Estes são os 10 processos que Lula enfrenta como corrupto na Justiça do Brasil


TRÍPLEX
Lula foi condenado pela acusação de ter recebido propina da construtora OAS por meio da reforma de um tríplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. A ação teve origem na Lava Jato, em Curitiba. A condenação foi confirmada em abril pela Quinta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que funciona como terceira grau do Judiciário. Os ministros reduziram a pena do petista para 8 anos, 10 meses e 20 dias
OPERAÇÃO JANUS
É acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e organização criminosa por, segundo a denúncia, ter agido para favorecer a Odebrecht em Angola. A ação tramita no Distrito Federal
INSTITUTO LULA
É réu sob acusação de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por, segundo a denúncia, ter recebido propina da Odebrecht por meio da compra de terreno para a sede do Instituto Lula, em São Paulo. A ação tramita em Curitiba
OPERAÇÃO ZELOTES
A acusação diz que Lula praticou lavagem de dinheiro, tráfico de influência e integrou organização criminosa por fazer parte de esquema para beneficiar empresas na compra de caças. A ação tramita no Distrito Federal
SÍTIO DE ATIBAIA
É réu acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por meio de reformas e benfeitorias bancadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht na propriedade rural que ele frequentava no interior de São Paulo. Foi condenado em primeira instancia e recorre
OPERAÇÃO ZELOTES 2
É réu sob acusação de corrupção passiva por favorecer empresas na edição da Medida Provisória 471, de 2009. A ação tramita no Distrito Federal
'QUADRILHÃO DO PT'
Lula e Dilma se tornaram réus por decisão do juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília. Eles são acusados de integrar organização criminosa
GUINÉ EQUATORIAL
Acusação trata de suposta lavagem de dinheiro devido a doação de R$ 1 milhão ao Instituto Lula em troca de interferência em negócios de empresa brasileira no país africano. É o único dos casos que tramita na Justiça Federal em São Paulo
Denúncias
Casos que ainda não viraram ações penais
LULA MINISTRO
Nomeação de Lula como ministro da Casa Civil de Dilma, em 2016, é abordada por suposto desvio de finalidade
PROPINA DA ODEBRECHT
Lula, Gleisi Hoffmann (PT-PR), os ex-ministros Antônio Palocci e Paulo Bernardo e o empresário Marcelo Odebrecht foram denunciados sob acusação de corrupção e lavagem de dinheiro por, segundo a Procuradoria-Geral da República, terem recebido propina da Odebrecht em forma de doação eleitoral

Viagem de Eduardo Leite


Governador Eduardo Leite estará em Nova York dias 13, 14, 15 e 16 de maio e em Londres, dias 17 e

Com foco na busca de investimentos para o Rio Grande do Sul, o governador Eduardo Leite viaja neste fim de semana para um roteiro de seis dias no exterior. Os compromissos serão em Nova York, nos Estados Unidos, dias 13, 14, 15 e 16, e em Londres, na Inglaterra, dias 17 e 18. A viagem tem como objetivo apresentar a investidores e operadores do mercado financeiro as oportunidades de negócios no Estado.
“Temos uma agenda muito clara de desenvolvimento para o Estado. Isso passa por buscar oportunidades junto a investidores privados. Vamos utilizar esse espaço para apresentar um Rio Grande do Sul que se abre cada vez mais para novos investimentos. É isso que o governo tem demonstrado com as reformas estruturais que estão em andamento e com um foco muito claro no desenvolvimento do Estado”, explica o governador Eduardo Leite.
Entre as reuniões agendadas em Nova York, estão encontros com o Council for the Americas, entidade empresarial que promove o livre comércio nas Américas, executivos do Financial Times, do banco de investimentos Merrill Lynch, do Goldman Sachs, entre outros.
O governador também se reunirá com investidores do Banco Itaú, além de participar do Brasil Investment Forum, promovido pelo Lide.
 Vice-governador Ranolfo Vieira Júnior será o governador em exercício durante a viagem de Leite ao exterior - Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini
Em Londres, Leite terá encontros com investidores e ministrará uma palestra no Brazil Forum UK, espaço de debates sobre o futuro do país. Além disso, será recebido por empresários dos setores de energia e rodoviário e representantes da marca Pirelli.
Como não se trata de uma missão oficial, não houve convite aos veículos de comunicação para integrar a comitiva. As informações sobre as agendas serão disponibilizadas diariamente nos canais de comunicação do Governo do RS e distribuídas aos jornais, sites, rádios e TVs. O assessor de imprensa Renan Arais acompanhará o governador.
No período em que Leite estiver no exterior, o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior será o governador em exercício. A transmissão do cargo ocorreu nesta sexta-feira (10/5).

Entrevista, DArcy F.C. dos Santos - Cortes do MEC não são de 30%, mas de 3%. Há mistificação no ar.

Entrevista
Darcy F.C. dos Santos, economista

Afinal de contas, o MEC cortou ou não cortou 30% das verbas destinadas às universidades federais ?
O aludido corte de 30% dos recursos da educação é sobre a parcela não obrigatória da despesa que na União como um todo é menos de 10%, o que seria, então, em torno de 3%. Não disponho dos dados da Universidades, mas não deve estar muito longe disso.

Esta grita toda sobre 30% decorre do quê ?
O fato de a mídia ser contra o governo e, em muitos casos, com razão, não lhe dá o direito de informar mal as pessoas, cuja maioria não entende de finanças públicas

Qual a razão do corte ?
 Para quem não sabe, o déficit primário de 2018 foi de R$ 112 bilhões ou 1,6% do PIB, indo para 6.20% quando se soma os juros, que são consequências dos déficits primários. Os déficits primários foram de R$ 160 bilhões em 2016 (2,6% do PIB). Da receita líquida do governo federal, 83% é gastos (pago) em seguridade social e se acrescermos ,4,2% da educação, 87% é despendido com previdência, saúde, assistência social  educação.  Com os 13% restantes têm que ser atendidos 26 ministérios e 14 órgãos federais, os de maiores gastos, ligados aos outros Poderes. Por isso, o déficit primário de R$ 112 bilhões, citado.

Mas cortar da Educação ?


Então, cortar onde? Na saúde, na assistência social ?  Por isso que se impõe a reforma na previdência e a reforma tributária, corrigindo essas distorções e esperando que elas façam a economia crescer, cujo PIB de 2018 é o mesmo de 2011, quando a população aumentou mais de 8% e o  número de aposentados em mais de 30%.

Artigo, Alon Feuerwerker - Bolsonaro maneja ideologia e pragmatismo, mas vai ficar com o pragmatismo


- O autor é da FSB Inteligência.

Em disputas políticas encaixar a narrativa desejada é mais ou menos como encaixar a pegada no quimono do oponente no judô: meio caminho andado para deixar o adversário de costas no chão. E na política um ippon vale tanto quanto no tatame.

Mas a política tem especificidades. A narrativa bem encaixada exige não ser percebida como narrativa, mas tradução única e fiel da realidade. Melhor ainda se a transição entre narrativas contraditórias acontece imperceptivelmente.

Por exemplo, a narrativa dominante do momento conta que o governo Bolsonaro se divide entre ideológicos e pragmáticos. Estes vêm encaixando melhor a pegada no quimono adversário do que aqueles, e estão em certa vantagem.

Mas quando foi mesmo que a luta contra a chamada velha política e o chamado fisiologismo perdeu de repente protagonismo em favor da ética da responsabilidade?

E depois ainda dizem que o presidente é ruim de jogo. Será? Veja você que ele deixou para ceder espaço político-orçamentário quando isso está sendo quase implorado pelo establishment, em nome da centralidade da sacrossanta reforma da previdência social.

Bolsonaro vai cometer o que a opinião pública chama fisiologismo, mas o custo político será quase zero. Ponto. Significa sem turbulências? De jeito nenhum. A turma do PSL, por exemplo, parece inconsolável por não ter como governar sozinha.

Ou ocupar sozinha os cargos apetitosos.

Acontece que o establishment já percebeu: não é suficiente mandar o mercado pressionar o Congresso, e junto intimidar as excelências com a ameaça de aplicar a força policial. Aliás, quanto mais cedo o ministro da Justiça notar isso melhor (para ele).

O governo é meio neófito, mas leva jeito de ter entendido que governos só têm duas opções: governar ou colapsar. E é sempre bom lembrar: não se conhece poder que preferiu o suicídio político para manter a coerência na narrativa original.

Na Argentina, os liberais antes celebrados como paradigma de coerência agora congelam preços e controlam câmbio. Vale a velha regra do Império, adaptada: nada mais parecido com um heterodoxo que um ortodoxo politicamente pressionado.

Qual é o problema do presidente? Ele precisa fazer o caminho de volta da nova para a velha política sem perder substância, e mora aí a utilidade do chamado olavismo. Este serve para reafirmar a autenticidade. Como foram a política externa e as políticas sociais para Lula.

Bolsonaro tem três opções: 1) rompe com o círculo militar e com a dita velha política e naufraga amarrado ao leme da nau olavista, 2) rompe com o olavismo e aceita virar um pato manco tutelado com menos de seis meses de governo ou 3) segue o jogo.

Fica claro agora que a recentíssima ofensiva olavista-bolsonarista contra os generais tratou de colocar uma barreira de contenção ao namoro da elite com um certo sonho bonapartista-institucional-militar-chique.

Onde está o problema? As duas análises de conjuntura anteriores (em www.alon.jor.br) chamaram a atenção para o efeito político das dificuldades econômicas. Um governo de base gelatinosa e conflagrada fica mais vulnerável quando falta pão.

As projeções econômicas têm sofrido, mas não principalmente por causa de incerteza nas reformas. É porque contrai a demanda agregada. E quanto mais certeza de que vai haver reformas, mais o consumidor temerá o arrocho, e mais se retrairá. Pelo menos no curto prazo.

As projeções econômicas aceleraram o mergulho exatamente quando a reforma da previdência ganhou mais musculatura e deu sinais de que vai passar. O que está fazendo a economia sofrer não são as incertezas, é a certeza do dinheiro pouco.

O risco para o governo é alguma hora consolidar a narrativa de que a economia vai mal por causa da zorra política. Por enquanto as estatísticas mostram que o eleitorado está lançando a culpa na conta do PT. Mas alguma hora o centrismo hibernante vai dizer que a bagunça bolsonarista é a culpada.

Será uma narrativa conveniente, pois a opção seria admitir que a política econômica talvez não seja tão boa assim. E isso nem pensar.

Mais ou menos o que está acontecendo na Argentina. A narrativa preferida no péssimo momento eleitoral da direita é “a economia não colapsou por causa das políticas do Macri, mas pelo medo da volta da Cristina”. Será?

Nas receitas como a de Paulo Guedes, as coisas costumam piorar antes de melhorar. Não sei quanto de fato Bolsonaro curte o olavismo, mas o presidente parece acreditar que precisa do radicalismo e do histrionismo dele para atravessar o tempo das vacas magra.