Carta aos assassinos, Paulo Briguet

O crime que vocês defenderam é a antecipação do que vocês querem fazer com o país

Honoráveis assassinos,

Parabéns! Vocês conseguiram atingir o seu objetivo: o inferno está em festa. Neste exato momento, na Cidade do Diabo, as almas condenadas dançam freneticamente para comemorar o sangue derramado da inocência.

Vocês conseguiram provocar a morte de um bebê saudável e plenamente viável, com 29 semanas de gestação, por meio de uma injeção alcalina que paralisou o seu coraçãozinho e sugou a vida de todas as partes de seu corpo já inteiramente formado.

Vocês obrigaram uma menina de 11 anos a fazer o parto de um cadáver, somando mais um trauma à sua coleção de desgraças.

Vocês vazaram um inquérito sigiloso da Justiça para expor essa mesma criança de 11 anos e promover o linchamento moral de uma juíza e uma promotora cujo único crime foi respeitar a lei.

Vocês criminosamente esconderam a informação de que o bebê era fruto de uma relação entre duas crianças. Perguntados sobre a identidade do estuprador, vergonhosamente se valeram do argumento pífio de que não queriam aderir ao “discurso punitivista da extrema-direita”. Na verdade, queriam a todo custo omitir que o pai do bebê era um garoto de 13 anos, filho do padrasto da pobre menina. Dessa forma, ocultaram mais um provável crime: a negligência dos pais que permitiram a relação entre menores inimputáveis.

Sei o que vocês vão fazer agora, honoráveis assassinos. Vocês vão usar este caso para promover o assassinato de bebês em qualquer fase da gestação, lavando o crime no sangue do crime. Vocês, políticos do crime, juízes do crime, promotores do crime, advogados do crime, doutores do crime, servidores do crime, delegados do crime, jornalistas do crime, artistas do crime, influenciadores do crime e celebridades do crime, todos formados nas escolas e universidades do crime, vão incentivar a morte ritual e silenciosa de vidas oferecidas ao demônio que escraviza as consciências dos homens.

Não é por acaso que o líder de todos vocês, o indigitado líder, seja um declarado defensor do crime do aborto. Afinal, ele realizou o sonho do diabo: ver-se livre da condenação por seus crimes sem ter de pedir perdão. Esse sujeito que vocês veneram sabe muito bem: se uma sociedade aceita o assassinato de bebês, aceitará qualquer coisa. Aceitará inclusive os crimes que ele cometeu e pretende cometer.

Ontem, a ministra dos Direitos Humanos mostrou a imagem de um bebê com 29 semanas de gestação aos refugiados venezuelanos e ucranianos acolhidos pelo Brasil. Na verdade, os nascituros e as vítimas do socialismo compartilham o mesmo drama: a eles está sendo negado o direito de viver no mundo criado por Deus.

O Brasil está diante de dois caminhos: a Cidade de Deus ou a Cidade do Diabo. Eu espero que vocês, honoráveis assassinos, sejam capazes um dia compreender para onde estão conduzindo o nosso país. Eu era um de vocês, e fui capaz de reconhecer o meu crime. Que o Sagrado Coração de Jesus, cuja festa comemoramos hoje, possa perdoá-los por tanta miséria e tanta dor.

– Paulo Briguet é escritor e editor-chefe do BSM.

Artigo, Renato Sant'Ana - A desinibida militância de Martha Medeiros no jornal (1)

Não assino Zero Hora! E não leio, claro, os seus colunistas. Daí, só vim a ler o manifesto de Martha Medeiros intitulado "Uma escolha fácil" quando a coluna me foi enviada por uma leitora. Não parecia escrito pela delicada e gentil Martha doutros tempos: um panfleto lavrado com malícia e mistificação, ocultando a desonestidade e os métodos violentos da facção política que operou o maior esquema de corrupção no Brasil.

Martha investe na desinformação e na falta de memória do leitor médio e, forjando um verniz de benignidade para o PT, faz um apelo capcioso: "(...)voltemos aos governos que nos desiludem, como todos desiludem em algum ponto, mas que não colocam a democracia em risco (...)". Absurdo!

Eis uma prova cabal de risco à democracia. Em 2009, o governo Lula tentou impor ao Brasil o insidioso Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH). Felizmente, não conseguiu. Basta saber que, por exemplo, o PNDH previa que um juiz não poderia devolver a quem de direito um imóvel invadido sem, antes, consultar (ora quem!) os "movimentos sociais". Era a largada para implantar a pior espécie de ditadura: o totalitarismo.

E o projeto de instalar uma ditadura no Brasil nunca saiu da pauta do PT. Em 2014, Dilma Rousseff apresentou o Decreto 8243, versão repaginada do PNDH. Não conseguiu! E se tivesse conseguido, existiria hoje, entre outras degenerescências, o controle estatal da imprensa no país.

Mas para Martha, governos petistas não põem a democracia em risco. Ela deve ignorar que um dos principais Maquiavéis do PT é José Dirceu, que, em 2018, entrevistado pelo jornal espanhol El País, disse: "Aí nós vamos tomar o poder, que é diferente de ganhar uma eleição."

Eu sei. Depois ele falou, ao mesmo El País, que aquela declaração "Foi infeliz". Mas a sua acidental sinceridade já estava publicada.

É a lógica revolucionária. György Lukács (filósofo e militante comunista húngaro) preconizou que a classe revolucionária não deveria obedecer à lei, mas apenas seguir as circunstâncias da luta de classe.

Quando da promulgação da Constituição Federal em 1988, Lula não queria que a bancada petista assinasse a Carta Magna. Depois, teve de recuar, mas não antes de o Diretório Nacional do PT, através de circular, ter "justificado" a posição do líder nestes termos: "O PT, como partido que almeja o socialismo, é por natureza um partido contrário à ordem burguesa, sustentáculo do capitalismo. (...) rejeita a imensa maioria das leis que constituem a institucionalidade que emana da ordem burguesa capitalista, ordem que o partido justamente procura destruir".

O PT jamais revisou esse manifesto de evidente caráter totalitário. O PT não respeita a Constituição a não ser quando lhe convém ou quando não tem saída. É falácia populista, dizer que respeita a vontade popular.

Em 2005, houve o Referendo Nacional Pelo Comércio de Armas e Munição. A população votou contra o desarmamento (e a favor do direito de autodefesa). E o que fez o governo Lula? Respeitou a "vontade popular"? Nada! Deu uma banana para o povo e impôs o famigerado Estatuto do Desarmamento, que (notem bem!) só reduziu o risco para os bandidos.

Nos 16 anos em que administrou Porto Alegre, o PT mostrou como considera o povo, praticando uma estrovenga chamada "orçamento participativo": cidadãos eram chamados a reuniões manipuladas por esbirros do partido, nas quais decidiam conforme a vontade... do gestor.

Esse exemplo retrata uma das características dos regimes totalitários, isto é, a indiferenciação ou confusão entre partido, governo e Estado. Toda essa farsa, aliás, é desmascarada no livro "Herança Maldita: os 16 anos do PT em Porto Alegre", do Jornalista Políbio Braga.

Afinal, quem é mesmo que, por disposição programática, põe a democracia em risco? E nem se falou do mensalão, da corrupção na Petrobras e outras práticas parasitárias do PT. Tem mais nas próximas colunas.

 

Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.

E-mail: sentinela.rs@outlook.com

 

Melo vai a Brasília

 O prefeito Sebastião Melo embarca para Brasília neste domingo, 26, para avançar na busca por financiamentos para obras de infraestrutura em Porto Alegre. O roteiro vai até quinta-feira, 30, e inclui reuniões para captar recursos com agentes financeiros como o New Development Bank (NDB), Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD), Banco de Desarrollo da América Latina (CAF), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial. 


Além disso, Melo irá se reunir com as direções do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e visitará a nova sede do Banco Mundial no Brasil, onde apresentará os projetos de revitalização do Centro Histórico e do Quarto Distrito. Ele também terá encontro com a Comissão de Financiamentos Externos do Ministério da Economia. 


Outras audiências, ainda em confirmação, serão incluídas na agenda do prefeito em Brasília. O vice-prefeito Ricardo Gomes assume como prefeito em exercício até quinta, quando Melo retorna à Capital.