Desenrola rural prevê descontos de até 96% em dívidas de agricultores

 As condições para a quitação de dívidas de agricultores familiares pelo Desenrola Rural preveem descontos de até 96% no valor devido. O programa de renegociação e acesso a crédito está disponível para 1,35 milhão de agricultores que têm alguma pendência financeira. 

Esse volume representa 33% de um total de 5,43 milhões de agricultores familiares no país.

Aqueles que têm dívidas menores, o desconto chega a 96%. Além disso, o nome fica limpo.

Após conversas com o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste (BNB), o Banco da Amazônia (Basa) e a Caixa Econômica Federal, o conjunto das dívidas desses agricultores familiares será incluída na negociação, e não apenas aquelas ligadas ao crédito rural. Na prática, isso vai permitir que eles possam regularizar a avaliação de crédito para acessar novas operações.

Um levantamento do MDA constatou que, das famílias endividadas, 70% estão com restrições nos bancos e 30% com restrições nos serviços de proteção ao crédito, muitos por atrasos nas contas de água, luz e telefone. Em relação às instituições de crédito, 69% dos débitos dos agricultores familiares têm valor inferior a R$ 10 mil. Entre as pessoas com restrição de crédito, 47% têm dívidas de até R$ 1 mil.

O programa abrange tanto dívidas de crédito rural, como aquelas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), quanto débitos inscritos na Dívida Ativa da União e créditos de instalação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Os maiores descontos, que chegam a 96% da dívida total, beneficiam justamente os assentados da reforma agrária e agricultores quilombolas que acessaram alguma modalidade do crédito de instalação, entre 27 de maio de 2014 e 29 de junho de 2022. Esse crédito, concedido pelo Incra, serve para a construção de moradia e investimentos iniciais de quem obtém terras pelo programa fundiário federal.  

Operações de crédito concedidas pelo Banco do Brasil, por exemplo, a instituição financeira que mais concede financiamentos do Pronaf, vão oferecer abatimentos que chegam a 86%. A meta do governo federal é conseguir que ao menos 250 mil agricultores consigam renegociar suas dívidas este ano, podendo se reinserir no mercado de crédito e contribuir com a ampliação da produção de alimentos.

Para dívidas do Pronaf ou dívidas bancárias de qualquer natureza, o produtor familiar deverá procurar a instituição financeira para regularizar a situação também a partir do dia 24, primeiro dia útil após o prazo de 10 dias da publicação do decreto. Se a dívida for de crédito de instalação de beneficiários da reforma agrária, o pequeno agricultor deve ir ao Incra para quitar os débitos com o desconto.

PGR pede prisão para toda a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu nesta sexta-feira (14) no Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação de ex-integrantes da cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) por omissão na contenção dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A manifestação consta nas alegações finais apresentadas na ação penal na qual os acusados são réus.

A informação acima é da Agência Brasil de hoje. Leia toda a reportagem da agência.

No documento, Gonet defende que os coronéis Fábio Augusto Vieira, Klepter Rosa Gonçalves, Jorge Eduardo Naime Barreto, Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, o major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins sejam condenados à prisão e à perda dos cargos na corporação.


O procurador reforça as acusações pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, deterioração de patrimônio tombado, além da violação de normas internas da PMDF.


Gonet afirmou que a PM tinha conhecimento das informações de inteligência que davam conta do risco de atentados aos Três Poderes entre os dias 7 e 8 de janeiro de 2023, mas os comandantes realizaram um planejamento ineficiente "ignorando deliberadamente as informações de que haveria invasão a edifícios públicos e confrontos violentos, inclusive com indivíduos dispostos à morte".


As alegações finais da PGR e das defesas serão analisadas pelo relator do processo, ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, o ministro deve liberar o caso para julgamento.  A data ainda não foi definida.

Quem julgará Bolsonaro, por Marcus Vinicius Gravinas

 Marcus Vinicius Gravina é advogado, RS.

Para os verdadeiros golpistas não pode vir à tona o crime eleitoral cometido, pelos distorcidos e acusados resultados das urnas eleitorais de 2022, causa da instabilidade social e politica do Brasil, desde então. 

Foram diretamente proporcionais em sua gravidade à fúria punitiva de ministros do STF, sobre muitos brasileiros presos por “crime de opinião” não previsto e lei.

Tudo está sendo feito para evitar o Relatório da OEA, sobre a enxurrada de denúncias apresentadas aos seus emissários, ora no Brasil. 

Manchetes na imprensa estão sendo soltas às centenas: “STF com pressa, quer julgar e meter o Bolsonaro na cadeia o mais rápido possível”. 

Estratégia de guerra – melhor atacar do que se defender. 

Quem irá julgar o ex-presidente e outros apontados em suspeito relatório da Policia Federal, que teve a influência indevida de um ministro do STF na nomeação do seu Diretor Geral?  Um dos episódios que abriu caminho para a demonstração de ódio ao Bolsonaro, a quem competia, privativamente, a nomeação barrada, inconstitucionalmente. 

O pleno do STF, mais do que nunca, tem o dever de examinar, com profundidade, a lição dos artigos 144 e 145 do Código de Processo Civil, que tratam da Suspeição e do Impedimento dos julgadores. 

Cabe ao Senado acompanhar de perto o provável descumprimento da lei, para efeito de decretar a nulidade absoluta do Supremo.  

Acima do STF está o Senado da República para julgar os atos ilegais dos seus ministros.

O Impedimento obedece o caráter objetivo. A  Suspeição relaciona-se ao subjetivismo do juiz.  Ambos têm a ver com o princípio da Imparcialidade do julgador.  

Este será um debate inevitável e devemos estar preparados para entender e sair às ruas em defesa da Lei, se não for respeitada.

A Suspeição é a causa geradora de dúvida, sobre a  qual cabe exaustiva investigação, pois pode atingir a terceiros que possuem o direito de suscitá-la diante do  prejuízo iminente a sua liberdade, livre de prisão, mal maior a qualquer cidadão. 

Quando há razões subjetivas que possam comprometer o julgador,  por ter sido responsável por manifestações públicas, jornais, palestras ou previamente em entrevistas fora dos autos, devem se declarar suspeitos. 

É o que se espera do ministro A de Moraes, depois de lidos ou ouvidos os seus pronunciamentos raivosos - com ranger de dentes - ao se referir aos indiciados no inquérito da PF, que apontam para atentados contra a sua pessoa, portanto clara evidência de que o próprio ministro tem interesse direto no processo e mais ainda, na prisão de Bolsonaro.  Quem esqueceu o gesto de degola, feito com um dos dedos da mão, da sua cadeira do Tribunal, próprio de temperamento agressivo.


Dois minutos de prosa, antes de finalizar.  Poderia  alegar mais  alguns fatos, que deixam impossibilitados de julgar, no mínimo dois outros ministros, Luis R. Barroso, que discursou fora de sua alçada judicial e declarou em manifestação pública ou política, o mesmo do “perdeu mané”: “Derrotamos o bolsonarismo!”. Irrefutável demonstração de inimizade pessoal. Como o bolsonarismo, parece não ter sido derrotado, ele espera a oportunidade de prendê-lo com o seu voto no STF. 

Quanto ao outro ministro, Cristiano Zanin, este foi advogado do Lula na Lava Jato e no processo de sua prisão.  Depois disto, foi agraciado e nomeado pelo ex-presidiário, para o STF, como amigo. No inquérito da PF o seu antigo cliente e amigo íntimo Lula é citado como alvo de atentado de morte do grupo do Bolsonaro.

Há um intricado fato jurídico a ser destrinchado, sobre aparentes casos de suspeição e/ou impedimento de ministros   do STF no processo em que o Bolsonaro for réu. 

A crise de maus juízes e ministros do STF do judiciário está se alastrando e contaminando o futebol.  Maus juízes, denominados de árbitros, estão sendo dispensados ad nutum, aos borbotões pela CBF, sem prêmios de aposentadorias milionárias ou manutenção de vencimentos. 

Bom exemplo a seguir pelo Senado.  

Os entendimentos a respeito deste tema, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)  e da OAB/Nacional seriam muito bem-vindos. A Sociedade brasileira, agradeceria.

Caxias do Sul, 14.02.2025

Ato de retomada da indústria naval brasileira ocorrerá nesta segunda-feira

No evento, serão anunciados projetos para a construção de quatro navios petroleiros tipo Handy

No Rio Janeiro, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, acompanha o presidente nomeado Luiz Inácio Lula da Silva na cerimônia de anúncio de investimentos para a retomada da indústria naval brasileira, nesta segunda-feira (17). 

 No evento também serão anunciados projetos para a construção de quatro navios petroleiros do tipo Handy (embarcações de médio porte utilizadas para o transporte de petróleo bruto e derivados), totalizando investimentos de R$ 10,2 bilhões com recursos do Fundo da Marinha Mercante (FMM).

 Os empreendimentos fazem parte do Programa de Renovação da Frota Naval do Sistema Petrobras. A expectativa é que os novos projetos gerem 20.400 empregos diretos e renda para o setor, além de consolidar o papel estratégico do Fundo da Marinha Mercante no fomento à construção e reparação naval.

 Fundo da Marinha Mercante

O Fundo integra a estrutura do Ministério de Portos e Aeroportos e, desde 1958, fomenta a política pública de construção e reparação naval no Brasil. Nos últimos 10 anos, foram R$ 24 bilhões em recursos liberados e 912 projetos entregues, incluindo embarcações, estaleiros, docagens e reparos.

 Com a Petrobras, já foram 47 projetos entregues, R$ 7,09 bilhões em recursos liberados para 46 embarcações, sendo: 16 petroleiros (10 Suezmax, 5 Aframax e 1 Panamax); 6 gaseiros; 4 navios de produtos claros; 4 comboios para navegação interior (cada um composto por 4 barcaças e um empurrador); e 1 modernização de estaleiro.


2 milhões de trabalhadores receberão abono salarial a partir desta segunda-feira

 O Governo Federal, por meio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), paga, na próxima segunda-feira, 17 de fevereiro, o Abono Salarial para 2 milhões de trabalhadores nascidos no mês de janeiro. Serão destinados R$ 2,3 bilhões para o pagamento. Ao longo de 2025, serão distribuídos R$ 30,7 bilhões para 24,4 milhões de pessoas que receberam até dois salários mínimos em 2023. No ano passado, o investimento foi de R$ 27 bilhões, beneficiando 25,6 milhões de trabalhadores.

 

Neste mês de fevereiro, o abono salarial será pago a 1.845.317 trabalhadores de empresas privadas com direito ao PIS, por meio da Caixa Econômica Federal, e a 163.810 servidores públicos com direito ao Pasep, pagos pelo Banco do Brasil.

 

VALORES — Neste calendário o valor do benefício varia entre R$ 127,00 e R$ 1.518,00, conforme o número de meses trabalhados em 2023. O cálculo corresponde ao valor atual do salário-mínimo dividido por 12 e multiplicado pela quantidade de meses trabalhados no ano-base. Assim, somente quem trabalhou os 12 meses do ano-base recebe o valor total de um salário mínimo. Os valores ficarão disponíveis aos trabalhadores até o fim do calendário (dezembro de 2025).

 

DATAPREV — Responsável pelo processamento do benefício para o MTE, a Dataprev atualizou este ano o sistema de pagamento, garantindo mais agilidade e confiabilidade ao serviço. O reconhecimento do direito agora é feito a partir do eSocial e por meio da Relação Anual de Informações (RAIS), com uso do CPF para identificação dos trabalhadores.

 

CTPS DIGITAL — Com a implementação da nova solução, o MTE assume a completa gestão do Abono Salarial e a Dataprev atua como parceira e única operadora do benefício. A atualização da gestão operacional do benefício possibilita a elegibilidade, a geração dos lotes para pagamento, além da disponibilização dos dados para os cidadãos através da Carteira de Trabalho Digital.

 

DIREITO — O benefício é destinado a trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos que atuaram formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base de 2023, com remuneração de até dois salários mínimos (R$ 2.640,00), pagos por empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep); estar cadastrado no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos, contados da data do primeiro vínculo; ter exercido atividade remunerada, durante pelo menos 30 dias, consecutivos ou não, no ano-base considerado para apuração; ter seus dados, informados pelo empregador corretamente na RAIS ou no eSocial.

 

RECEBA PELA CAIXA — O pagamento do Abono Salarial na Caixa será realizado prioritariamente por crédito em conta na Caixa Econômica Federal, quando o trabalhador possuir conta corrente ou conta poupança ou Conta Digital; por crédito pelo aplicativo Caixa Tem, em conta poupança social digital, aberta automaticamente pela Caixa. Para o trabalhador não correntista será realizado o pagamento em canais como agência, lotéricas, autoatendimento, Caixa Aqui e demais canais de pagamentos oferecidos pela Caixa.

 

RECEBA PELO BB — No Banco do Brasil o pagamento do Abono Salarial será realizado prioritariamente como crédito em conta bancária; transferência via TED, via Pix ou presencial nas agências de atendimento para trabalhadores não correntista e que não possua Pix.

 

CONSULTE — Para consultar o Abono Salarial pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador deve atualizá-lo, acessar a aba “Benefícios”, selecionar “Abono Salarial” e clicar em “Pagamentos” para verificar o valor, a data e o banco de recebimento. A consulta também pode ser feita pelo portal GOV.BR ou pelo telefone 158, com atendimento gratuito das 7h às 22h, de segunda a sábado, exceto feriados nacionais. Outra opção é comparecer a uma unidade das Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego no estado.