Ultimamente, a torcida tricolor anda com cara de museu... Pois é. Se o presente é desagradável, a gente se volta para o passado, sempre idealizando, inventando uma versão mais bonita do que já foi vivido.
E por falar em passado... O meu avô tinha um bolachão da Linda Batista cantando marchinhas. E uma delas começava assim: "Ai, penicilina cura até defunto". Pronto! O Grêmio é a penicilina do Brasileirão! Cumpre a tarefa de dar sobrevida aos moribundos... A turma do Z4 agradece!
E o blá-blá-blá do Invicto?
Depois de cada jogo do Grêmio, tem espetáculo: as entrevistas sinceras do Portaluppi. E ninguém notou que a única coisa que por lá funciona direitinho é a assessoria de imprensa do Invicto... Viram o desempenho do entrevistado depois do fiasco (mais um!) contra o Santos?
O grande trabalho do mago na condução de grupo, do grande motivador, do líder inconteste, é, segundo ele veio a revelar na entrevista, advertir seus jogadores que o time do Grêmio não pode ser do tipo Robin Hood. Oh, ele acredita que o Grêmio ganha dos grandes e entrega para os pequenos! E os entrevistadores não questionaram isso! Foi por medo ou por conveniência? Ah, eles não lembraram que o Grêmio perdeu para o Flamengo, para o Palmeiras, para o Botafogo e... Mas num ponto o Sr. Invicto está certo: o Grêmio perdeu (ou entregou) para os pobrezinhos do Z4, Santos, Goiás, Vasco...
E o que foi aquilo contra o Santos? Um amontoado na defesa e outro amontoado no ataque. E um deserto no meio campo. O Invicto explicou que o que houve foi falta de atenção... Dos outros, claro... Uns quantos acham que a explicação é a baixa qualidade dos jogadores. Mas, se é assim, então o grupo do Grêmio será inferior ao do Santos e ao do Vasco (para quem ele perdeu) e ao do Goiás, (com quem a duras penas empatou)?
Quem é que tem a tarefa de, com as peças disponíveis, conceber e treinar uma mecânica de jogo (coisa que, nos vários fiascos que já protagonizou neste ano, o Grêmio mostrou que não tem)?
Mas nem te conto!
Era uma vez dois japoneses: o Joaquim e o Manuel... Os dois torciam pelo Espinho FC, que andava aos tropeços no campeonato, sem chance de título. Um idolatrava o técnico do time. O outro detestava. Argumentos? Um apontava os sucessos passados e o outro, as burrices presentes. Nada de análise! Os idiotas não faziam a pergunta que seria óbvia em se tratando de avaliar o técnico (qualquer semelhança com o pessoalzinho da imprensa é mera coincidência...).
A pergunta: o grupo do Espinho é fraco, sabemos, mas será que o técnico está tirando desse grupo limitado o máximo possível?
Tem mais! Que qualidade de treinamento o "professor" faz? Alguém já o viu abordar com inteligência aspectos técnicos do futebol?
Esta coluna já veiculou perguntas as quais são feitas por grande parte da torcida gremista, que nunca foram respondidas pelo Invicto nem abordadas pelos "analistas". Vejamos só duas.
- Sendo Suárez o único que sempre (sempre!) sabe o que fazer com a bola, por que é que o técnico não fez um esquema especial para aproveitar o potencial desse jogador (que fica isolado entre adversários)?
- Por que é que Bitello, Carballo e Cristaldo seguem sendo sempre escalados fora das posições em que eles mais rendem?
Tem mais uma: por que é que Cuiabano, que sempre deu boa resposta, não é lembrado e não entra na hora de substituir gente cansada e ineficiente?
Ainda bem para o Japão que aqueles dois japas não moram mais lá. É que... Gente passional ao ponto de não enxergar a realidade só contribui para atrasar o país... Quem não consegue ser minimamente racional na defesa do clube com que se identifica não vai ser melhor do que isso nos assuntos mais relevantes da vida.