No discurso de Copacabana, Bolsonaro sugere que querem matá-lo

O que mais surprendeu no ato público desta manhã em Copacabana, no Rio, não foi a presença do oceano de manifestantes de verde e amarelo e nem o entusiasmo de todos eles, que se recusaram a sair dos postos 4 e 5 depois de encerrada a manifestação.

O que ficou marcado foi este trecho do discurso de 34 minutos pronunciado por Bolsonaro de cima do caminhão de som, vestido com sua camisa da seleção brasileira:

- Se acontecer algo de pior comigo, não desistam de lutar pelo restabelecimento da liberdade dos brasileiros.

É uma referência direta às ameaças de assassinato.

Pouco antes, Bolsonaro já tinha identificado quem quer matá-lo. Acompanhe:

- O sistema não quer apenas desconstruir minha pessoa ou me prender, porque o que ele quer de verdade é completar o que começou em Juiz de Fora.

O público reagiu com rugido de emoção à flor da pele.

Eleitor deste ano terá olhar de galinha e também de águia, diz Cleber Benvegnú

Nas eleições municipais, diz Benvegnú, o eleitor terá olhos de galinha (o microcosmo local), mas também o de águia (o macrocosmo nacional).

O jornalista, advogado e ex-chefe da Casa Civil, fundador da Critério - Resultado em Opinião Pública, Porto Alegre, Cleber Benvegnú, considera que a grande novidade das eleições municipais deste ano é o surgimento do que ele chama de Nova Direita, mas também o advento de redes sociais muito mais influentes, que quebraram o monopólio da verdade estabelecido pela velha mídia.

É a emergência do PL como principal Partido da Nova Direita, sob a liderança de Bolsonaro.

É ele quem enfrentará nas urnas o PT, que demonstra não ter esquecido nada e nem aprendido nada ao longo dos últimos 40 anos, com discurso típico dos renegados sociais dos anos 80. "Maria do Rosário, por exemplo, candidata do PT em Porto Alegre, faz discurso démodé", avalia Benvegnú, cuja agência, a Critério, assessora há muitos anos candidatos interessados do RS.

O diretor da Critério não fez menção à questão do histórico de corrupção que marca como herança maldita o PT, apresentado ao eleitor como organização criminosa emergente do Mensalão e da Lava Jato.

Pesquisa IPO

 O Instituto Pesquisas de Opinião, IPO, Porto Alegre, concluiu uma extensa pesquisa junto a eleitores de 80 municípios de grande, médio e pequenos portes do RS, buscando respostas para 4 grandes vetores políticos, desde a caracterização do perfil dos eleitores até a definição das agendas defendidas por eles e a influência que sofrem da chamada polarização entre bolsonaristas e lulopetistas.

A pesquisa destacou que o principal perfil do eleitor gaúcho é que 70% deles são conservadores ou de direita, portanto atentos à defesa da família e contra demandas como aborto, drogas ou linguagem neutra. O STF e o Congresso são abominados.

Em síntese, o que querem os eleitores gaúchos dos candidatos de 2024: 1) Que os gestores serjam líderes para cuidar e resolver problemas locais. 2) Que sejam honestos. 3) Que sejam populares, mas não populistas, no sentido de ouvir a população. 5) Ênfase para saúde, zeladoria dos bairros e força à segurança pública. 

A IPO diz que a verticalização nacional só entrará na agenda das decisões dos eleitores nas grandes e médias cidades, sendo que nas demais a polarização será pauta eleitoral forte nos casos onde o lulopetismo e a oposição já fazem isto, como são os casos de São Leopoldo, Caxias do Sul ou Viamão.

....

PL
A Nova Direita e seu Líder

Nas eleições municipais, diz Benvegnú, o eleitor terá olhos de galinha (o microcosmo local), mas também o de águia (o macrocosmo nacional).

O jornalista, advogado e ex-chefe da Casa Civil, fundador da Critério - Resultado em Opinião Pública, Porto Alegre, Cleber Benvegnú, considera que a grande novidade das eleições municipais deste ano é o surgimento do que ele chama de Nova Direita, mas também o advento de redes sociais muito mais influentes, que quebraram o monopólio da verdade estabelecido pela velha mídia.

É a emergência do PL como principal Partido da Nova Direita, sob a liderança inabalável de Bolsonaro.

É ele quem enfrentará nas urnas o PT, que demonstra não ter esquecido nada e nem aprendido nada ao longo dos últimos 40 anos, com discurso típico dos renegados sociais dos anos 80. "Maria do Rosário, por exemplo, candidata do PT em Porto Alegre, faz discurso démodé", avalia Benvegnú, cuja agência, a Critério, assessora há muitos anos candidatos interessados do RS.

O diretor da Critério não fez menção à questão do histórico de corrupção que marca como herança maldita o PT, apresentado ao eleitor como organização criminosa emergente do Mensalão e da Lava Jato.

PESQUISA
O perfil do eleitor gaúcho em 2024

O Instituto Pesquisas de Opinião, IPO, Porto Alegre, concluiu uma extensa pesquisa junto a eleitores de 80 municípios de grande, médio e pequenos portes do RS, buscando respostas para 4 grandes vetores políticos, desde a caracterização do perfil dos eleitores até a definição das agendas defendidas por eles e a influência que sofrem da chamada polarização entre bolsonaristas e lulopetistas.

A pesquisa destacou que o principal perfil do eleitor gaúcho é que 70% deles são conservadores ou de direita, portanto atentos à defesa da família e contra demandas como aborto, drogas ou linguagem neutra. O STF e o Congresso são abominados.

Em síntese, o que querem os eleitores gaúchos dos candidatos de 2024: 1) Que os gestores serjam líderes para cuidar e resolver problemas locais. 2) Que sejam honestos. 3) Que sejam populares, mas não populistas, no sentido de ouvir a população. 5) Ênfase para saúde, zeladoria dos bairros e força à segurança pública. 

A IPO diz que a verticalização nacional só entrará na agenda das decisões dos eleitores nas grandes e médias cidades, sendo que nas demais a polarização será pauta eleitoral forte nos casos onde o lulopetismo e a oposição já fazem isto, como são os casos de São Leopoldo, Caxias do Sul ou Viamão.

....

A relação dos candidatos com a imprensa não muda muito de figura nos casos de candidatos a prefeito ou vereador.

Já vou falar sobre isto.

Antes de tudo, no entanto, o candidato a prefeito ou a vereador precisa atrair um jornalista para sua equipe, que seja remunerado ou seja voluntário. Se for voluntário e o candidato, caso eleito, vá contar com alguma condição de nomear CC, prometer nomeá-lo em caso de vitória é um bom contrato de risco.

O candidato precisa saber que não pode deixar tudo sob responsabilidade do profissional, porque precisa, também, entrar de ponta cabeça no jogo:

Mídia de internet
Gravando intervenções rápidas, promovendo podcasts, tudo para veiculação nas redes sociais, usando as plataformas mais requisitadas, e permitindo que tudo seja enviado para suas listas via WhatsApp ou Telegram.

Midia tradidiconal
Aproximando-se tanto quanto possível de dois personagens fundamentais para o êxito da missão de abrir espaço nos meios de comunicação:

- O dono do veículo.
- Os jornalistas que receberão seu material ou que manterão contato com o candidato.

Eu espero que o próprio Partido tenha sua própria estrutura de apoio nas áreas de publicidade, relações públicas e imprensa, pelo menos para formatar as páginas dos candidatos em plataformas como You Tube, X, Facebook, Instagram e Tik Tok, deixando que o candidato faça a operação diária.

....

Nós podemos conversar mais sobre isto, mas antes de concluir esta parte da minha intervenção, quero chamar a atenção de que o candidato precisa incluir seu profissional de imprensa no organograma da campanha, que necessariamente precisa contar com um Conselho Político, coordenado pelo chefe da campanha, e do qual façam parte pelo menos apoiadores que respondam pela logística, pelo financeiro e pelo jurídico. 

Se não der, a ordem é buscar apoiadores voluntários, mesmo familiares, e sempre acenando com algum tipo de contrato de risco, vinculado ao caso de vitória. 

....



Juiz brasileiro promove teoria da conspiração nacionalista para armar a Polícia Federal contra defensores da liberdade de expressão

A Polícia Federal do Brasil me discute em um novo relatório encomendado pelo juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes


Ontem, um juiz da Suprema Corte brasileira, que também é presidente da Comissão Eleitoral Superior, atacou com raiva o proprietário da X, Elon Musk. Em um evento promovido pela Globo News, Alexandre de Moraes afirmou que Musk faz parte de uma vasta conspiração extremista para minar a soberania e a democracia do Brasil. Ele afirmou que Musk era um "mercantilista irresponsável" motivado apenas por lucros que havia se "unido" a "políticos brasileiros extremistas".


Mas não há evidências de qualquer conspiração. Musk não sabia que eu publicaria o Twitter Files Brazil. Tampouco os políticos brasileiros que reagiram a eles. E muitos dos políticos e jornalistas que de Moraes está demonizando como "extremistas" são defensores da liberdade de expressão, incluindo o direito de criticar de Moraes.


É verdade que algumas das pessoas que Moraes está censurando pediram uma intervenção militar e fizeram afirmações infundadas sobre eleições e a Covid. Não concordo com muitas das declarações feitas pelas pessoas que de Moraes censurou.


Mas a liberdade de expressão não significa nada se não proteger as pessoas e as ideias das quais você discorda. Se não permitirmos que as pessoas critiquem a democracia, as eleições e as vacinas, como saberemos se elas são ruins? Se as pessoas estão divulgando informações falsas sobre democracia, eleições e vacinas, a melhor maneira de lidar com as informações falsas é com informações precisas, não com censura.


O verdadeiro extremista que está espalhando desinformação aqui é de Moraes. Se Musk fosse motivado apenas por dinheiro, ele não teria enfrentado De Moraes, o que resultou na suspensão de toda a publicidade na X pelo governo brasileiro, na renúncia do principal advogado da X no Brasil, que temia por sua segurança, e pode resultar no fechamento da X no Brasil por De Moraes.


Ele não está simplesmente exigindo que as plataformas de mídia social censurem conteúdo específico de jornalistas e políticos controversos. Ele está exigindo que todas as plataformas de mídia social os banam para sempre. Muitas vezes ele faz isso por meio de audiências secretas sem direito de apelação.

Na verdade, é muito pior do que isso. Você não pode ser um político ou jornalista se não puder se comunicar nas mídias sociais. Assim, Moraes não está apenas violando as proteções à liberdade de expressão da Constituição brasileira, ele também está atacando a liberdade de imprensa, destruindo carreiras e interferindo nas eleições.


De Moraes agiu unilateralmente para inventar leis inteiramente novas. Assim, ele está interferindo e assumindo o papel do Congresso e do presidente. Isso significa que ele está se comportando como um ditador.


E agora De Moraes transformou a Polícia Federal em uma arma, inclusive contra mim, por ter publicado os Arquivos do Twitter no Brasil. A Polícia Federal entregou dois relatórios a Moraes, um em 18 de abril e outro em 19 de abril. Os relatórios consistem em uma gigantesca teoria da conspiração, sugerindo conexões e relacionamentos que simplesmente não existem.


Os relatórios me destacam e sugerem que, de alguma forma, é suspeito o fato de eu ter apenas pago uma assinatura do X, que é a de Elon Musk. Mas não há nada de suspeito nisso. Eu estou pagando a Musk, e não o contrário. E, conforme observado no relatório da polícia, Musk recebe uma porcentagem da receita das pessoas que assinam meu conteúdo no X. 

 


De Moraes é um autoritário brutal. Sua censura é tão ruim quanto a censura imposta pelos ditadores militares do Brasil. Ele está buscando, como juiz, eliminar especialmente políticos e jornalistas da vida pública.


Essa não é a primeira vez que Moraes usa a Polícia Federal como arma. E ao chamar Elon Musk de mercantilista estrangeiro, Moraes está usando exatamente o mesmo tipo de retórica nacionalista que ele atacou seus inimigos por usarem.


Por que Moraes tem tanto poder? No Brasil, as pessoas me disseram que é porque Moraes controla muitos processos judiciais envolvendo pessoas ricas e poderosas, inclusive políticos e outros juízes.


A solução é que o Congresso brasileiro abra uma investigação, conhecida como Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Uma CPI pode avaliar abusos de poder por parte do judiciário, e isso é obviamente o que está acontecendo aqui. Em uma CPI, o Congresso do Brasil poderia ter acesso às comunicações entre a polícia e os juízes ou qualquer outra pessoa. 


Uma CPI também poderia ouvir as vítimas de censura. Poderia trazer luz a milhares de casos sob sigilo. E poderia descobrir como as plataformas de mídia social foram obrigadas a obedecer ou colaborar com o regime.


Musk tomou medidas extraordinárias e históricas para proteger a liberdade de expressão. O mesmo fez o Congresso dos EUA. Agora é hora de o Congresso brasileiro agir contra o extremismo antidemocrático de Moraes. Ele deve fazer isso antes que o extremista De Moraes comece a prender seus inimigos políticos e feche o X e, portanto, a liberdade de expressão no Brasil.