Porto Alegre vende 24,79% mais imóveis novos em agosto sobre julho

Porto Alegre vende 24,79% mais imóveis novos em agosto sobre julho

      No último mês de agosto foram vendidos 297 imóveis novos  em Porto Alegre, o que significa incremento de 24,79% em relação a julho, quando foram negociadas 238 unidades. Já na comparação com agosto do ano passado, houve retração de 37,21% no número de unidades comercializadas, conforme apurou a Pesquisa do Mercado Imobiliário de Porto Alegre, elaborada mensalmente pelo Departamento de Economia e Estatística do Sinduscon-RS.
        Em termos acumulados nos últimos 12 meses (setembro/2016 a agosto/2017), foram negociadas 3.443 unidades, o que significa estabilidade na comparação com os 12 meses imediatamente anteriores (setembro/2015 a agosto/2016), quando haviam sido negociadas 3.453 unidades.
         A velocidade de vendas ficou em 6,91% em agosto; no mês anterior havia ficado em 5,64%; e em agosto de 2016 foi de 13,63%. Nos últimos 12 meses, a velocidade média de vendas encontra-se em 7,17%, contra 8,60% no mesmo período anterior.
         Em agosto, foram lançadas 48 unidades e nos últimos 12 meses o acumulado de lançamentos é de 2.861 unidades (em 29 empreendimentos), um acréscimo de 56,68% se comparado com o mesmo período do ano anterior quando foram lançadas 1.826 unidades (29 empreendimentos).
          O total de imóveis novos em oferta em Porto Alegre é de 4.096 unidades distribuídas em 169 empreendimentos. Considerando a média de vendas nos últimos 12 meses, há um estoque para cerca de 14 meses, caso não ocorram novos lançamentos. Do estoque atual, 6% das unidades estão na planta, 65% em obra e 29% concluídos.

Artigo, Tito Guarniere - Altos funcionários estão entre os 1% mais ricos

Artigo, Tito Guarniere - Altos funcionários estão entre os 1% mais ricos
Os 13 anos de governo do PT, como apontam análises recentes, não induziram melhorias significativas no perfil de renda dos brasileiros, a não ser nas gabolices de Lula e dos seus aliados.
Estudiosos ligados ao partido se empenham em demonstrar que os estudos não levaram em conta certas variáveis. Isto é, não foi a distribuição de renda entre os mais ricos e os mais pobres que ficou igual ou pior, mas os cálculos que foram mal elaborados. Bem, esse é um velho truque petista. Se a realidade não lhes convêm, mude-se a "narrativa". Mas essa é outra conversa.
Todos os que denunciam a concentração perversa da renda e da riqueza, no Brasil e no mundo - como é o caso do francês Thomaz Piketty - indicam a regressão tributária como uma das suas causas. Vale dizer, é preciso cobrar mais impostos dos ricos.
É evidência matemática: se você tirar mais dinheiro dos ricos, a curva da concentração será menor. Mas no caso brasileiro, não há o menor indicativo de que o excedente cobrado das classes mais endinheiradas venha a beneficiar as classes mais pobres, senão que venha a se consumir nos ralos da máquina estatal.
O debate no Brasil tem de seguir outra diretriz. A renda nacional, a riqueza nacional, evapora no colosso estatal, no gigantismo estatal. Ou se mexe na estrutura do Estado - particularmente nas remunerações e vantagens do funcionalismo - ou o perfil da distribuição de renda no Brasil continuará assim, torto, desequilibrado, perverso.
Nos governos Lula e Dilma, os ganhos havidos nas classes mais baixas, foram “compensados” pelos inúmeros setores do serviço público privilegiados com aumentos acima da inflação. Os mais pobres ganharam alguma coisa (não tanto como apregoava o lulopetismo) mas os que estavam à frente ganharam ainda mais, aumentando a distância entre eles.
Os economistas de esquerda, os acadêmicos, fazem críticas contundentes ao processo de concentração de renda no Brasil. Dizem eles que o Estado brasileiro foi organizado assim de propósito, para proteger os mais ricos. Estes, de sua vez, são mais ricos à custa de uma apropriação dos frutos do trabalho alheio, das classes mais desfavorecidas. Em síntese, a boa e velha teoria da luta de classes. Os mais ricos são os empresários, os capitalistas, os donos dos meios de produção. São?
Este é um postulado puramente ideológico. Porque boa parte da renda não está concentrada nas mãos dos capitalistas, mas dos altos estamentos do funcionalismo: juízes, Ministério Público, delegados de polícia, oficiais de brigada, fisco, alta diplomacia, Poder Legislativo, Tribunal de Contas, altos cargos das estatais, professores de carreira de universidades públicas.
Quem, no Brasil ganha acima de R$ 13,5 mil reais por mês pertence ao grupo dos 1% mais ricos da população. E quem recebe mensalmente acima de R$ 6,8 mil, está entre os 5% mais ricos da população. Ou seja, quem recebe esses valores ou mais, e defende o aumento de tributos para os mais ricos, com o objetivo de distribuir melhor a renda, corre o risco de pagar uma parte da conta: a régua da correção pode alcançá-los.

titoguarniere@terra.com.br

Artigo, Gilberto Geraldo Garbi - Lula a caminho dos 99,9999995% de apoio

Artigo, Gilberto Geraldo Garbi - Lula a caminho dos 99,9999995% de apoio

Há poucos dias, a imprensa anunciou amplamente que, segundo as últimas pesquisas de opinião, Lula bateu de novo seus recordes anteriores de popularidade e chegou a 84% de avaliação positiva. É, realmente, algo "nunca antes visto nesse país" e eu fiquei me perguntando o que poderemos esperar das próximas consultas populares.

Lembro-me de que quando Lula chegou aos 70% achei que ele jamais bateria Hitler, a quem, em seu auge, a cultíssima Alemanha chegara a conceder 82% de aprovação.
Mas eu estava enganado: nosso operário-presidente já deixou para trás o psicopata de bigodinho e hoje só deve estar perdendo para Fidel Castro e para aquele tiranete caricato da Coreia do Norte, cujo nome jamais me interessei em guardar. Mas Lula tem uma vantagem sobre os dois ditadores: aqui as pesquisas refletem verdadeiramente o que o povo pensa, enquanto em Cuba e na Coreia do Norte as pesquisas de opinião lembram o que se dizia dos plebiscitos portugueses durante a ditadura lusitana: SIM, Salazar fica; NÃO, Salazar não sai; brancos e nulos sendo contados a favor do governo.

Portanto, a popularidade de Lula ainda "tem espaço" para crescer, para empregar essa expressão surrada e pedante, mas adorada pelos economistas. E faltam apenas cerca de 16% para que Lula possa, com suas habituais presunção e imodéstia, anunciar ao mundo que obteve a unanimidade dos brasileiros em torno de seu nome, superando até Jesus Cristo ou outras celebridades menores que jamais conseguiram livrar-se de alguma oposição...

Sim, faltam apenas 16% mas eu tenho uma péssima notícia a dar a seu hipertrofiado ego: pode tirar o cavalinho da chuva, cumpanhero, porque de 99,9999995% você não passa.

Como você não é muito chegado em Aritmética, explico melhor: o Brasil tem 200.000.000 de habitantes, um dos quais sou eu. Represento, portanto, 1 em 200.000.000, ou seja, 0,0000005% enquanto os demais brasileiros totalizam os restantes 99,9999995%. Esses, talvez, você possa conquistar, em todo ou em parte. Mas meus humildes 0,0000005% você jamais terá porque não há força neste ou em outros mundos, nem todo o dinheiro com que você tem comprado votos e apoios nos aterros sanitários da política brasileira, não há, repito, força capaz de mudar minha convicção de que você foi o pior dentre todos os presidentes que tive a infelicidade de ver comandando o Brasil em meus 65 anos de vida.

E minha convicção fundamenta-se em um fato simples: desde minha adolescência, quando comecei a me dar conta das desgraças brasileiras e a identificar suas causas, convenci-me de que na raiz de tudo está a mentalidade dominante no Brasil, essa mentalidade...
dos que valorizam a esperteza e o sucesso a qualquer custo;
dos que detestam o trabalho e o estudo;
dos que buscam o acesso ao patrimônio público para proveito pessoal;
dos que almejam os cabides de emprego e os cargos fantasmas;
dos que criam infindáveis dinastias nepotistas nos órgãos públicos;
dos que desprezam a justiça desde que a injustiça lhes seja vantajosa;
dos que só reclamam dos privilégios por não estar incluídos entre os privilegiados;
dos que enriquecem através dos negócios sujos com o Estado;
dos que vendem seus votos por uma camiseta, um sanduíche ou, como agora, uma bolsa família;
dos que são incapazes de discernir, comover-se e indignar-se diante de infâmias.


Pense a maioria o que quiser, diga a maioria o que disser, não mudarei minha convicção de que este País só deixará de ser o que é - uma terra onde as riquezas produzidas pelo suor da parte honesta e trabalhadora é saqueada pelos parasitas do Estado e pelos ladrões privados eternamente impunes - quando a mentalidade da população e de seus representantes for profundamente mudada.
Mudada pela educação, pela perseverança, pela punição aos maus, pela recompensa aos bons, pelo exemplo dos governantes.
E você Lula, teve uma oportunidade única de dar início à mudança dessa mentalidade.
Você teve a oportunidade de tornar-se nossa tão esperada âncora moral, esta sim, nunca antes vista nesse País.
Mas não, você preferiu o caminho mais fácil e batido das práticas populistas e coronelistas de sempre, da compra de tudo e de todos.
Infelizmente para o Brasil você estava certo: para que se esforçar, escorado apenas em princípios de decência, se muito mais rápido e eficiente é comprar o que for necessário, nessa terra onde quase tudo está à venda?

Eu não o considero inteligente, no nobre sentido da palavra, porque uma pessoa verdadeiramente inteligente, depois de chegar aonde você chegou, partindo de onde você partiu, não chafurdaria nesse lamaçal em que você e sua malta alegremente surfam. Mas reconheço em você uma esperteza excepcional: nunca antes nesse País um presidente explorou tão bem, em proveito próprio e de seu bando, as piores qualidades da massa brasileira e de seus representantes.
Esse é seu legado maior: o de haver escancarado a lúgubre realidade de que o Brasil continua o mesmo que Darwin encontrou quando passou por essas plagas em 1832 e anotou em seu diário: "Aqui todos são subornáveis".
Você destruiu as ilusões de quem achava que havíamos evoluído em nossa mentalidade e matou as esperanças dos que ainda acreditavam poder ver um Brasil decente antes de morrer.

Você não inventou a corrupção brasileira, mas fez dela um maquiavélico instrumento de poder.
Você é o sonho de consumo da banda podre desse País, o exemplo que os funcionários corruptos do Brasil sempre esperaram para poder dar, sem temores, plena vazão a seus instintos.

Você faz da mentira e da demagogia seu principal veículo de comunicação com a massa.
A propósito, o que é que você sente, todos os dias, ao olhar-se no espelho e lembrar-se do que diz nos palanques?
Você sente orgulho em subestimar a inteligência da maioria e ver que vale a pena?

Você mentiu quando disse haver recebido como herança maldita a política econômica de seu antecessor.
Você mentiu ao dizer que não sabia do Mensalão
Mentiu quando disse que seu filho enriqueceu através do trabalho
Mentiu sobre os milhões que a Ong 13, de sua filha, recebeu sem prestar contas
Mentiu ao afastar Dirceu, Palocci, Gushiken e outros cumpanheros pegos em flagrante
Mente quando, para cada platéia, fala coisas diferentes, escolhidas sob medida para agradá-las
Mentiu, mente e mentirá em qualquer situação que lhe convenha.

Você não moveu uma palha, em seis anos de presidência, para modificar as leis odiosas que protegem criminosos de todos os tipos neste País sedento de Justiça e encharcado pelas lágrimas dos familiares de tantas vítimas.
Jamais sua base no Congresso preocupou-se em fechar ao menos as mais gritantes brechas legais pelas quais os criminosos endinheirados conseguem sempre permanecer impunes, rindo-se de todos nós.
Ao contrário, o Supremo, onde você tem grande influência, por haver indicado um bom número de Ministros, acaba de julgar que mesmo os condenados em segunda instância podem permanecer em liberdade, até que todas as apelações, recursos e embargos sejam julgados, o que, no Brasil, leva décadas.
Isso significa, em poucas palavras, que os criminosos com dinheiro suficiente para pagar os famosos e caros criminalistas brasileiros podem dormir sossegados, porque jamais irão para a cadeia.
Estivesse o Supremo julgando algo que interessasse a seu grupo ou a suas inclinações ideológicas, certamente você teria se empenhado de corpo e alma.
Aliás, Lula, você nunca teve ideais, apenas ambições.
Você jamais foi inspirado por qualquer anseio de Justiça. Todas as suas ações, ao longo da vida, foram motivadas por rancores, invejas, sede pessoal de poder e irrefreável necessidade de ser adorado e ter seu ego adulado.

Você tem dividido a nação, jogando regiões contra regiões, classes contra classes e raças contra raças, para tirar proveito das desavenças que fomenta.
Aliás, se você estivesse realmente interessado, em dar aos pobres, negros e outros excluídos as mesmas oportunidades que têm os filhos dos ricos, teria se empenhado a fundo na melhoria da saúde e do ensino públicos.
Mas você, no íntimo, despreza o ensino, a educação e a cultura, porque conseguiu tudo o que queria, mesmo sendo inculto e vulgar. Além disso, melhorar a educação toma um tempo enorme e dá muito trabalho, não é mesmo?

A Imprensa faz-lhe pouca oposição porque você a calou, manipulando as verbas publicitárias, pressionando-a economicamente e perseguindo jornalistas.

Você pode desdenhar tudo aquilo que aqui foi dito, como desdenha a todos que não o bajulem.
Afinal, se você não é o maior estadista do planeta, se seu governo não é maravilhoso, como explicar tamanha popularidade?
É fácil: políticos, sindicatos, imprensa, ONGs, movimentos sociais, funcionários públicos, miseráveis, você comprou com dinheiro, bolsas, cotas, cargos e medidas demagógicas.
Muita gente que trabalha, mas desconhece o que se passa nas entranhas de seu governo, satisfez-se com o pouco mais de dinheiro que passou a ganhar, em consequência do modesto crescimento econômico que foi plantado anteriormente.


É esse, em síntese, o triste retrato do Brasil de hoje... E, como se diz na França, "l´argent n´est tout que dans les siècles où les hommes ne sont rien".