Nova Indústria Brasil

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, entrega ao presidente Lula o plano da Nova Indústria Brasil.

O projeto delimita a agenda industrial e as balizas de desenvolvimento até 2033.

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI) se reúne nesta segunda-feira (22), no Palácio do Planalto, em Brasília, para aprovar as medidas e entregar uma plano de ação para o período 2024-2026.

“A política foi produzida ao longo do segundo semestre de 2023 pelos membros do CNDI, que é composto por 20 ministérios, pelo BNDES e 21 entidades representativas da sociedade civil, do setor produtivo e dos trabalhadores”, informou o Palácio do Planalto.

O plano afeta setores como agroindústria, saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia e tecnologia de defesa.

Eis algumas das medidas propostas:

Agroindústrias: aumentar a participação do setor agroindustrial no PIB agropecuário para 50% e alcançar 70% de mecanização dos estabelecimentos de agricultura familiar.

Indústria da saúde: produzir, no país, 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos.

Infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade: reduzir o tempo de deslocamento de casa para o trabalho em 20%, aumentando em 25 pontos percentuais o adensamento produtivo na cadeia de transporte público sustentável

Transformação digital: transformar digitalmente 90% das empresas industriais brasileiras, assegurando que a participação da produção nacional triplique nos segmentos de novas tecnologias

Bioeconomia e transição energética: promover a indústria verde reduzindo em 30% a emissão de CO2 por valor adicionado do PIB da indústria, ampliando em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes, e aumentando o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em 1% ao ano

Tecnologia de defesa: obter autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas para a defesa.


Bravo Milei!

Em Davos, na Suíça, palavras como as de Javier Milei, presidente da Argentina, raramente ecoam nas paredes encardidas pelos discursos hipócritas dos que que falam no Fórum Social Mundial, em favor da agenda identitária, ambientalista e assistencialista. Milei deu uma aula que não se ouvia desde que Margaret Thatcher, primeira-ministra da Grã-Bretanha, saiu de cena. Para se fazer entender melhor pelos “socialistas de iPhone” habitués, Milei se valeu da linha de pensamento de liberais clássicos como Adam Smith, John Stuart Mill, Milton Friedman, Friedrich Hayek e Deirdre McClosky, que defendem o capitalismo alicerçados numa visão utilitarista da ideologia, que a impregna com elementos sutis de coletivismo estatista,  ao condicionarem a liberdade dos criadores de valor ao bem-estar da sociedade. É a satisfação dos outros que tornaria o capitalismo moral, dizem, e não a mera satisfação daquele que produz. Adam Smith dizia: ⁠”Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro ou do padeiro que esperamos nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelos próprios interesses.”. Adam Smith precisou criar uma falsa dicotomia: a virtude de prover um bem para os outros, versus o pecado de criá-lo para proveito próprio. Ora, a moralidade do capitalismo não reside no fato de que terceiros se beneficiam da criação de valor feita por outro, mas sim no fato de que o ser humano, por sua natureza e necessidade existencial, precisa ser ao mesmo tempo egoísta e racional. Daí a importância do respeito e proteção aos direitos individuais inalienáveis para que o ser humano crie os valores necessários para a realização de seus propósitos e a consequente conquista da sua felicidade, sem recorrer à violência. Deirdre McCloskey escreveu o livro: “Deixe-me em paz e eu te deixo rico”, título que sintetiza o argumento utilitarista na defesa do capitalismo. Eu prefiro o argumento moralista que diz: deixe-me em paz, porque a vida é minha. O capitalismo é o único sistema social compatível com o fato de que cada indivíduo é dono da sua vida e arquiteto único do seu destino. Capitalismo não é um sistema criado para servir os outros. Esse sistema, se chama socialismo. Ninguém  pode, moralmente, usufruir do valor criado por terceiros sem que, ele próprio, seja capaz de criar o valor que permitirá que se engaje no processo de cooperação e trocas livres e voluntárias para mútuo benefício, característica do livre-mercado que Milei defende com inigualável paixão quando grita: “Viva La Liberdade!”