Iria mesmo parecer totalmente fora do eixo o jantar agendado para amanhã, quarta-feira, dia 18 de fevereiro, entre os ministros do STF, inclusive Xandão, e o presidente que eles nomearam, Lula da Silva, porque o convescote pareceria mais do que um acerto final para o recebimento da denúncia do chefe da PGR, Paulo Gonet, visando justamente a abertura de processo criminal contra o ex-presidente Bolsonaro, tudo no âmbito de um inquérito encomendado a respeito da suposta tentastiva de golpe de Estado.
Essa gente não se importa muito em ser e nem em parecer aliada carnal, mas o evento enrubesceriam de vergonha até puta de cabaré.
Não é por acaso que a PGR vaza um dia sim e outro também, a informação seletiva sobre o conteúdo da denúncia que formatou a pedido, tudo em cima de um inquérito armado a pedido, visando o início de um julgamento que sairá a pedido e com uma condenação a pedido, não apenas de Bolsonaro, mas dos outros 32 réus elencados.
Afinal de contas, os últimos dias cobriram de fétido odor o Palácio do Planalto e o STF.
No caso do Planalto, foram as notícias do Datafolha, dando conta de que 76% dos brasileiros não apoiam o governo Lula, que caminha para unânime oposição nacional. Pior ainda: Hoje saiu pesquisa do Paraná Pesquisas, mostrando que qualquer um derrotaria Lula em 2026, mas certamente entre eles estariam o próprio Bolsonaro, a sua mulher Michelle e o afilhado Tarcísio Gomes de Freitas.
O governador gaúcho Eduardo Leite, que se desfibra tocando pandeiro nos locais par os quais é e não é chamado, mal emplaca 3%.
No caso do STF, trata-se do Efeito Trump e as denúncias sobre mancebia entre A. de Moraes, a CIA e a Usaid, tudo para corroer a liberdade de expressão, perseguir opositores e ajudar a eleger Lula da Silva contra Bolsonaro.
Não é pouca coisa.
O resumo da ópera dos próxiomos dias, semanas e meses, portanto, terão como grandes acontecimentos:
Agendem aí:
Julgamento de Bolsonaro e seus companheiros, a partir do recebimentod a denúncia da PGR, nesta sexta.
Manifestação de rua pela anistia e pelo impeachment de Lula, dia 16t de março.
Avanço da proposta de anistia política ampla, geral e irrestrita, mas não recíproca, tanto na Câmara quanto no Senado.
Esta é a agenda.
Quem pode atrapalhar tudo talvez seja o próprio Lula, que parece à beira de um definitivo ataque de nervos e, abandonado até pelos advogados do Grupo Prerrogativas, decida descer por conta própria a rampa do Palácio do Planalto, entregando a coisa para o vice Geraldo Alckmin.
Pode ser esta a saída pouco heróica do sistema, do Deep State ou do Eixo do Mal, como quiserem, visando preservar alguns dedos enquanto entregam os anéis.