Tempos ridículos

Vivemos tempos tanto tenebrosos como ridículos.

Hoje vemos o melancólico final da CPI da Covid que já mereceu inúmeros epítetos que vão desde CPI da cloroquina à CPI do circo.

Nos áureos tempos da Santa Inquisição, ainda não estava em voga o termo fake news, mas a Igreja Católica assim considerava qualquer ato, fala ou pensamento que ela não considerasse a verdade verdadeira. Milhares de pessoas acabaram seus dias em horríveis torturas, executados na fogueira ou em outros instrumentos de morte extremamente dolorosa, simplesmente porque tinham opinião ou crença diferente daquelas da dona da suprema verdade, a Igreja Católica.

Séculos se passaram, e hoje nos deparamos com a mesma sistemática. Alguns poderosos, não mais a Igreja, definiram o que é a verdade verdadeira e quem discordar é executado moralmente, até mesmo preso ou desprovido de seu próprio ganha pão.

Dizer hoje que o aquecimento global não é antropológico e sim um fenômeno natural que periodicamente se repete é considerado heresia. Pensar que biologicamente existem apenas dois sexos, masculino e feminino é negacionismo criminoso. Levantar a tese mais do que comprovada de que o pulmão do mundo são os oceanos e não a Amazônia é crime contra a humanidade. Pensar em questionar a origem do corona vírus é aberração e dizer que pelo menos a maior parte das pessoas morreram com ou devido à Covid-19 e não por obra e graça do presidente da república pode levar à prisão.

Muita gente da nossa grande mídia, do nosso parlamento e do nosso judiciário devem estar se remoendo de raiva porque em pleno século 21, verdadeiro século das trevas, acham que não ficaria bem aos olhos dos eleitores (enquanto estes ainda existirem), executar na fogueira um médico que tenha ousado aceitar o convite do presidente da república para contribuir com seu conhecimento para o combate da pandemia. O presidente convida pessoas para aconselhá-lo e estas pessoas passam a fazer parte de uma organização criminosa denominada governo paralelo. 

Se Bolsonaro tivesse feito exatamente o contrário do que fez ou disse, seria de igual forma condenado. Não importa o fato ou a razão, o que é preciso é destruí-lo.

Fico me perguntando o porquê de tanto ataque ao presidente se as pesquisas indicam que ele, se concorrer à reeleição, talvez não nem chegue ao segundo turno e se conseguir esta proeza, com certeza será massacrado por qualquer concorrente na disputa.

A CPI está indiciando o presidente por uma vasta gama de crimes (que não encontram amparo no nosso arcabouço legal e, muito menos, na Constituição Cidadã), o TSE quer cassar sua candidatura e seus direitos políticos por disseminar fake news sem que nenhum exemplo desta estranha criatura jurídica tenha sido demonstrada, as redes sociais procuram, por qualquer motivo, bani-lo do intercâmbio social para que não mais consiga transmitir suas ideias e seus valores para a população, o senado faz um esforço hercúleo para barrar qualquer iniciativa que possa trazer benefícios às pessoas, mesmo às mais carentes e a grande mídia ataca incansavelmente qualquer coisa que ele faça ou diga até mesmo quando o que ele diz provém de artigos publicados nesta mesma mídia.

Como diz o velho ditado, ninguém chuta cachorro morto. Se estão chutando tanto e com tanto ódio é apenas por um motivo: em urnas não viciadas, Bolsonaro é imbatível. Eles sabem que, dentro da normalidade que a cada dia se torna menos normal, ninguém consegue derrotá-lo.

Fico me perguntando, por que ninguém ataca o Eymael? Ele sairá como candidato de direita em 2022 e já se apresenta como a terceira via. Mas ele continuará apenas honrando sua profissão de eterno candidato. Nada mais. Ele não é perigo para ninguém. Ninguém vai chutar o bom e velho Eymael, como não chutariam a etérea alienígena meteórica Marina Silva que em breve, através de um portal metafísico, retornará à convivência dos terráqueos.

Mas, e o Bolsonaro? Aí o furo é muuuuuito mais embaixo.


Fabio Freitas Jacques. Engenheiro e consultor empresarial, Diretor da FJacques – Gestão através de Ideias Atratoras e autor do livro “Quando a empresa se torna azul – o poder das grandes ideias”.


Instituto de Liberdade Econômica

Depois de anunciar que não será mais candidato nas próximas eleições, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) prepara o terreno para um novo desafio, agora do lado de fora da vida pública. O parlamentar lançará, junto com líderes que estiverem envolvidos na aprovação da Lei que hoje vigora no País, o Instituto de Liberdade Econômica (ILE), que terá sede em Brasília. A iniciativa conta com o apoio de figuras que desempenharam papel relevante no debate nacional, como o ex-secretário de Desburocratização do Ministério da Economia, Paulo Uebel, e o Secretário de Advocacia da Concorrência e Competitividade, Geanluca Lorenzon. No grupo também estarão presentes o vice-prefeito de Porto Alegre, Ricardo Gomes, Júlia Tavares, Antônio Zanette, Daniel Randon, Ronald Krummenauer e Raul Sperotto. 


📖 O objetivo será envolver os setores produtivos, educacionais e tecnológicos para seguir avançando em projetos e ações que visem a melhoria do ambiente de negócios no Brasil. Um dos pilares de atuação do ILE será o assessoramento para que Estados e Municípios criem suas próprias leis estaduais e municipais de Liberdade Econômica. Outra frente de trabalho será o estímulo à inclusão da disciplina de educação financeira e empreendedorismo no currículo das escolas, proposta já levada ao ministro da Educação, Milton Ribeiro, e que vai na mesma linha do programa lançado pelo MEC, que buscará oferecer formação gratuita aos professores das redes públicas e privadas no Brasil. “O ILE contará com a parceria do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica e do Instituto Caldeira de Porto Alegre, que é uma instituição sem fins lucrativos que busca conectar empresas e startups para estimular a inovação. Dessa forma, queremos estimular a educação financeira e o empreendedorismo nos mais diversos segmentos da sociedade”, explicou Goergen. 


🖋️ Outra missão do ILE será o monitoramento de projetos e decisões tomadas no âmbito do Legislativo, Executivo e Judiciário. “Aquilo que vier para melhorar nossa posição no ranking de Doing Business terá o nosso apoio. O que significar retrocesso ou representar maior peso do Estado na vida do cidadão será prontamente combatido para que não recuemos um milímetro sequer em tudo aquilo que já conquistamos desde a sanção da Lei da Liberdade Econômica, em 2019”, ressaltou. O parlamentar entende que o ILE terá como maior desafio a preservação do legado da Liberdade Econômica como uma conquista de toda a sociedade brasileira. “Independente dos governos que assumirem daqui para frente, se de esquerda ou de direita, que essa luta para melhorar o ambiente de negócios não se apague”, acrescentou o parlamentar. 


🖇️ O deputado Jerônimo Goergen foi o relator da MP 881/2019 e o grande articulador político que permitiu a aprovação da proposta no Congresso, transformada na Lei 13.874, que instituiu a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, estabelecendo normas de proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de atividade econômica e disposições sobre a atuação do Estado como agente normativo e regulador. Apesar dos avanços conquistados nos últimos anos, o Brasil ocupa a 124ª colocação no Ranking de Doing Business do Banco Mundial, num total de 190 países analisados pela instituição.