BIG-BANG do golpe político

Marcus Vinicius Gravina

Cidadão – Tit. Eleitorarl 328036104/34


Assim como a origem do Universo é atribuída ao BIG-BANG, a teoria dos golpes políticos mais recentes em nosso país teve início com o seu Big-Bang que espalhou a suspeita de fraude na eleição presidencial de 2022. 

Esta suspeita foi impedida de ser esclarecida. Técnicos do Exército foram  dispensados pelo novo governo da auditoria que haviam iniciado por pressão popular.  Os eleitores exigiam em manifestações nas ruas e em frente a quartéis, a prova da lisura na apuração dos votos mediante comprovante impresso das urnas eletrônicas.  Foram ameaçados de prisão e de sequestro dos seus bens que culminou em vergonhoso ato de perfídia do Exército utilizando-se de ônibus como enganosa prisão.

Parecido ao acontecido na Venezuela, com uma diferença. De lá o Lula não reconheceu a vitória do Maduro, por falta da apresentação das atas de aberturas de urnas. Aqui, impediram a fiscalização das urnas eletrônicas.  

A única causa da discórdia nacional, que se transformou num teatro de maldades foi a suspeita de fraude eleitoral. No caso, falo de perseguição, para ser mais objetivo. 

É preciso lembrar o antecedente mãe dos golpes e contragolpes que se sucederam a este fato, apontado como fraude eleitoral. Desde lá não tivemos mais paz.  

Percebia-se que algo estranho iria acontecer. Um ministro do STF, hoje transformado em relator do inquérito da Polícia Federal, guerreou com presidente Bolsonaro para se adonar do poder de nomeação do Diretor Geral da Policia Federal, competência privativa do presidente da República.  

Daí em diante passou a agir como “Capitâo do Mato”, da forma como foi revelada pela  imprensa e condenada nas duas tribunas do Congresso.  Sem respeitar o Devido Processo Legal e amparado em sua própria milícia.

Conseguiu ampliar seu poder ao atrair as Forças Armadas, que pela intimidade criada com alguns militares,  também teria influenciado na escolha dos seus comandantes.  Conseguiu transformar o atual presidente da República em um “boneco de ventríloquo”. 

Assim como o ministro A.Moraes,  que deverá ser considerado impedido de atuar desde o inquérito da PF – ninguém pode ser juiz em causa própria, tão pouco estar acima da lei. 

Para isso,  deverá ter a sua imparcialidade questionada por constar como vítima do atentado de morte descrito no inquérito. 

Terá que se fazer isto em 15 dias, se vierem a ser réus sob pena de convalidarem os atos do relator do processo e de outros ministros suspeitos de parcialidade.  Alguns ministros do STF, também se enquadram no dispositivo da suspeição ou do impedimento, ambos do Código de Processo Civil.  

O ministro Zanin foi advogado e é amigo íntimo do presidente Lula, que figura no inquérito como vítima. O ministro Flávio Dino, ministro da justiça no 8 de janeiro, assistiu impassível, segundo a mídia, da janela do seu gabinete os atos de invasão e vandalismo dos prédios dos Três Poderes, podendo e devendo ter agido e não o fez. Depois, dificultou a investigação ao deixar de entregar os filmes que identificariam os manifestantes. Disse em discurso na presença do Lula que a PF seria a sua protetora, estaria a seu serviço. Tanto foi, que indiciou os seus inimigos, o Bolsonaro e assessores. 

O ministro Luis R. Barroso, em palestras, aqui e pelo mundo, demonstrou sua incompatibilidade, gratuita, com o ex-presidente Bolsonaro tendo declarado em discurso público: “derrotamos o bolsonarismo”, e mais a jocosa expressão, em público, referindo-se à eleição, a um cidadão que replicou as suspeitas de fraude: “perdeu mané, não amola”. Evidente partidarismo em que, certamente, poderá se confirmar em decisão no STF, que irá “derrotar” o próprio Bolsonaro em favor das vítimas de trama de morte,  ou seja, o presidente Lula e o seu dileto parceiro do STF, ministro A. de Moraes. 

Esta questão é matéria de ordem pública.

No caso de haver resistência dos ministros enquadrados como suspeitos ou impedidos de participarem do julgamento do Bolsonaro e de outros indiciados/réus, é dever do Senado julgar os ministros recalcitrantes pelo descumprimento do Código de Processo Civil, dentro da competência privativa conferida ao Senado para julgar ministros do Supremo Tribunal Federal (art.52, II CF   c/c arts.do NCPC).

Senhores Senadores, apaguem o estopim desta bomba, ou responsabilizem-se, pelo caos. 

Outra interpretação que se tente aceitar o papel de juiz e vítima, simultaneamente, do relator A.Moraes deve considerar que o nosso Estado Democrático de Direito consagra em sua Constituição Federal a decretação de Estado de Sítio e fornece os meios para o emprego das Forças Armadas em ações próprias de Garantia da Lei e da Ordem. Isto repele a hipótese de ter havido golpe contra a democracia. 

A convulsão popular causada pela negativa em apurar fortes indícios de fraude na eleição de 2022, foi motivo para o ex-presidente Bolsonaro submeter em reunião no Palácio do Planalto às Forças Armadas o emprego do art.142 da CF, que negaram e nada mais aconteceu. 

Não houve crime nisso, mas dever do presidente em cogitar tal medida de segurança pública. O mais, é narrativa persecutória para por na prisão o inimigo máximo do plenipotenciário ministro relator do STF. 

Deflagrar o preceito constitucional de Garantia da Lei e da Ordem – GLO é prerrogativa de presidente da República em defesa da segurança pública do Estado. Reuniões para estudo de sua aplicação não podem ser tratadas por golpe antidemocrático.  

Caxias do Sul, 30.11.2024

Capa Dura

 As redes sociais, inclusive materiais do Google, desta manhã, viralizam informações passadas pela Polícia Civil do RS,tentando incriminar diretamente o prefeito Sebastião Melo no escândalo milionário desvendado pela RBS e ocorrido na secretaria municipal da Educação.

A Polícia e a RBS já tinham levantado sigilos para incriminar o filho do prefeito, Pablo Melo.

Desta vez, a polícia civil estadual vazou mensagens de WhatsApp trocadas entre o prefeito Melo e a então secretária, Sônia Rosa, que chegou a ser presa e teria acertado delação premiada.Numa delas, Melo ordenou

- É minha a palavra final sobre os gastos da Smed. Este grupo aqui é um grupo bastante restrito, mas é o grupo da educação que tem que fazer as coisas acontecerem. Eu quero todas as divergências do mundo neste grupo. O que nós acertarmos aqui ‘tá’ acertado, e a palavra final sempre será minha. Eu sou o gestor da cidade e fui escolhido pelo povo. Vocês todos opinam, eu sou o prefeito mais democrata do mundo, mas, quando decido, está decidido.

Sebastião Melo não está entre os alvos da Capa Dura, mas o TCE investiga-o no mesmo caso.

Segundo a Polícia Civil, “as práticas ilícitas resultaram em compras no valor total de R$ 58 milhões

Nota dos prefeitos

 O patético Pacote de Corte de Gastos do governo federal nomeado lulopetista, que este editor vem chamando desde o início de esquizofrênico Pacote de Corte de Gastos e de Aumento de Despesas, dificilmente chegará inteiro ao Congresso, mas caso desembarque lá na sua integralidade, será fatiado como carne ruim.

A reação não é apenas de quem sabe fazer contas, portanto do mercado financeiro, mas também de agentes públicos responsáveis, como os prefeitos. 

O Pacote de Corte de Gastos e de Aumento de Despesas é o perfeito samba do crioulo doido.

O governo federal nomeado lulopetista quis fazer média com sua vanguarda do atraso, toda ela de esquerda bolorenta, e enfiou no pacote o benefício da  ampliação da taxa de isenção do Imposto de Renda para pessoas que ganham até R$ 5 mil.

É evidente que o benefício reduzirá a arrecadação e com isto desequilibrará ainda mais as contas públicas. Na prática é um aumento das despesas.

Nesta sexta-feira, por exemplo, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou nota com críticas à proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, isto porque o impacto nas contas dos municípios do país será superior a R$ 20 bilhões. O impacto para as prefeituras ocorre em função da arrecadação direta do imposto nos salários dos servidores e da fatia do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A nota da FPM bate duro no fígado do governo lulopetista gastador:

- É novamente propaganda com chapéu alheio, tendo em vista que boa parte dos impactos dessa proposta será sentida pelos entes locais.

Dívida pública

A Dívida Pública Federal (DPF) subiu em outubro e voltou a ficar acima de R$ 7 trilhões, pela primeira vez desde agosto. Segundo números divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 6,948 trilhões em setembro para R$ 7,073 trilhões no mês passado, alta de 1,8%.

A Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 5,82%, passando de R$ 307,34 bilhões em setembro para R$ 325,22 bilhões no mês passado. A alta foi puxada pela valorização do dólar, que subiu 6,05% no mês passado. O dólar começou a disparar em junho, influenciado pelo atraso no início da queda dos juros nos Estados Unidos e pelas eleições no país.

Composição

Por causa da demanda por títulos vinculados à Selic, a proporção dos papéis corrigidos pelos juros básicos subiu de 45,33% em setembro para 45,91% em outubro. A revisão do PAF prevê que o indicador feche 2024 entre 44% e 47%, contra estimativa anterior de 40% a 44%. Esse tipo de papel atrai o interesse dos compradores por causa do nível alto da Taxa Selic. O percentual pode subir ainda mais nos próximos meses por causa da perspectiva de alta nos juros básicos da economia.

No início do ano, o Tesouro tinha voltado a lançar mais papéis prefixados. No entanto, a volta das instabilidades no mercado comprometeu as emissões, porque esses títulos têm demanda menor em momento de instabilidade econômica e de alta nos juros.