Artigo, Fábio Jacques - Eles só querem ajudar


Toda e qualquer decisão do governo Bolsonaro é imediatamente rebatida e contestada pela esquerda oposicionista. Falar assim é usar lançar mão de um pleonasmo porque toda a esquerda é oposicionista. Não existe hoje no Brasil qualquer esquerda situacionista.
Seja em relação aos pardais das rodovias, ao aumento dos pontos de 20 para 40 para a perda da habilitação para dirigir, a substituição da multa por advertência relativamente ao uso da cadeirinha infantil nos automóveis, a inúmeros pontos da reforma da previdência, à negativa de “articular” com os congressistas, a escolha do primeiro escalão sem o toma lá dá cá, a querer desestatizar o país, a permitir o direito constitucional à legítima defesa, a promover a liberdade do cidadão em decidir se quer ou não contribuir para algum sindicato, até chegarmos ao décimo terceiro “salário” para o bolsa-família ou à nomeação do Eduardo para embaixador brasileiro nos Estados Unidos, em tudo a esquerda vislumbrapossibilidades de virem a ocorrer problemas e se preocupa que o Bolsonaro não erre alertando-o imediata e ruidosamente.
Cheguei a esta brilhante conclusão porque não consigo imaginar que a oposição, vendo a montanha de decisões erradas do Bolsonaro não ficasse quieta esperando pelo retumbante fracasso de seu governo e oescancaramento das portas para o retorno consagrador das esquerdas ao poder.
Só fico um pouco em dúvida quando lembro do Paulinho da Força dizendo que era preciso aprovar uma reforma da previdência que não permitisse a reeleição do Bolsonaro, ou a afirmação do deputado Gervásio Maia, do PSB da Paraíba, no plenário da Câmara: “Nós vamos trabalhar, até os últimos instantes, para desidratar esta reforma”. O Brasil que se exploda.
Ou a esquerda está procurando ajudar Bolsonaro avisando sobre as consequências de possíveis decisões erradas, ou tem certeza de que as decisões do Bolsonaro estão corretas.
Será que eles estão vendo que as decisões do Bolsonaro podem alavancar a economia, fazer o país voltar (finalmente) a crescer, enriquecer um pouco mais a população proporcionando grande quantidade de novos investimentos com os consequentes empregos e, para sua desgraça, reelege-lo para mais um mandato garantido um sucessor por mais uns quantos anos?
E quantoao restante da oposição não declaradamente de esquerda?
O raciocínio é exatamente o mesmo, com um agravante de que querem atribuir a si as inciativas que não propuseram antes do governo Bolsonaro. Exemplo mais deprimente, no meu ponto de vista, é a insistência do Rodrigo Maia, deplorável figura, em atribuir a si mesmo o mérito pela aprovação da PEC da Previdência.
Enquanto continua atacando Bolsonaro, recebe como resposta o aplauso deste pelo seu empenho e liderança no Congresso. Nem teve a honradez de lembrar Bolsonaro e Guedes em seu discurso pós aprovação da PEC em primeiro turno, enquanto ambos o parabenizaram pelo feito. Isto me faz imaginar um rato de peruca gritando: “olhem pra mim, eu sou o leão”.
Bolsonaro está certo em quase tudo e até mesmo a nomeação do Eduardo para a embaixada nos Estados Unidos deve ter uma razão muito forte senão não estaria sendo tão criticado. Afinal, sua derrota é a vitória dos seus oposicionistas e detratores.
O autor é diretor da FJacques - Gestão através de Ideias Atratoras, empresa coirmã da Selcon Consultores Associados – MS Francisco Lumertz (Professor Chicão), Porto Alegre, e autor do livro “Quando a empresa se torna Azul – O poder das grandes Ideias”.

Artigo, Tabata Amaral, Folha - A ousadia de ir além das amarras ideológicas

Muitos partidos já não representam de fato a sociedade, mas somente alguns de seus nichos

Faço aqui, no espaço quinzenal que tenho nesta Folha, uma provocação que julgo saudável para a política e para os partidos, com o único intuito de contribuir para um debate que temos postergado, mas que a sociedade há muito demanda. É uma reflexão necessária diante do impacto provocado pelos oito deputados do PDT, dentre os quais me incluo, que votaram “sim” à reforma da Previdência, e os 11 do PSB, contrariando a orientação partidária. Não estamos falando de dois ou três parlamentares, mas de praticamente um terço das bancadas de duas relevantes siglas que ocupam posição mais ao centro no espectro da esquerda. A expressividade dessa dissidência acendeu ao menos a luz amarela nas estruturas?

Sabemos que a extrema esquerda não admite flexibilidade alguma de posicionamento, pois está enclausurada em suas amarras. No entanto, uma parcela da centro-esquerda quer dialogar com o contexto e a sociedade e caminha para se modernizar. Nisso nos fiamos, nós que temos convicções sociais fortes, olhamos para o futuro do Brasil e enfrentamos o desafio urgente de termos crescimento sustentável, condição para a consolidação da justiça social.

Muitos partidos já não representam de fato a sociedade, mas somente alguns de seus nichos. Embora tenham em seus quadros um número cada vez maior de deputados com visão modernizante, as siglas ainda ostentam estruturas antigas de comando, e na maioria faz falta mais democracia interna. Muitas vezes, consensos sobre pautas complexas não são construídos de baixo para cima, e cartilhas antigas se sobrepõem aos estudos e evidências. Quando algum membro decide tomar uma decisão que considere responsável e fiel ao que acredita ser importante para o país, há perseguição política. Ofensas, ataques à honra e outras tentativas de ferir a imagem tomam lugar do diálogo. Exatamente o que vivo agora.

A boa política não pode ser dogmática. Discordâncias são normais no cotidiano e o ajuste e as acomodações das diferentes visões vão se dando em questões menores, com as bancadas muitas vezes sendo liberadas para as votações. O que foge completamente a esse processo e demonstra o grau do conflito instalado é quando a “rebeldia”, como está sendo interpretado o voto de opinião, atinge um terço de bancadas expressivas. Encaro esse debate como de fato a única tentativa da centro-esquerda de se renovar, mas os partidos estão virando as costas para essa realidade. É mais fácil lidar no plano da insubordinação. A construção de novas mentalidades não é processo fácil e exige coragem.

No fundo, são dois os temas que se sobrepõem nesse momento. A lógica de funcionamento dos partidos políticos no presidencialismo e o processo de renovação da política brasileira. A combinação de presidencialismo e federalismo, como ocorre no país, favorece as chamadas “indisciplinas partidárias”. Busca-se reforçar o poder da liderança partidária punindo dissidentes pela máxima de que os partidos não podem passar sinais de fraqueza. Será preciso uma reforma muito profunda do nosso sistema político para produzir os incentivos necessários para “disciplinar” as siglas. Enquanto existir o presidencialismo, o multipartidarismo e a federação, as lideranças partidárias precisarão ouvir e negociar com suas bases, dissidentes ou não.

A ampla renovação política que está em curso e da qual faço parte agrava o quadro de conflitos internos dos partidos. É racional que as lideranças recorram a argumentos de ocasião para justificá-los. Mais racional contudo é pensarmos no Brasil.

Tabata Amaral
Cientista política, astrofísica e deputada federal pelo PDT-SP. Formada em Harvard, criou o Mapa educação e é cofundadora do Movimento Acredito.

Artigo, Carlos Albverto Di Franco, Estadão - Pautas com pegada


Ninguém pagará por aquilo que pode encontrar de forma similar e gratuita na rede

É preciso sentir o cheiro da notícia. Persegui-la. Buscar novas fontes e encaixar as peças de um enorme quebra-cabeças para apresentá-lo o mais completo possível. Dentre as competências necessárias para exercer um bom jornalismo, algumas parecem ser inatas e por mais que se tente aprender, inútil será o esforço. É assim o tal “faro jornalístico”. Uma capacidade quase inexplicável que alguns profissionais possuem de descobrir histórias inéditas, de furar a concorrência e manter pulsando a certeza de que é possível produzir conteúdo de qualidade que sirva ao interesse público.

Nunca se pôs em xeque o papel essencial do instinto jornalístico. Nem eu pretendo fazê-lo agora. Como já venho reiterando há tempos neste espaço, apenas essa vibração será capaz de devolver a alma que, por vezes, percebo faltar ao trabalho das redações. O que quero é acrescentar um aspecto que julgo importante nesta discussão: na era digital, a intuição pode e deve ser apoiada pelos números. A informação precisa ser bem fundamentada.

Realidades que pareciam alheias aos negócios da mídia estão cada vez mais próximas dos veículos. É o caso do Big Data. A cada dia os acessos digitais aos portais de notícias produzem quantidades incríveis de dados sobre o comportamento de nossas audiências, mas ainda não fomos capazes de enxergar o potencial que há por trás dessa montanha de informação desestruturada. Nas redações brasileiras multiplicam-se as telas coloridas que trazem, minuto a minuto, indicadores e gráficos mirabolantes. Ao final de um dia de trabalho, qualquer editor está habilitado a responder quais foram as reportagens mais lidas. Mas e depois disso? Continuamos incapazes de interpretar adequadamente todas essas cifras e utilizá-las a nosso favor.

É preciso investir forte em tecnologia, não há outro caminho. Os jornais The New York Times e The Washington Post, para citar algumas referências da mídia impressa, já entenderam que, neste novo contexto digital, produção de conteúdo e tecnologia vão de mãos dadas. Tanto que em tempos de crise no setor o renomado diário de Jeff Bezos parece fazer questão de andar na contramão da concorrência. Ao invés de enxugar os seus quadros, o que faz é expandir suas equipes. Mas Bezos não contrata apenas jornalistas. Busca também profissionais que, controlando ferramentas de dados, apoiem a redação, o departamento comercial e o marketing. São engenheiros, estatísticos e desenvolvedores que interpretam os números gerados pelas audiências digitais, identificam tendências e propõem estratégias relacionadas ao negócio.

Também não levará muito tempo para que a tão comentada inteligência artificial seja incorporada à rotina das redações. Na Associated Press e em outras agências de notícias já são os robôs que geram parte das notícias sobre os balanços corporativos e o fechamento das bolsas de valores. Um prato cheio para empresas jornalísticas especializadas na cobertura do setor financeiro. Mas com isso não quero dar a entender que, num futuro não muito distante, as redações poderão prescindir de seus repórteres. Apenas acredito que profissionais altamente capacitados deixarão de se dedicar a informações que podem ser geradas automaticamente para contribuírem com reportagens analíticas e contextualizadas. Quem ganha é o consumidor.

Certo é que os veículos não podem assistir inertes ao avanço dessas novas tendências. Não podemos repetir a atitude que tivemos nos primórdios da internet, quando raras figuras nas redações apostavam que o ambiente multimídia tomaria a dianteira nos negócios. Também não podemos reproduzir a postura de meados da década passada, quando, fechados em nossos paradigmas, observávamos, atônitos, como o Google e o Facebook abocanhavam parcelas cada vez mais significativas da verba publicitária.

Na última semana tive a oportunidade de conversar com um grupo de competentes jornalistas e gestores de veículos de comunicação, todos eles responsáveis pelo processo de transição digital em suas empresas. Vindos de diferentes Estados brasileiros e de alguns países da América Latina, eles se reuniram em São Paulo para o segundo módulo do programa Estratégias Digitais para Empresas de Mídia, que dirijo na ISE Business School.

Todos eles estavam desejosos de encontrar novos caminhos de monetização. Em sala de aula crescia a certeza de que as verbas publicitárias não retornarão aos níveis de antigamente e, portanto, os ingressos deverão ser alavancados prioritariamente por meio do conteúdo digital. Como tarefa de casa levaram um desafio nada fácil: olhar para a cobertura de seus veículos e questionar-se se há valor diferencial naquilo que estão entregando aos seus consumidores. Sabem que se a resposta for negativa poucas serão as possibilidades de monetizar esse conteúdo. Afinal, ninguém pagará pelo que pode encontrar de forma similar e gratuita na rede.

Receberam também a missão de colocar a audiência no centro do processo. Já não basta que definamos nós o que precisam os consumidores de informação. É preciso ouvir o que eles têm a dizer. Felizmente, o ambiente digital rompeu a comunicação unidirecional que, por muitas décadas, imperou nas redações. O fenômeno das redes sociais estourou a bolha em que se confinavam alguns jornalistas que produziam notícias para muitos, menos para o seu leitor real. Além disso, perdemos o domínio da narrativa. Chegou a hora das pautas com pegada.

Sou otimista quanto ao futuro das empresas de comunicação, mas não deixo de considerar que o renascer do nosso setor será resultado de um doloroso processo. Passará pela construção de uma identidade editorial sólida, com apoio da tecnologia que permita escutar a voz dos consumidores. Mas, antes de tudo, exigirá uma boa dose de audácia para dinamitar antigos processos e modelos mentais que, até este momento, vêm freando as tentativas de inovação.


Justiça interdita licitações para 17 empresas do RS


A pedido da PGE e do MP, decisão inédita interdita atividades de empresas que fraudaram licitações
Em ação civil pública ajuizada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE), em parceria com a Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Combate aos Crimes Licitatórios, a 5ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre decretou a interdição parcial das atividades de 17 empresas para impedir que elas efetivem novas contratações junto ao poder público, nas esferas municipal, estadual e federal.
A decisão, em caráter liminar, determina também que sejam mantidos os contratos em andamento, para a continuidade do serviço público. Foi decretada ainda a indisponibilidade dos bens para garantir a proteção dos valores obtidos dos cofres públicos ilegalmente, estimados em R$ 6,6 milhões (a serem corrigidos ao final do trâmite do processo).
Esta é a primeira ação ajuizada pela PGE com base na Lei de Anticorrupção, que tem por objetivo a licitude das atividades empresariais, especialmente no que tange a contratações com entes públicos, e traz ferramentas de combate à corrupção.

GRAVIDADE DOS FATOS
Foram imputadas duas modalidades de ilícitos às empresas: a frustração e fraude, mediante ajuste, do caráter competitivo de procedimentos licitatórios públicos (artigo 5º, inciso IV, alínea “a”, da Lei nº 12.846/2013), evidenciada em 12 oportunidades, e a promessa e repasse de vantagens indevidas a agentes públicos (artigo 5º, inciso I, da Lei nº 12.846/2013), evidenciada em cinco oportunidades.
Em razão da gravidade dos fatos imputados (utilização da personalidade jurídica de forma habitual para facilitar ou praticar atos ilícitos, bem como a constituição de empresas para ocultar ou dissimular interesses ilícitos ou a identidade dos beneficiários), a PGE e o MP requereram a dissolução da maior parte das empresas demandadas.
O objetivo da ação, além do combate à corrupção no âmbito empresarial, é a reparação integral dos danos causados aos cofres públicos, bem como a restituição dos valores recebidos indevidamente pelas pessoas jurídicas indicadas.

DECISÃO
Em sua decisão, a juíza Cristina Lohmann afirmou que as medidas limitares solicitadas pela PGE e pelo MP encontram amparo na possibilidade de o juízo determinar a execução de atos necessários à garantia da efetividade do processo e, também, de buscar o ressarcimento ao erário por eventual prejuízo sofrido. Nesse sentido, pontuou que os fatos são “de natureza gravíssima em face dos demandados, os quais vieram devidamente comprovados nas mais de nove mil páginas do feito. Os diálogos interceptados e transcritos na peça inicial mostram o conluio entre os réus, no intuito de combinar previamente quem seria responsável por ganhar cada licitação, com a posterior emissão de lances com o único intuito de fraudar o certame. A inicial é farta em documentação e comprovação, relativamente a todas as empresas demandadas, implicando-as em fraudes licitatórias”.
A decisão destaca parte da ação que narra que empresas com os mesmos responsáveis participaram de disputa pública apresentando propostas diferentes, e que há provas de fraudes licitatórias em várias ocasiões. “A medida drástica justifica-se, para além da gravidade dos fatos narrados, em razão do fato de que as empresas rés continuam a sagrarem-se vencedoras de certames licitatórios, causando, ao que tudo indica, ainda mais prejuízo ao erário”, salienta a juíza.
Exemplos são a concorrência vencida por uma das empresas, no valor de R$ 29 milhões, em 2017, para a prestação de serviços de vigilância ao município de Porto Alegre, e a licitação para serviços de limpeza na Expointer do ano passado. 

Atuou no processo a Procuradoria Disciplinar e de Probidade Administrativa (PDPA) da PGE.

Artigo, Danel Magnoni * - Uma em cada três pessoas do mundo tem dieta inadequada


Na infância, as vitaminas e os minerais são importantes para o crescimento e o desenvolvimento saudáveis. Quando consumidos em quantidades insuficientes por longo período de tempo, podem gerar uma série de alterações físicas, porém, a curto prazo, essas deficiências podem se disfarçar apenas em falta de apetite, suscetibilidade a infecções ou, até mesmo, sem sintoma algum. A essa deficiência disfarçada ou sem sintomas chamamos de fome oculta. 

A deficiência de micronutrientes não está relacionada apenas à criança muito magra, mas também às crianças com peso normal ou obesas. Essa tendência tem aumentado devido ao consumo de alimentos calóricos, cheios de energia, porém pobres em nutrientes.  
A fome oculta afeta mais de 2 bilhões de pessoas, o que equivale a uma a cada três pessoas no mundo, e ainda está associada a uma dieta inadequada, pouco diversificada e deficiente em micronutrientes (vitaminas e minerais). A fim de prevenir a fome oculta é importante conhecer esses micronutrientes, como, por exemplo, as vitaminas.  

As vitaminas têm diversas funções, das quais podemos destacar: facilitam as reações metabólicas (vitaminas do complexo B e vitamina K); protegem as células, agindo como antioxidantes (vitaminas C e E); promovem a formação das proteínas (vitaminas A e D); e apresentam ação hormonal (vitamina D). 
Os alimentos constituem a principal forma de obtenção de vitaminas, já que não produzimos ou, quando produzimos, sua quantidade é insuficiente. A única exceção é a vitamina D cuja síntese ocorre, principalmente, em dependência da exposição solar adequada. Portanto, para garantir o crescimento e o desenvolvimento adequados de nossas crianças, é importante que fiquemos atentos ao que elas comem. 

As vitaminas podem ser encontradas nos alimentos de origem animal, como carne e vísceras, ovo, leite e derivados (vitaminas A, D, E e do complexo B). De origem vegetal, os óleos extraídos de palmeiras (buriti e dendê) são fontes de vitamina A e D; o azeite de oliva, óleos de milho, de soja, de girassol e de algodão, são fontes de vitamina E.  

As vitaminas A, C e do complexo B também estão presentes nas frutas e nas hortaliças: as de cor amarelo-alaranjado, como cenoura, abóbora, manga e mamão são ricas em vitamina A; as folhas verde escura, como mostarda, couve, agrião e almeirão, em vitamina A, C e K; os vegetais verdes, como brócolis, alface e abacate, em vitamina E; e outras frutas como acerola, açaí, caju, goiaba, limão, laranja e tomate são ricas em vitamina C. As vitaminas do complexo B também podem ser encontradas nas leguminosas.  
Algumas vitaminas (A, D, E e K) são menos absorvidas em dietas pobres em gorduras, e outras, como as do complexo B e a vitamina C, que são armazenadas em pequena quantidade, demandam uma ingestão mais frequente. 

A longo prazo, essas deficiências podem trazer graves consequências à saúde, como: o raquitismo, na deficiência de vitamina D; a cegueira noturna, na deficiência de vitamina A; alterações neurológicas, na deficiência de vitamina B6; escorbuto, na deficiência de vitamina C; e sangramentos, na deficiência de vitamina K.  

Considerando que as vitaminas estão presentes em uma enorme variedade de alimentos, a ingestão adequada de vitaminas depende de uma alimentação balanceada. Para que nossas crianças cresçam saudáveis, e se desenvolvam com o seu máximo potencial, não podemos abrir mão de uma alimentação saudável e rica em vitaminas.  

• Daniel Magnoni, consultor da iniciativa Nutrientes para a Vida (NPV), diretor de Serviço de Nutrologia e Nutrição Clínica do Hospital do Coração – Hcor, Mestre em cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP; especializado ainda em Clínica Médica, Nutrologia e Nutrição Parenteral e Enteral pela Associação Médica Brasileira – AMB / Conselho Federal de Medicina – CFM 

SOBRE NPV 

Presente no Brasil desde 2016, a Nutrientes Para Vida (NPV) é uma iniciativa que possui visão, missão e valores análogos aos da coirmã americana, a Nutrients For Life. Seu objetivo é esclarecer e informar a sociedade sobre os benefícios dos fertilizantes (ou adubos) na produção dos alimentos, bem como sobre sua utilização adequada.  
Este tipo de esclarecimento é essencial, se considerarmos que há muita desinformação sobre o tema. Como dizia uma antiga campanha publicitária, com o manejo adequado do solo, no Brasil, “adubando, dá”.  
Para manter o solo fértil e a alta produtividade de novos cultivos, os nutrientes precisam ser repostos. Os fertilizantes cumprem o papel de alimentar a planta, o que é essencial para o seu desenvolvimento.