Rio adere ao Regime de Recuperação Fiscal, mas RS enfrenta obstáculos criados pela Assembléia

O Rio protocolou ontem o pedido de adesão ao Regime de Rcuperação Fiscal dos Estados, depois que a Assembléia aprovou todas as exigências e reciprocidades exigidas pela lei federal aprovada pelo Congresso.

O que incluiu a entrega da Cedae (a Corsan do Rio).

O RS, que é o Estado que está na pior situação fiscal do País, só perdendo para o Rio, enfrentas obstáculos que já duram mais de meio ano, já que a oposição, os deputados independentes e até uma parte da base aliada negam estribo a propostas decisivas para a adesão, como é o caso da entrega da CEEE, CRM ou Sulgás.

Os números para a votação do Caso Temer

513 deputados – Composição total da Câmara;
400 deputados – Base de Michel Temer quando começou o governo;
366 votos – Número que governo obteve ao aprovar PEC do teto dos gastos públicos;
342 deputados – Quórum mínimo necessário para iniciar sessão de votação da denúncia da PGR contra Temer por corrupção passiva;
342 votos – Mínimo necessário contra Temer para que a denúncia siga para análise do STF.
308 votos – Mínimo necessário para aprovar reforma da Previdência;
257 votos – Mínimo necessário para aprovar reformas menos complexas.
172 votos – Mínimo necessário (incluindo abstenções e ausências) para barrar a denúncia.
Significado dos eventuais placares na votação da denúncia:
308 votos pró-Temer ou mais – Governo consolidará base para votar até mesmo a reforma da Previdência.
De 257 a 307 votos pró-Temer – Apesar do encolhimento da base, haverá governabilidade suficiente para tocar outros projetos do governo.
De 172 a 257 votos pró-Temer – Haverá dificuldade de votar agenda econômica mínima no Legislativo

Menos de 172 votos (incluindo abstenções e ausências) pró-Temer – A denúncia avança ao STF e Temer é afastado por 180 dias do cargo, ao qual só retornará se for absolvido ou não for julgado neste prazo.

Análise - Melhoria da produção industrial não vai alterar projeções para contração do PIB

Análise - Melhoria da produção industrial não vai alterar projeções para contração do PIB

Apesar da estabilidade de produção industrial em junho,  mantemos expectativa de contração do PIB no segundo trimestre
O resultado da produção industrial superou as expectativas do mercado, ao registrar estabilidade em junho. Esse resultado, em conjunto com o desempenho positivo verificado nos meses anteriores, indica uma estabilização da indústria. No entanto, mantemos nossa expectativa de contração do PIB no segundo trimestre, refletindo o desempenho dos demais setores da economia.
A produção industrial ficou estável entre maio para junho, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada hoje pelo IBGE. O resultado mostrou expansão acima da variação esperada pelo mercado (-0,3%, segundo coleta da Bloomberg). Na comparação interanual, a produção industrial subiu 0,5%, mesma expansão acumulada no primeiro semestre deste ano. Entretanto, nos últimos doze meses, a queda acumulada chegou a 1,9%.
A estabilidade da produção refletiu o resultado heterogêneo dos setores da indústria. Na comparação com o mês anterior, 12 dos 24 setores pesquisados registraram queda da produção. Na abertura por categorias de uso, destacamos o crescimento de bens de capitais e intermediários, de 0,3% e 0,1%, respectivamente. Já a produção de bens de consumo caiu 1,1%, puxada pela queda de 6,0% em duráveis, refletindo a retração da produção de automóveis, enquanto os semi e não-duráveis registraram recuo menos intenso, de 0,5%.
A produção da indústria extrativa cresceu 1,3% em junho, acumulando alta de 6,0% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2016. No entanto, a produção do setor ainda permanece abaixo dos níveis registrados antes do acidente em Mariana-MG, no final de 2015.

Para 2017, projetamos uma melhora gradual da produção industrial, impulsionada pela retomada do consumo das famílias e pela redução da taxa de juros. De todo modo, a despeito das melhores perspectivas para a segunda metade do ano, continuamos projetando uma contração do PIB no segundo trimestre, de 0,3%.

Saiba por que razão o Copom cortou os juros básicos

Após a decisão anunciada na semana passada, de cortar a Selic em 1 ponto percentual, a Ata do Copom, divulgada há pouco, trouxe esclarecimentos adicionais. O comitê levou em conta, por exemplo, os fundamentos macroeconômicos, com destaque para o processo de estabilização da economia brasileira, o cenário externo favorável e a desinflação difundida, inclusive nos componentes mais sensíveis ao ciclo econômico

Leia o que escreveram esta manhã os economistas do Bradesco:

O relatório esclareceu que na revisão das projeções de inflação, para 3,6% em 2017 e 4,3% em 2018 no cenário de mercado, foram consideradas estimativas de alta dos preços administrados de 6,6% em 2017 e de 5,3% em 2018. 

A revisão das estimativas para os preços administrados levou em consideração o aumento de impostos sobre a gasolina e o impacto da mudança bandeira tarifária no custo da energia elétrica. Sobre esses impactos destacou que são pontuais e que não tem implicação relevante para a condução da política monetária

Sobre a decisão de sinalizar um corte de mesma magnitude na próxima reunião, a ata explicita que os membros consideraram as projeções de inflação e de atividade, as estimativas de extensão e o estágio atual do ciclo e os riscos em torno do cenário e dessas estimativas.