem reindustrialização, mas que nunca são imple mentados. A área de energia permanece num limbo, com discursos sobre tran sição e sustentabilidade sem planos concretos de soberania. A defesa acumula protocolos e termos de cooperação que raramente se convertem em capacidade real. A cada ciclo, renova-se o ritual de anunciar diagnósticos conhecidos, sem avançar para soluções práticas. Tal padrão cria uma espécie de amnésia permanente. Um governo ignora o que o anterior iniciou, instituições disputam protagonismo sem coordenar esforços e o Congresso prefere atuar conforme a pressão do momento. O resultado é a multiplicação de iniciativas inacabadas. No lugar de uma estratégia duradoura, colecionamos lembretes que se perdem no tempo. O custo desse improviso raramente aparece de forma explícita, mas é profundo. O país perde oportunidades de reposicionar sua economia, de fortalecer cadeias produtivas, de modernizar infraestrutura e de ampliar sua influência internacio nal. Enquanto outras nações constroem consensos de longo prazo, o Brasil se contenta em reagir ao noticiário do dia. A cada escândalo, julgamento ou denúncia, renova-se o ciclo de atenção desvia da. O que poderia ser usado para estruturar políticas industriais, tecnológicas e de defesa nacional transforma-se em combustível para disputas de curto prazo. O mais grave é que, ao normalizar esse comportamento, a sociedade passa a aceitar que a política seja feita de improvisos. O Post-it substitui o projeto
O problema e que este estado de coisas tem eleitores que apoiam ...advogados espertos que se unem a justiça corrupta. Para obterem vantagens.....pessoas fracassadas se juntam aos milhoes.para obter benesses estatais...pobres que vendem seu voto pór uma merreca mensal...jornalistas que se vendem por um jaba mensal..idem as empresas de comunicação...os fracassados que se vendem ao estado são maioria...então como mudar este estado de coisas...nosso destino ibérico está impresso no DNA dé cada um .....e assim em todas a América latrina..cada um..obter vantagem sem trabalhar...se alguém tiver alguma ideia para melhorar está latrina que se apresente...só uma catástrofe bíblica poderá fazer as pessoas se mexerem...caso contrário ficarão no sofá esperando a merreca estatal mensal...
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