Covid-19 amplia risco de trombose?

Dois anos e meio após o início da pandemia de Covid-19no mundo, as sequelas ainda são investigadas. A trombose é uma delas. O coordenador da Cirurgia Vascular do Hospital Moinhos de Vento, Dr. Sharbel Mahfuz Boustany, reconhece que os pacientes com Covid realmente apresentam um risco elevado para a doença. Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) confirmam essa análise. Um levantamento realizado pela entidade demonstrou que 39% dos 470 médicos angiologistas e cirurgiões vasculares entrevistados tiveram ao menos um paciente com trombose venosa ou embolia que havia testado positivo para o novo coronavírus.

Mas o que é a trombose?

De acordo com o especialista, a trombose é a formação de um coágulo dentro de um vaso sanguíneo, que obstrui ou dificulta a circulação neste vaso. Fique atento, pois o assunto é sério. A Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH) estima que cerca de 200 mil habitantes são atingidos por trombose anualmente. Para lembrar a gravidade, foi instituído, em 2012, o Dia Nacional de Combate e Prevenção à Trombose, em 16 de setembro.

Quais são os sintomas?

Segundo o Dr. Sharbel Mahfuz Boustany, os sintomas variam de acordo com o vaso sanguíneo atingido. “Os locais mais acometidos costumam ser as veias das pernas. Nessa região, chamamos de trombose venosa profunda e os principais sintomas são edema, dor, vermelhidão e sensação de peso na perna”, observa. “Em algumas situações, esses trombos formados nas veias das pernas podem se soltar e migrar para os pulmões, obstruindo a circulação pulmonar. Esse quadro clínico é chamado de embolia pulmonar e é a mais temida das complicações. Causa falta de ar, queda da pressão, podendo levar a uma parada cardíaca e à morte subsequente”, adverte o médico.

O que pode desencadear a trombose?

Existem situações que aumentam o risco de trombose. O coordenador da Cirurgia Vascular lembra que algumas delas são o tabagismo, câncer, infecções, cirurgias, uso de hormônios, gestação, pacientes acamados e doenças genéticas do sangue, que predispõem à trombose (trombofilias). 

Qual especialista procurar?

Caso sinta algum desconforto, procure imediatamente atendimento médico, na Emergência. Posteriormente, dependendo do caso, você será encaminhado a outro especialista. “Se a trombose acometer uma artéria cerebral, causando um AVC, o encaminhamento será ao Neurologista. Se prejudicar as artérias coronárias, podendo causar infarto agudo do miocárdio, o profissional em questão é o Cardiologista. No caso de ocorrer um entupimento de artérias ou veias dos braços e das pernas, o Cirurgião Vascular deve ser consultado. Nas situações em que há trombofilia associada, o hematologista deverá fazer uma avaliação, independente do local atingido”, recomenda.

“No caso da trombose venosa profunda, que costuma ser a mais comum, o tratamento é feito com anticoagulantes para evitar que ela aumente ou migre para o pulmão. Em casos específicos, pode-se usar medicações potentes liberadas dentro das veias através de cateteres que dissolvem os coágulos de forma muito rápida”, ressalta Dr. Sharbel Mahfuz Boustany.

Quais são as principais sequelas?

As sequelas da trombose venosa profunda são o inchaço crônico da perna, dores, varizes e, em alguns casos avançados, feridas nas pernas (úlceras varicosas). Em geral, são de difícil resolução. Os tratamentos costumam ser paliativos e consistem em uso de meias elásticas e cirurgias para tratamento das varizes e das úlceras varicosas.

Portanto, fique atento. Sempre que observar algum sintoma, busque atendimento médico. O Hospital Moinhos de Vento tem especialistas habilitados para recomendar o tratamento mais adequado. Mais informações pelo telefone (51) 3314-3300 ou (51) 3314-3434 para agendamento de consultas e exames.


Fonte: Dr. Sharbel Mahfuz Boustany (CRM 22840), coordenador da Cirurgia Vascular do Hospital Moinhos de Vento.



 

Saiba como a Jovem Pan aderiu ao bolsonarismo

 O jornal Folha de S. Paulo de hoje publica longa reportagem para explicar por que razão e como aconteceu a mudança de inflexão editorial da Jovem Pan, que aderiu ao bolsonarismo, mantendo alto grau de profissionalismo e fazendo contraponto à mídia tradicional amestrada que combate selvagemente o governo, no caso jornais como Zero Hora, Estadão e a própria Folha.

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O ano de 2014 marca o começo da mudança na rádio paulistana. Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha, assumiu o comando do grupo no lugar do pai, e a empresa estreou o Pingos nos Is.


O programa era apresentado pelo jornalista Reinaldo Azevedo, colunista da Folha. O sucesso veio rapidamente, e, em outubro de 2014, a audiência chegou a 87 mil ouvintes por minuto na Grande SP, levando o programa ao topo. O ponto de inflexão no rádio, plataforma-mãe do grupo, foi em 2015, quando passou a galgar postos na pesquisa de audiência do segmento, feita pela Kantar Ibope.


Reinaldo deixou a bancada em 2017, após a Procuradora-Geral da República divulgar conversas dele com Andrea Neves, irmã do então senador Aécio Neves (PSDB). Antes de sua saída, a emissora já havia pulado do terceiro para o primeiro lugar no setor de notícias em São Paulo, posição que mantém até hoje.


Às 18h, horário nobre do rádio, na faixa ocupada pelo Pingos nos Is, a Jovem Pan ultrapassa os 100 mil ouvintes por minuto, 40% a mais do que a segunda colocada, a CBN, do Grupo Globo. São 2,8 milhões de pessoas na capital paulista por mês, também segundo a Kantar Ibope.