Brasil já tem mais galinhas do que bois, diz IBGE

 A Pesquisa da Pecuária Municipal de 2019, divulgada nesta semana pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que o rebanho de bovinos, com 214,7 milhões de cabeças e alta de 0,4%, foi superado no ano passado pelo de galinhas, com 249,1 milhões de cabeças (alta de 1,7%). Os suínos somaram 40,6 milhões de cabeças, redução de 1,6% na comparação com o ano anterior.

De acordo com o IBGE, a pecuária brasileira teve em 2019 influência do contexto internacional. Abalada pela peste suína e visando a atender o mercado crescente interno, a China importou do Brasil 497,7 mil toneladas de carne bovina, expansão de 54,4% ante 2018, ao mesmo tempo em que aumentava a importação de carne suína em 61,7%, o que levou o Brasil a registrar 244,1 mil toneladas desse produto.

O rebanho bovino nacional cresceu 0,4% em 2019, depois de 2 anos de retração. A Região Nordeste e o Estado de Mato Grosso responderam pelo leve incremento, com aumentos de seus plantéis da ordem de 2,7% e 5,1%, respectivamente. Em termos de efetivo de bovinos, a liderança foi assumida no ano passado por Mato Grosso, com 31,7 milhões de cabeças e parcela de 14,8% no rebanho nacional. A Região Centro-Oeste permaneceu líder em participação no efetivo de bovinos no país (34,5%), com 1 total de 74 milhões de cabeças . O maior município produtor foi São Félix do Xingu (PA), com 2,2 milhões

O efetivo de galináceos somou 1,5 bilhão de cabeças, aumento de 0,1%, com a Região Sul na liderança, respondendo por 46% do total. Em relação ao efetivo de galinhas, o Sudeste do país ocupou a 1ª posição no ranking, com 38,1% do total de 249,1 milhões de cabeças.

O levantamento feito pelo IBGE revela que, apesar da queda de 1,6% no efetivo de suínos, o número de matrizes subiu pelo 3º ano consecutivo, com alta de 0,5%, atingindo 4,8 milhões de cabeças. A Região Sul lidera o rebanho suíno, com 20 milhões de cabeças, respondendo por 49,5% do total, embora tenha sofrido queda de 2,4% em comparação com 2018.

A Região Nordeste foi a única a registrar acréscimo em seu rebanho (+2,1%), com 1 total de 5,9 milhões de cabeças. Santa Catarina é o 1º Estado do ranking da suinocultura, com efetivo de 7,6 milhões. Em termos municipais, Toledo (PR) aparece na 1ª posição, com 1,2 milhão de cabeças.