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Artigo, Xico Grazziano, Poder360 - Político (Bolsonaro) aclamado na Agrishow representa reação do campo


Artigo, Xico Grazziano, Poder360 - Político (Bolsonaro) aclamado na Agrishow representa reação do campo

Jair Bolsonaro foi ovacionado na Agrishow, em Ribeirão Preto. O mesmo havia acontecido no Show Rural, em Cascavel (PR). Em Mato Grosso ou Goiás, por onde se anda no interior, percebe-se sua forte presença no segmento da agricultura. 

De onde vem essa força bolsonarista no agro?

Primeiro, ela se assenta no conservadorismo típico dos agricultores. Não apenas no Brasil, mas também nos EUA ou na França, no campo vigora um modo de vida influenciado pelo passado. Em todo o mundo, são tradicionalistas os agricultores.

Jair Bolsonaro, ao assumir claramente a defesa da “moral e os bons costumes”, como se dizia antigamente, se aproxima das pessoas da roça. A religiosidade caipira ajuda nessa equação.
Em segundo lugar, e talvez mais importante, Bolsonaro recebe a simpatia dos produtores rurais pela sua defesa intransigente da propriedade rural. Este é o filão eleitoral dele. Capitão do Exército na reserva, Bolsonaro não titubeia em condenar as invasões de terra promovidas pelos MST’s da vida.
Vai mais longe: prega armar o campo contra a usurpação das fazendas.
Há um fato, na história da questão agrária brasileira, que representa um rompimento entre o “movimento social” pela terra e o “banditismo rural” que se instalou no país. Escrevi sobre isso, primeiramente, em meu livro “Qual Reforma Agrária? ” (Geração Editorial, 1996).
Aconteceu em agosto de 1995. O MST decidiu invadir a Fazenda Aliança, localizada em Pedra Preta (MT). Ocorre que se tratava de uma propriedade rural exemplar, produtiva, ocupada com pecuária de elevado nível. Com 6.950 hectares, mantinha 29 casas de moradia, 21 empregados permanentes, registrados em carteira; nela havia 68 represas, 160 quilômetros de cercas, reserva legal averbada. Era um brinco.
Por que, então, o MST a invadiu? Aí está o “xis” da questão. Ao contrário das situações anteriores, quando instalavam sua bandeira vermelha em áreas improdutivas ou griladas, o MST brandiu suas foices e facões por motivos de estratégia política. Decidiram radicalizar suas ações para desgastar o governo de FHC, que se iniciava. Para tanto, invadiram uma fazenda pertencente a Flávio Teles de Menezes, conceituado ex-presidente da Sociedade Rural Brasileira.
A partir desse momento, o MST abandonou o jogo democrático, esqueceu o latifúndio improdutivo e partiu para a guerrilha rural. Organizados qual exército, transformaram-se em (pseudo) revolucionários. Resolveram fazer justiça com as próprias mãos.
Nem o governo federal, muito menos os governos estaduais, a quem se subordinam as Polícias Militares, souberam reagir, com firmeza, no enfrentamento dessa nova fase do MST. Pior, diante da leniência pública, dezenas de “movimentos sem-terra” surgiram país afora, vivendo de esfolar produtores rurais. Resultado: as invasões de terra se alastraram e viraram um tormento para a produção rural. Cresceu a insegurança jurídica no campo.
Hoje, ao dizer que vai enfrentar na bala os invasores de terra, Jair Bolsonaro expressa o desgosto e a ira dos produtores rurais que, durante 2 décadas, foram agredidos, tiveram seus tratores queimados, seu gado abatido, suas cercas arrebentadas, perderam seu patrimônio, sem que o poder público os amparasse.
Posso afirmar com conhecimento de causa: quem criou a força monstruosa de Jair Bolsonaro no agro foi o banditismo, uma ação autoritária e irresponsável capitaneada pelo MST, com apoio do PT e seus aliados. Bolsonaro significa uma reação do campo, um apelo hostil à ordem no meio rural.
Será esse – violência contra violência – o melhor caminho para a nossa democracia? Certamente que não. Mas quem condenará os agricultores?
Na cidade, se alguém arromba sua casa e lhe rouba a televisão, responde à lei como ladrão, um criminoso. Por que no campo os bandidos que arrebentam as porteiras sempre foram tolerados como “movimento social”?
Bolsonaro virou a resposta

Roberto Macedo, Etadão - O golpe dos cursos sobre o ‘golpe’


É um atentado contra o pluralismo que deve pautar as discussões nas universidades

Algumas universidades passaram a oferecer cursos que questionam a legitimidade do impeachment, em 2016, da então presidente da República, Dilma Rousseff. O assunto segue no noticiário na forma de matérias e artigos de opinião. Recentemente, chamou-me a atenção uma reportagem no site de O Globo (24/4) intitulada UFRJ oferece curso sobre ‘o golpe de 2016 e o futuro da democracia’. UFRJ é a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

A matéria traz um bom histórico do assunto. Em resumo, ele começou em fevereiro, quando a Universidade de Brasília (UnB) anunciou a criação de disciplina sobre “o golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. Na sequência, o Ministério da Educação acionou vários órgãos, entre eles a Advocacia-Geral da União e o Ministério Público Federal (MPF), para apurar eventual improbidade administrativa dos responsáveis pela disciplina.

Entendo que tal improbidade estaria na criação de um curso cujo título evidencia proselitismo político, numa universidade pública e com seus recursos. A iniciativa da UnB foi replicada noutras universidades, as estaduais de Campinas (SP) e da Paraíba, e as federais da Bahia, do Amazonas, de Goiás e do Ceará. Estes dois últimos casos também passaram a receber atenção do MPF.

Na UFRJ o curso, com título que repete o da UnB, surgiu no seu Instituto de Economia (IE), na forma de 11 seminários sobre o assunto em dias diferentes, todos ministrados por professores do instituto, exceto um. Pela primeira vez vi um instituto de economia tomando iniciativa semelhante à da UnB, o que me despertou interesse ainda maior, e formei minha opinião.

Entendo que o ambiente universitário deve pautar-se pelo pluralismo de opiniões, o que também atua como estímulo à busca do conhecimento. Nada teria contra debates, disciplinas, cursos e programas de seminários sobre o impeachment de Dilma desde que respeitado esse pluralismo. O título de um deles poderia ser, por exemplo, “O impeachment de Dilma foi golpe?”. Esse ponto de interrogação vem sendo omitido, o que é um golpe contra o pluralismo que deve pautar as discussões nas universidades.

“Certezas” desse tipo são comuns em universidades brasileiras, em particular nas públicas e nas ciências humanas. Há professores que ao lecionar pregam suas convicções ideológicas, tratando suas hipóteses como teses. E na pesquisa focam em evidências seletivas que sustentam tais hipóteses, havendo também “evidências” apenas discursivas. Vertente importante dessa pregação é conhecida como marxismo gramsciano. Não tenho espaço para descrevê-la aqui, mas quanto a isso o leitor poderá consultar texto muito esclarecedor de outro articulista desta página, Ricardo Vélez Rodríguez, da Universidade Federal de Juiz de Fora, em www.ecsbdefesa.com.br/fts/MGPFIREP.PDF.

Diante do tema - e insisto, com ponto de interrogação - minha resposta seria não, fundamentada na análise dos fatos que sustentaram o impeachment e na pertinência do processo jurídico então seguido. Como economista, observei muito as questões de finanças públicas envolvidas no caso. Estão muito bem esclarecidas no parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), documento que sustentou a decisão do Senado que afastou Dilma. Anastasia discutiu argumentos pró e contra no processo de que era o relator e o texto pode ser encontrado no Google digitando “impeachment Dilma parecer do senador Anastasia”. A referência que virá em primeiro lugar remete ao site do Senado, que dá acesso ao documento, de 126 páginas. Sua leitura pode servir como terapia para quem fala em golpe.

Em resumo, o parecer conclui pela demissão de Dilma pelas seguintes e justas causas: “a) ofensa aos art. 85, VI e art. 167, V da Constituição Federal, e aos art. 10, item 4, e art. 11, item 2 da Lei no 1.079, de 1950 (a chamada Lei do Impeachment, acrescento), pela abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso Nacional; e b) ofensa aos art. 85, VI e art. 11, item 3 da Lei nº 1.079, de 1950, pela contratação ilegal de operações de crédito com instituição financeira controlada pela União”.

Essas operações de crédito envolveram várias instituições, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, e ficaram conhecidas como pedaladas fiscais. O parecer contém vários gráficos mostrando que no governo Dilma elas cresceram abruptamente nessas instituições. Da mesma forma caíram em dezembro de 2015, quando expressivo valor delas, R$ 56 bilhões (!), foi quitado pelo Tesouro Nacional, mas só depois de o Tribunal de Contas da União apontar que eram ilegais.

Uma decisão do Senado é sempre política, mas o impeachment seria improvável se Dilma não estivesse na situação vulnerável em que ficou por seus próprios atos. Punida por questões de finanças públicas federais, entrou na história pelo golpe com que prostrou o equilíbrio dessas finanças.

Voltando ao IE da UFRJ, ao buscar seu site no Google, ele é informado seguido da missão desse instituto: “O IE-UFRJ desenvolve atividades de ensino de graduação e pós-graduação, pesquisa e extensão na área de Economia. Seu principal compromisso é apresentar e discutir, de forma aprofundada e crítica, as principais vertentes do pensamento econômico, sempre cultivando a pluralidade de visões e abordagens.” Muito bem!

Quem organizou o citado seminário talvez argumentasse, para justificar a ausência dessa pluralidade, que ele trata do pensamento político. Mas, aberto o site (www.ie.ufrj.br), logo no início é dito com destaque: “Singular porque plural” - sem nenhuma restrição.

Ignoro se o Instituto de Economia já organizou ou pretende realizar outros eventos sobre o assunto, em linha com sua missão pluralista. Se não, estaria em dívida com ela.
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*Roberto Macedo - economista (UFMG, USP e Harvard), é consultor econômico e de ensino superior



NOTA OFICIAL

Governo alerta para versões falsas sobre venda de ações do Banrisul

Ao contrário de versões  infundadas da oposição e de setores diretamente interessados, a decisão de venda das ações do Banrisul, em suas últimas duas operações (dias 10/04 e 27/04), foi transparente e bem-sucedida.  As ofertas públicas cumpriram absolutamente todas as regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e da legislação aplicável.

O valor de adquirência ficou bem acima do que previam alguns analistas, superando, inclusive, o valor do patrimônio líquido. O resultado preserva o interesse público do estado do Rio Grande do Sul e consolida a posição do banco no mercado, devido à solidez de seus resultados. Cumpre, ainda, a decisão do governo de não vender as ações do banco a qualquer preço.

É inverídica a informação de que apenas um comprador "levou 70% das ações ofertadas". Mais de 350 investidores, aí incluídas inúmeras pessoas físicas, adquiriram ações no dia do leilão, o que comprova a absoluta lisura e transparência do processo.

Assim como foi feito até aqui, o governo do Estado continuará observando todas as regras técnicas e fornecendo todas as informações necessárias aos órgãos de controle.

É preciso alertar a população de que interesses políticos e financeiros eventualmente contrariados tentam criar versões falsas sobre este assunto. O governo continuará buscando o equilíbrio financeiro do Estado e preservando, como acionista majoritário, o papel econômico-social exercido pelo Banrisul.

Marcelo Aiquel - O aluguel na "invasão"


        Não precisava cair o prédio. Não precisava morrer gente.
         Não precisava de nada disso para expor a bandalheira comandada pelo tal de Guilherme Boulos, o caricato candidato á presidência da República pelo PSOL.
         Ele é o coordenador do MTST, movimento que tem como objetivo principal invadir prédios desocupados, para moradia temporária de pessoas sem teto, na capital paulista.
         O que não se sabia (pelo menos este “detalhe” a mídia nunca divulgou) é que o “movimento social” cobrava um aluguel dos invasores/moradores.
         E, por menor que fosse este valor de aluguel, tem-se aí configurado um crime, pois o “movimento” coordenado pelo referido cidadão do PSOL (só podia ser do braço do PT, né?) cobrava aluguel de algo que jamais lhe pertenceu.
         Mas, o pior vem a seguir:
         Com a cara de pau peculiar aos esquerdistas em geral, o coordenador e candidato criticou o Presidente Temer (que segundo o seu PSOL, é um “golpista”) por ter comparecido para prestar solidariedade às vítimas; ao mesmo tempo em que “buscou livrar seu rabo” de qualquer responsabilidade, declarando que a ocupação não era do movimento de coordena, mas sim de outro, similar.
         Ora, qual a diferença entre uma ocupação e outra?
         Por acaso, ao cobrar aluguel (de algo que não é seu), o ilustre defensor dos sem teto garante serviços de eletricista (para evitar curtos-circuitos nas precaríssimas e perigosas instalações elétricas dos prédios invadidos), instalador hidráulico, ou brigada contra incêndio?
         Com certeza, não!  Porém, o resultado da cobrança recheia o seu bolso. Ou alguém imagina que o líder do MTST banca sozinho as despesas do movimento, que incluem a segurança pessoal do coordenador (no caso, ele mesmo).
         Além disso, o referido cidadão criticou o “golpista”, mas não foi transmitir a esperada solidariedade aos sobreviventes do pavoroso incêndio, preferindo permanecer em Curitiba (onde não deve ter invadido o hotel, ou local, em que se hospeda) para fazer coro contra a Justiça brasileira, que não se cansa de “perseguir” o injustiçado ser mais honesto do planeta.
         Lembre-se disto quando for votar, em outubro. Afinal, este sujeito este é o candidato escolhido pelo PSOL!
         Reflita bem, antes de apertar o botão da famigerada e inconfiável urna eletrônica (um grande sucesso no 3º mundo).