Artigo, especial, Lorenzo Carrasco e Geraldo Luís Lima - Margem Equatorial: licença à Petrobrás enlouquece a "Máfia Verde"

Artigo de Lorenzo Carrasco e Geraldo Luís Lima .

A concessão da licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) à Petrobras, para a realização de uma sondagem ex ploratória no Bloco 59 da Margem Equatorial Brasileira (MEB), no litoral do Amapá, anunciada na segunda-feira 20 de outubro, deflagrou um tsunami de histeria co letiva entre o aparato ambientalista-indigenista internacional que opera no Brasil. A reação, mais que previsível, proporciona uma pedagógica demonstração do modus operandi da “Máfia Verde”, em especial, no que se refere à manipulação da narrativa catastrofista que constitui o seu principal instrumento de ação. Neste quesito, merece atenção o “press release” do Observatório do Clima (OC), que sintetiza a fúria do aparato “verde-indígena” com a liberação da exploração às portas da conferência climática COP30. Para o OC, “a aprovação é uma sabotagem à COP e vai na contramão do papel de líder climático reivindicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cenário internacional”. O texto prossegue com uma ameaça ostensiva: “A decisão é desastrosa do ponto de vista ambiental, climático e da sociobiodiver sidade e, para enfrentá-la, organizações da sociedade civil e movimentos sociais irão à Justiça denunciar as ilegalidades e falhas técnicas do processo de licencia mento, que poderiam tornar a licença nula.” Uma mistificação: “Além de contrariar a ciência, que diz que nenhum novo projeto fóssil pode ser licenciado se quisermos ter uma chance de manter o aquecimento global em 1,5oC, a liberação do petróleo na Foz também se opõe a decisões legais de tribu nais internacionais sobre a urgência da interrupção da expansão dos combustí veis fósseis, incluindo deliberações recentes da Corte Interamericana de Direitos Humanos e da Corte Internacional de Justiça, que reforçam a obrigação legal dos Estados-nação de protegerem o clima.” E uma proposição que sintetiza a agenda de “exclusão econômica” da Amazônia: “Povos indígenas da Bacia Amazônica, parlamentares e sociedade civil vêm reite rando a necessidade de acabar com a expansão de petróleo e gás, sobretudo em áreas de alta biodiversidade, e de criar zonas de exclusão para atividades extrati vistas, a fim de proteger ecossistemas críticos para o planeta – começando pela Amazônia. É preciso estabelecer zonas prioritárias de exclusão da proliferação dos combustíveis fósseis, protegendo ecossistemas críticos para a vida no planeta. Por sua imensa relevância para o clima e para a biodiversidade, que enfrentam crises globais, a Amazônia deve ser uma dessas zonas, tanto para a exploração onshore quanto para a offshore.” Suely Araújo, que chefiou o Ibama no governo Temer e hoje dá expediente como coordenadora de Políticas Públicas (sic) do OC, dispara: “A emissão da licença para o Bloco 59 é uma dupla sabotagem. Por um lado, o governo brasileiro atua contra a humanidade, ao estimular mais expansão fóssil contrariando à ciência e apostando em mais aquecimento global. Por outro, atrapalha a própria COP30, cuja entrega mais importante precisa ser a implementação da determinação de eliminar gradualmente os combustíveis fósseis. Lula acaba de enterrar sua pretensão de ser líder climático no fundo do oceano na Foz do Amazonas. O governo será devidamente processado por isso nos próximos dias (grifos nossos).” • A histeria verde: A licença à Petrobras desencadeia reação coordenada de ONGs e entidades f inanciadas por fundações internacionais que tentam impedir a exploração de petróleo na Margem Equatorial. • A agenda de exclusão: O Observatório do Clima propõe transformar a Amazônia em zona de exclusão econômica, proibindo atividades produtivas sob o pretexto da “proteção global”. • O retrocesso planejado: As medidas defendidas por essas organizações — fechamento de hidrelétricas, usinas nucleares e restrição ao petróleo — revelam um projeto de desindustrialização e dependência energética. Pág. 1 continuação... "MARGEM EQUATORIAL: LICENÇA À PETROBRAS ENLOUQUECE A 'MÁFIA VERDE'" 26 de Outubro de 2025. Para argumentar em termos “científicos”, é convocado o Dr. Carlos Nobre, climatologis ta que é o “sumo-sacerdote” do templo catastrofista no Brasil: “(...) Além de zerar todo desmatamento, degradação e fogo na Amazônia, torna-se ur gente reduzir todas as emissões de combustíveis fósseis. Não há nenhuma justificativa para qualquer nova exploração de petróleo. Ao contrário, deixar rapidamente os atuais combustíveis fósseis em exploração é essencial.” Fundado em 2002, o OC se apresenta como “a principal rede da sociedade civil brasilei ra com atuação na agenda climática”, reunindo 133 ONGs e outras entidades engajadas na promoção do catastrofismo climático. Em seu site, aponta como doadores institu cionais: Instituto Clima e Sociedade (iCS); Climate and Land Use Alliance; Rainforest Foundation Norway; Fastenaktion; Packard Foundation; Global Methane Hub; Earth Alliance (Re: Wild); Open Society Foundation; e European Climate Foundation. Curiosamente, seus relatórios financeiros anuais não constam mais do site. Em 2015, o OC criou a MapBiomas, ONG dedicada a produzir relatórios anuais sobre a evolução da cobertura e os usos do solo no território brasileiro, com base na platafor ma Google Earth Engine, atuando como coordenadora de uma rede de ONGs, univer sidades e empresas de tecnologia, organizadas por biomas e temas transversais, com forte influência na política ambiental brasileira. Em dezembro de 2024, o OC divulgou o relatório Futuro da Energia: visão do Observa tório do Clima para uma transição justa no Brasil, documento que exemplifica a visão retrógrada do movimento ambientalista-indigenista. Para não estender-nos em dema sia, citamos apenas algumas das suas “medidas essenciais para a transição energética justa no Brasil”: “- a reversão da proposta governamental de expansão da exploração de petróleo em novas fronteiras, notadamente a Foz do Amazonas e outras bacias da Margem Equato rial brasileira; “ - a transformação da Petrobras numa empresa de energia, com foco no desenvol vimento de novos negócios, redução progressiva da produção de petróleo e investi mento relevante em fontes de baixo carbono, mediante estratégias que assegurem a manutenção valor da empresa no mercado; “- a garantia de que o necessário processo de reindustrialização do país seja pautado pela necessidade de redução das emissões de gases de efeito estufa; “- a garantia do desenvolvimento da indústria de hidrogênio com efetivo baixo teor de carbono, livre do gás fóssil; “- a eliminação do uso do carvão mineral para geração de eletricidade até 2027 e a re dução progressiva de seu uso industrial; “- a vedação da construção de grandes hidrelétricas (usinas com 300 MW ou mais); “- o fechamento de Angra 1 em 2025, com o fim da licença operacional, assim como o fechamento de Angra 2 no mesmo ano, antes do encerramento de sua vida útil, me diante a rescisão de contrato de operação, bem como a decisão de não implementação de Angra 3.” Como se percebe, são propostas ideologicamente motivadas, que denotam um desco nhecimento abissal do funcionamento das estruturas produtivas e infraestruturas as sociadas de uma sociedade industrializada e urbanizada moderna, e do estágio de de senvolvimento e perspectivas de evolução das tecnologias respectivas, cuja aplicação teria como resultado um virtual retrocesso tecnológico e civilizatório no País, inclusive, em termos ambientais. Todavia, a Batalha da Margem Equatorial ainda não está vencida, pois a “Máfia Verde” tem um histórico de litigâncias ambientais que sugere cautela, paciência e resiliência, além de disposição para sustentar a luta contra esses inimigos da Nação e do progresso.

Um comentário:

  1. se seguirem está gente poderemos comprar uma tropa de jegues para viajar...isto e para nós..para eles continuam os carroes e os jatinhos....

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