Artigo, Renato Sant'Ana - Votar ou não votar: por que votar?

 Artigo, Renato Sant'Ana - Votar ou não votar: por que votar?

Se alguém lhe pedir o título eleitoral emprestado para votar em seu lugar, você empresta? Não é provável. Quem praticaria tal ato que, além de ilícito, é uma tremenda burrice?

Pois desperdiçar o voto ou simplesmente não comparecer têm efeito parecido com o de emprestar o título a outra pessoa.

Vejam-se duas coisas. Uma é que sempre haverá políticos, a menos que se instale a completa barbárie e passe a vigorar a lei do mais forte.

Outra é que a vida de cada um é inevitavelmente afetada pela administração da cidade e do país, que é conduzida por políticos aprovados nas urnas - com ou sem sua participação.

É bom que haja políticos. E é ainda melhor que haja políticos bons, o que requer eleitorado responsável e criterioso.

Se nenhum candidato tem o perfil que gostaríamos, a saída é votar no "menos pior". Mas, votar! Para, nem que seja, "despiorar" a política!

O que não vale é pecar por omissão.

Também não vale curvar-se à "ideologia do vitimismo" e só se queixar dos políticos que abusam da coisa pública (crias de nossa omissão).

A sociedade é fruto da soma das atitudes de todos, boas ou más. E não há como esquivar-se. Só há como escolher entre a omissão e a colaboração.

Portanto, em vez de reclamar, é melhor votar e ter por critério eleger o candidato que mais se presta a afirmar os valores necessários à paz social, que, aliás, em nossos dias, vêm sendo duramente atacados.

Votar é, sim, uma ocasião de mandar um recado aos políticos, deixando de fora candidatos que não defendem os valores que nos são caros.

E não votar e não influir na escolha dos futuros administradores da vida social equivale a entregar a própria sorte a mãos alheias.

E como tudo começa pelo município, as eleições municipais merecem o mesmo rigor e mesma responsabilidade das demais eleições.

Votemos, pois. E que o voto seja guiado por um critério amadurecido.

 

Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo. 

E-mail sentinela.rs@uol.com.br

Vacina de Oxford gera respota robusta entre idosos

 Nesta segunda-feira (26), o jornal norte-americano Financial Times divulgou novas informações sobre os testes da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford contra a Covid-19. De acordo com o texto, o imunizante apresentou "uma resposta imune robusta" em pessoas com mais de 55 anos.


O resultado, da produção de anticorpos neutralizantes que bloqueiam partículas estranhas e linfócitos T, conforme o artigo revela, é divulgado apenas três dias depois da retomada dos testes da vacina contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2), que haviam sido paralisados após a morte de um voluntário brasileir o. 


Baseada em versão modificada do adenovírus de chimpanzés, a vacina da AstraZeneca está sendo testa no Reino Unido, no Brasil - em parceria com a Fiocruz -, na África do Sul, no Japão e nos EUA, onde cerca de 30 mil pessoas já se voluntariaram para participar das testagens.


Com o resultado, crescem as expectativas de obtenção de uma vacina até o final do ano ou no início de 2021. Em entrevista neste final de semana à BBC, o infectologista norte-americano Anthony Fauci afirmou que entre o fim de novembro e o início de dezembro será possível dizer se tais vacinas são eficazes ou não.


“A questão é: depois de ter uma vacina segura e eficaz, ou mais de uma, como enviá-la às pessoas que precisam dela o mais rápido possível? A quantidade de doses disponíveis em dezembro certamente não será suficiente para vacinar todo o mundo. Teremos de esperar vários meses, mas os profissionais de saúde, provavelmente, terão acesso prioritário a qualquer vacina, bem como as pessoas consideradas de maior risco”, garantiu o especialista.