Superação da crise é o tema da Assembleia do RS

A pandemia de Coronavírus e seus impactos sobre a saúde, os indivíduos e a economia são a temática da nova campanha que a Agência Moove desenvolveu para a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A campanha ressalta o trabalho da Casa legislativa, durante a crise sanitária, mostrando inovação no atendimento de demandas da população, por meio da aprovação de projetos emergenciais do Poder Executivo para combate à Covid-19, através de sessões plenárias virtuais inéditas. O Legislativo ainda debate alternativas de retomada da economia com representantes de diversos setores produtivos, e repassou R$ 30 milhões do orçamento para ações na área de saúde do Estado.
A campanha pretende motivar as pessoas e mostrar que a ALRS está junto da população e fazendo a sua parte para superar o mais rápido possível a crise, lembrando outros momentos da história, em que a humanidade enfrentou tensões, guerras, catástrofes e pandemias, e conseguiu vencê-las.
Por tudo isso, o Rio Grande do Sul e o mundo têm razões para acreditar que, com o Coronavírus, não será diferente. Contudo, lembra a campanha, cada um precisa fazer a sua parte para evitar a disseminação do vírus.
“É importante lembrar que nós, como sociedade, superamos as adversidades ao longo da história. Lamentando as perdas pelo caminho, mas reunindo forças para a retomada do nosso destino. A peça é muito feliz ao traduzir com fidelidade o pensamento da gestão do deputado Ernani Polo na presidência da Assembleia Legislativa: acreditar que, com todos focando um mesmo objetivo, podemos ir muito além”, afirmou André Machado, superintendente de Comunicação da ALRS.
A campanha conta com veiculação em TV, anúncio em jornais e mídia digital.

Setor metalmecânico tem queda de faturamento superior a 50%

        Empresas do setor metalmecânico e eletroeletrônico gaúcho acusaram uma queda de faturamento e pedidos de 50% a 55% em média até o início de maio em decorrência da redução de atividades no atual contexto da epidemia do coronavírus.
          A conclusão é da consulta realizada pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico e Eletrônico do Rio Grande do Sul (SINMETAL) que congrega mais de 5 mil estabelecimentos industriais que geram 100 mil empregos diretos em 412 municípios do Estado.
          Segundo o diretor executivo da entidade, José Bernardo Scapini, os segmentos menos afetados até agora incluem os fornecedores de peças e insumos para o agronegócio e maquinário  agrícola e de peças para a indústria alimentícia. Já os mais prejudicados são os fornecedores para a cadeia automotiva.
           É consenso geral entre os empresários sobre a falta de previsão e perspectivas para a demanda do mercado a partir de junho e julho, incluindo o comércio exterior.
           Também é generalizada a queixa no tocante à obtenção de financiamentos e linhas de crédito, pois embora o governo esteja anunciando e disponibilizando recursos, estes não estão chegando na ponta ou a sua tomada não está sendo facilitada pelos bancos.
            As empresas consultadas informaram que adotaram todas as medidas de prevenção, proteção e segurança exigidas quanto aos EPIs (máscaras, luvas), álcool em gel, desinfecção e limpeza do ambiente de trabalho e instalação, distanciamento no processo, adição de mais turnos de trabalho e a ampliação do transporte para aumentar o distanciamento.

          Os grupos de risco foram afastados, estão em casa e vêm sendo monitorados. Igualmente, a grande maioria das empresas está utilizando o Home Office para os trabalhadores das áreas administrativa e de vendas.
           Também atendendo as determinações oficiais, as empresas suspenderam suas operações em 23 de março e retornaram em 6, 12 e 20 de abril, de acordo com as regras de reabertura por municípios ou região.
           Finalmente, as indústrias utilizaram o recurso de concessão/antecipação de férias, como também o Lay off, sobretudo a partir de maio. E boa parte também procedeu a redução de jornada/salário, a suspensão de contrato, estes com guarida na Convenção Coletiva Emergencial firmada entre o Sinmetal, CUT e Força Sindical, e por último as demissões criteriosas (algumas já previstas e agora foram antecipadas), principalmente em atividades ligadas ao setor automotivo e metalmecânico.

Artigo, Astor Wartchow - Nada será como antes

Advogado
Verdade que ninguém sabe quanto tempo vai durar a pandemia, nem quando teremos a indispensável vacina. Porém, este desconhecimento  não tem impedido, nem inibido,  desde já, a formulação de várias hipóteses do que poderá  suceder futuramente.
Ao longo desta profunda imersão residencial e espiritual, literalmente falando, todos se fazem perguntas e mais perguntas. Que mundo emergirá? Que ideias prevalecerão? Continuaremos iguais em nossos defeitos pessoais e sociais? Ou seremos melhores no trato das questões existenciais e comunitárias?
No caso brasileiro, em se tratando de administração pública,  e sem prejuízo de encaminhamento e solução das demais carências estruturais, ficou evidente a urgência e emergência de um vigoroso plano nacional de saneamento básico e qualificação do SUS. Ou alguém tem dúvidas que outros surtos pandêmicos surgirão?
A desocupação produtiva e carência financeira de milhões de brasileiros, fruto do desemprego corrente e da própria pandemia,  e sua corrida às agências bancárias e lotéricas em busca do socorro emergencial, revelou a dimensão da pobreza nacional.
Se bem sucedidas as respectivas inscrições, pessoais e documentais,  os controles e os pagamentos, resultará um precioso acervo de informações sociais e econômicas acerca do contigente humano e populacional mais fragilizado de nossa sociedade. 
Serão dados estatisticos que provocarão perguntas novas e urgentes respostas de todos entes federativos do estado brasileiro. Pensando de modo otimista, poderão motivar e determinar uma ruptura e ressignificação qualitativa das ações de governo, relativamente às suas limitações atuais.
Outra questão que emergirá, nacional e mundialmente, diz respeito ao futuro da globalização industrial e comercial. Com certeza, haverá uma desaceleração expressiva, notadamente voltada às relações com a China. Provavelmente, as demais nações e seus governos passarão a incentivar a produção local.
Afinal, sem entrar no mérito de possíveis teorias conspiratórias, a verdade é que o mundo(!) ficou chocado com o tamanho da dependência de insumos e equipamentos médicos fornecidos pela China.  Ficaram evidentes a fragilidade e insegurança do ocidente!
Se ainda não formulamos todas as perguntas possíveis, e pela mesma razão que não imaginamos todas as respostas cabíveis e soluções realizáveis, algo, porém, parece certo: nada será como antes!