Entrevista, Ricardo Breier

  Ricardo Breier é advogado criminalista, ex-presidente da OAB do RS e ex-coordenador da OAB nacional para a defesa das prerrogativas dos advogados de todo o Brasil.

O julgamento do ex-presidente Bolsonaro não é um julgamento comum.
Por isto mesmo o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro perante o Supremo Tribunal Federal (STF) segue um rito processual específico, conforme estabelecido pela legislação brasileira.

Quanto tempo poderá durar um julgamento como este ?
Sem intercorrências extraordinárias, 1 ano e meio.

E a pena de Bolsonaro ?
Caso ele seja condenado com pena máxima em cada uma das acusações, 43 anos.

Dá para resumir o teor das principais acusações ?
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia formal contra Jair Bolsonaro, acusando-o de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e liderança de organização criminosa armada. 

Feita esta denúncia por parte da PGR, qual o passo seguinte ?
Segue a análise preliminar pelo relator: A denúncia é encaminhada ao ministro relator do caso no STF, Alexandre de Moraes, que avaliará se há elementos suficientes para dar seguimento ao processo. 

Feito isto, caso ele resolva seguir adiante, o que vem a seguir ?
É o caso da defesa prévia. Caso o relator considere a denúncia apta, será concedido um prazo de 15 dias para que a defesa de Bolsonaro apresente suas argumentações iniciais. Cada réu deverá ser citado pessoalmente, exercendo o direito de defesa constitucional na plenitude , podendo requerer perícias, juntar documentos e indicar testemunhas, bem como solicitar arquivamento por falta de justa causa da acusação.

Este é um processo que será avaliado pela 1a. Turma (5 ministros) ou pelo Pleno (11 ministros) ?
Após a manifestação da defesa, o relator poderá decidir monocraticamente ou levar a questão para deliberação da Primeira Turma do STF, composta por cinco ministros. Se a denúncia for aceita, Bolsonaro se tornará réu em ação penal. 

Como é que acontecerá a instrução processual ?
Nesta fase, serão realizadas diligências como coleta de provas, depoimentos de testemunhas e interrogatórios dos acusados, visando esclarecer os fatos e responsabilidades.

Eu tenho participado de vários julgamentos como réu ou como autor e sempre posso produzir alegações finais.
Sim, Bolsonaro e os outros réus, também. É de lei. Concluída a instrução, tanto a acusação quanto a defesa apresentam suas considerações finais, resumindo os pontos principais e reforçando seus argumentos defensivo.

E então se dá o julgamento
Isto mesmo.O processo é então submetido a julgamento pela Primeira Turma do STF. Os ministros analisam as provas e argumentos apresentados, de defesa e acusação.

Em que situação o julgamento pode sair da 1a. Turma e ir para julgamento do Pleno ?
Existem precedentes na Corte e há possibilidade de levar o julgamento ao plenário, tudo em razão da matéria complexa. De qualquer modo, sempre caberá recurso, da decisão da 1a. Turma para o Pleno ou deste mesmo.

Manifesto em Defesa da Democracia e da Liberdade no Brasil

A Oposição na Câmara dos Deputados traz à nação brasileira um alerta urgente sobre o estado de exceção que se instala silenciosamente, mas a olhos vistos, em nosso país. 


O Brasil está vivenciando um preocupante processo de erosão de suas instituições e de ataque sistemático às liberdades individuais e coletivas.



A censura e a perseguição política contra aqueles que ousam discordar do establishment é flagrante. 


Jornalistas, influenciadores, políticos e cidadãos em geral, alinhados à direita, têm sido alvos de medidas autoritárias que violam princípios fundamentais da Constituição Federal e tratados internacionais de direitos humanos. 


A liberdade de expressão, pilar de qualquer sociedade democrática, está sendo esmagada por decisões arbitrárias, censura prévia e prisões políticas que se tornaram instrumentos para calar vozes dissidentes. 


Isso sem contar o sem-número de abusos contra as leis vigentes, com prisões sem fundamento jurídico idôneo (como no caso de Filipe Martins, preso por uma viagem jamais feita).


A imprensa livre, que deveria ser um escudo contra o abuso de poder, tem sido alvo de tentativas de silenciamento por meio de processos judiciais seletivos, bloqueio de contas bancárias e remoção forçada de conteúdos críticos ao governo e ao sistema judiciário. 


Os jornalistas que ousam denunciar essa escalada autoritária enfrentam ameaças, detenções arbitrárias e restrições inconstitucionais à sua atividade profissional.


Os advogados, por sua vez, são impedidos de trabalhar conforme previsto pela Constituição e pela lei, sendo forçados a defender pessoas investigadas sem ter acesso aos autos dos processos, nem ter conhecimento do que seus clientes são acusados. 


E quando tentam fazer sustentações orais ou despachar com os juízes responsáveis pelo estado de coisas inconstitucional que enfrentamos hoje, jamais são recebidos e apenas encontram portas fechadas.


Além disso, políticos de direita estão sendo perseguidos de maneira implacável. 



Utiliza-se o aparato estatal para sufocar a oposição, criminalizar opiniões e restringir direitos fundamentais. 


A instrumentalização da justiça para fins políticos é um ataque direto à soberania popular e compromete o equilíbrio dos poderes, que deveria ser a base do Estado democrático de direito.



Amanhã, quem será o próximo alvo? 


Esse autoritarismo, essa ditadura constitucional, que se instala sob o disfarce de legalidade, precisa ser parada. 


A História nos ensina que quando a liberdade de um é ameaçada, a liberdade de todos está em risco.


A resistência democrática precisa ser firme. 


Exigimos o fim das perseguições políticas, a restituição das liberdades individuais e a garantia de um país onde a pluralidade de ideias seja respeitada. 


Não permitiremos que o Brasil se torne refém de um aparato estatal totalitário, repressivo e opressor, em que uma minoria de poderosos coloca a maioria desamparada de joelhos. 



Povo faminto, escândalos de corrupção estourando todos os dias, sigilo de 100 anos para os gastos da Janja. 


A única conquista desse grupelho político que tomou o país de assalto é a denúncia contra Jair Bolsonaro. 


O sistema quer matar Bolsonaro politicamente porque ele já aparece à frente das pesquisas contra o descondenado. 


Esta semana, recebemos um relatório contundente da Associação dos Familiares das Vítimas do 8 de Janeiro, que reúne documentos e provas de todos os tipos de violações de direitos praticados nesses últimos anos. 


No momento oportuno, daremos a completa publicidade a esse material. 


A denúncia da Procuradoria-Geral da República contra o presidente Jair Bolsonaro, pela suposta "tentativa de golpe de Estado", entre outros crimes alegados, mas jamais comprovados, representa mais um degrau nessa escalada criminosa contra a liberdade dos brasileiros. 


Trata-se de uma série de acusações rasteiras, desprovidas de evidências concretas que sustentem as graves acusações imputadas. 


Uma verdadeira peça de ficção, uma denúncia encomendada para gerar um resultado que todos já conhecem. 



Uma denúncia baseada em delação e presunções. 


Ao longo do processo, o delator foi alterando e omitindo fatos, situação mais do que suficiente para anular a delação. 


E a maior insanidade de todas: não tivemos acesso a tais delações. Apenas no dia de hoje foram retirados os sigilos das delações. 


Há outro aspecto que precisa ser veemente repudiado e refutado: insistência na tese de questionar a legitimidade do processo eleitoral, que seria uma suposta etapa para a preparação de um golpe. 


A denúncia tenta transformar o direito à crítica em delito, colocando sob suspeita qualquer pessoa que ouse discordar do nosso processo eleitoral e descuidando que tal direito é perfeitamente protegido pela Constituição e pelo Código Penal.


Não há possibilidade de defesa para o presidente Bolsonaro. 


Ele já entra condenado a 20, 30, 40 anos de prisão. 


Ele será julgado por aqueles que se vangloriam de ter derrotado o bolsonarismo. 


O sistema se esforçou como nunca para tirar Lula da cadeia e colocá-lo de volta no poder. 




Passados dois anos de uma gestão catastrófica, esse governo biônico está caindo aos pedaços, impopular, incapaz de tirar o país de uma crise sem precedentes


Aqui, bem próximo da Praça dos Três Poderes, centenas de pessoas são vítimas de maus tratos de toda a espécie e seus advogados cerceados nas prerrogativas da advocacia. 


Precisamos revelar o que está acontecendo dentro dos presídios da Papuda e da Colmeia. 


Uma pena que, hoje, para alguns setores da OAB, as tais prerrogativas só existam para quem defende o outro lado do espectro político.


O Estado brasileiro mantém centenas de presos políticos e segue à caça de outros tantos. 


Diante desse cenário, não podemos nos calar. É nosso dever denunciar ao mundo o que está acontecendo no Brasil. 


Apelamos às organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, à imprensa independente e a todas as nações que prezam pela democracia para que voltem seus olhos ao nosso país e pressionem as autoridades responsáveis.


O momento exige coragem e união. 


Nossa luta não é apenas por um grupo específico, mas pelo direito de todos os brasileiros viverem em uma sociedade em que a liberdade não seja uma concessão do Estado, mas um direito inalienável. 


Hoje, a perseguição é contra a direita conservadora.

O futuro da nossa nação depende da nossa ação agora.


Para finalizar, reproduzo as palavras de dois homens públicos, para trazer um pouco de razão a este momento tão conturbado. 


Marco Aurélio Melo, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal:


- A Anistia não pode ser vista como algo pior que a Lava Jato. Eu continuo na tecla inicial: onde há a competência do STF em julgar um ex-presidente da República?”


José Múcio Monteiro, ministro da Defesa: 


“Nunca houve ameaça de golpe... O golpista não precisa de Constituição, de livro, de regra. Eu acho que a gente tem margem para conversar, sem viés eleitoral, sem viés partidário, sem polarização….”


A todos que nos assistem, lembrem-se:


O futuro da nossa nação depende da ação agora. No dia 16 de março estaremos nas ruas por Fora Lula e pela Anistia aos presos do 8 de janeiro. 

 

Deputado Federal Luciano Zucco (PL-RS)

Líder da Oposição na Câmara dos Deputados

Rumble x Moraes

  O CEO da plataforma Rumble, concorrente do You Tube, Chris Pavlovski, que está na foto ao lado com Donald Trump, desafiou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), dizendo que não cumprirá “suas ordens ilegais”. Foi nesta quarta-feira, depois que ele moveu ação contra o ministro, conforme registro no Tribunal Federal da Flórida.

Eis o que Pavolovski escreveu no X, hoje:

“Oi, Alexandre.
A Rumble não cumprirá suas ordens ilegais. Em vez disso, nos veremos no tribunal.
Atenciosamente,
Chris Pavlovski“

Em outra publicação, Pavlovski afirmou que a “guerra pela liberdade de expressão se tornou global” e que o “Rumble não será intimidado pelo juiz Alexandre de Moraes“.

A empresa americana, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, deixou o país no ano passado para não enfrentar as mesmas punições aplicadas pelo ministro à rede social X (antigo Twitter), que ficou suspensa por dois meses no ano passado. No início do mês, contudo, a empresa retomou as atividades no Brasil e Moraes fez novas determinações aos advogados do Rumble, exigindo a representação oficial para receber suas ordens.

Este preso político foi agredido e torturado na Papuda

 A jornalista gaúcha Ana Maria Cemin revelou, hoje, que depois das denúncias de tortura sofridas pelo preso político Lucas Brasileiro, 29 anos, se tornarem públicas, ele foi removido da massa carcerária do Presídio Papuda e levado para a Penitenciária do Distrito Federal IV (DF IV), bloco 2, ala B, cela 03, onde estão os outros presos políticos. Isso aconteceu nesta segunda-feira, 17 de fevereiro, à tarde.

Lucas Brasileiro foi agredido e torturado na prisão.

Leia a reportagem de Ana Maria:

“Nós fizemos um trabalho de denúncia sobre essas agressões com a ajuda da defesa do meu filho, protocolamos na Defensoria Pública da União (DPU) e a imprensa noticiou. Estamos colhendo os frutos desse trabalho formiguinha: meu filho saiu do local onde ele estava em risco de vida. Eu sei que isso tudo terminará um dia (referindo-se às prisões injustas de pessoas inocentes) e espero poder dar informações para uma matéria diferente, só com alegrias”, diz o pai emocionado, que tem lutado desde a última semana de janeiro para que Lucas fosse levado para uma cela mais segura.

Noticiamos a denúncia de Evandro ainda em 24.1.2025, quando relatou sobre as agressões sofridas por Lucas no final do ano, quando ele foi transferido do Centro de Detenção Provisória (CDP) para a Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I), onde ficou misturado com a massa carcerária.

“Na pequena distância de 600 metros entre um prédio e outro, todos os presos foram algemados e colocados num camburão, porém antes da porta do veículo ser fechada os policiais acionaram gás de pimenta. Quando a porta foi aberta, todos estavam praticamente desfalecidos dentro do camburão”, conta Evandro, destacando que o policial ainda zombou deles dizendo que “sabia o tempo certo para deixar eles sofrendo sem que o dano fosse maior“.

Lucas cumpre pena de 14 anos. Naquela tarde fez concurso público nos arredores da Praça dos Três Poderes. Ao findar, passou para ver a manifestação e foi surpreendido pelos ataques da polícia. Diante do ambiente de guerra (unilateral) da praça, se abrigou num prédio. 

É considerado um criminoso perigosíssimo pela PGR e STF. 

Os 10 motivos, por Giovani Cherini

 Aqui estão 10 motivos para questionar essa acusação:


1️⃣ Nenhuma prova concreta – Não há documentos, áudios ou ordens diretas que comprovem qualquer crime. Apenas interpretações e suposições.


2️⃣ Liberdade de expressão ameaçada – Desde quando questionar o sistema eleitoral virou crime? O debate político faz parte da democracia.


3️⃣ Criticar o STF não é crime – Discordar de ministros é um direito de qualquer cidadão. Democracia significa pluralidade de opiniões.


4️⃣ Nenhuma ligação com os atos de 8 de janeiro – Bolsonaro não organizou, financiou ou incentivou as manifestações daquele dia.


5️⃣ Questionamentos sobre o sistema eleitoral não são novidade – Políticos da esquerda e outras instituições já levantaram preocupações sobre as urnas antes. Por que só Bolsonaro é perseguido por isso?


6️⃣ Reunião com embaixadores foi pública e transparente – Explicar preocupações sobre o processo eleitoral a representantes internacionais agora é crime?


7️⃣ O Congresso já discutiu o voto impresso – Se foi um tema debatido democraticamente, como pode ser considerado um golpe?


8️⃣ Nenhuma tentativa real de golpe – Não houve movimentação militar, nenhum decreto foi assinado. Como um golpe pode acontecer sem armas ou apoio das Forças Armadas?


9️⃣ Inversão do princípio da justiça – O correto é a acusação apresentar provas, não o acusado ter que provar sua inocência.


🔟 Processo com motivação política – O objetivo não parece ser justiça, mas sim impedir Bolsonaro de concorrer e vencer as eleições de 2026.


O povo brasileiro percebe essa perseguição pelo que ela realmente é: uma tentativa de CALAR a oposição e limitar o direito de escolha da população. 


Dica do editor - Saiba como é o Grok 3, terceira geração de chatbot de inteligência artificial lançado ontem por Musk

A empresa de inteligência artificial xAI, de Elon Musk, lançou, na madrugada desta terça-feira (18) a terceira geração de seu chatbot de inteligência artificial (IA), o Grok 3, por volta das 20h local (1h no horário de Brasília).O evento foi transmitido na rede social X, que também pertence ao bilionário, por meio do perfil oficial da xAI. Durante a live, os seguidores puderam interagir com perguntas sobre a ferramenta, que foram respondidas por Musk e sua equipe.

Segundo o bilionário, o Grok 3 supera outros modelos de IA, trazendo respostas mais precisas e contextualizadas. Além disso, a ferramenta deve contar com um recurso de interação por voz, que deve ser lançado em breve.

Ainda no X, o perfil oficial do Grok fez duas postagens. Em uma delas, se intitulava de “a inteligência artificial mais inteligente do mundo”, já no outro, um gráfico que comparava a nova ferramenta com outras já disponíveis na internet, como o Gemini, Deepseek e o chat GPT.

Na última semana, também na China, o Baidu afirmou que planeja disponibilizar seu chatbot de IA, Ernie Bot, gratuitamente para usuários de desktop e dispositivos móveis.


Programa Porto da Educação prevê investir meio bilhão em infraestrutura escolar municipal de Porto Alegre. Conheça o programa.

Criar 7 mil vagas de Educação Infantil e construir 20 novas escolas até 2028 são duas das medidas anunciadas nesta terça-feira pelo prefeito Sebastião Melo e o secretário de Educação, Leonardo Pascoal, no lançamento do programa Porto da Educação.Também foi confirmada um bolsa de R$ 500 mensais aos professores envolvidos diretamente com o Programa Alfabetiza+POA. O benefício consta em projeto de lei assinado por Melo no evento ocorrido no Teatro Túlio Piva. O texto será encaminhado ao Legislativo Municipal.

O texto acima é do jornalista Orlando Moraes, que publica no site da prefeitura de Porto Alegre. Saiba mais a seguir.

Além das medidas anunciadas, o programa prevê até 2028 dobrar o número de escolas integrais, investir mais de R$ 500 milhões em infraestrutura e gerar melhorias significativas nos índices educacionais. 

O programa ainda pretende elevar o resultado da rede municipal no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), ampliar a climatização para 100% das escolas municipais, além de criar cinco escolas de tecnologia.

Busca ativa - O Porto da Educação prevê a criação de programas de busca ativa de alunos com infrequência escolar e correção de fluxo para reduzir a distorção idade-série em 40%. Também deve ser duplicado o número de agentes de inclusão da Secretaria Municipal de Educação (Smed).

Plano de carreira - No eixo Gestão e Inovação Educacional, a Smed irá revisar o Plano de Carreira do Magistério Municipal, construir um novo Plano Municipal de Educação e instituir Acordos de Resultados com as escolas, entre outras medidas.

O Porto da Educação está dividido em cinco eixos. 

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