Carris

 Em 15 de junho, a prefeitura autorizou a desestatização, por meio de privatização ou extinção, da Companhia Carris Porto-Alegrense (Carris). O texto do PLE 013/2021 autoriza o Município a alienar ou transferir, total ou parcialmente, a sociedade, os seus ativos, a participação societária, direta ou indireta, inclusive o controle acionário, transformar, fundir, cindir, incorporar, liquidar, dissolver, extinguir ou desativar, parcial ou totalmente a Carris.

Os secretários municipais de Parcerias, Ana Pellini, e de Mobilidade Urbana, Luiz Fernando Zachia, participaram, na noite desta quinta-feira, 12, de audiência pública virtual promovida pela Câmara Municipal sobre a desestatização da Carris. Foram 3h30 de debate com a participação da sociedade, representantes de categorias e vereadores.

Antes da pandemia, a Carris já possuía custos superiores aos suportados pela tarifa. Em 2019, os cofres da prefeitura aportaram R$ 15 milhões. No ano passado, o repasse foi de R$ 67 milhões. A Carris tem custos regulatórios 21% mais elevados do que os demais operadores privados, o que acaba deixando a passagem de ônibus mais cara. Além disso, a Carris possui custos extra-tarifa que são suportados pela prefeitura, conforme demonstrações contábeis da companhia, regularmente auditadas. Até o fim do ano, considerando-se os últimos 12 anos, os repasses do Município à Carris somarão mais de meio bilhão de reais.