Hamas

 Claro que é muito complicado falar no fragor da batalha, logo que inicia a guerra híbrida, principalmente quando o inimigo avança de surpresa e de modo totalmente cruel, traiçoeiro, cometendo atrocidades inimagináveis e inaceitáveis crimes de guerra.

Narrativa sobre os fatos em curso não parecem complicados, mas é muito complicado fazer o seguinte:

1) Contextualizar os acontecimentos, ou seja, situá-los dentro do contesto histórico, mas principalmente geopolíticos.

2) Projetar o que fará a parte atacada de maneira tão surpreendente e criminosa.

3) Imaginar o desdobramento militar, político e econômico dos acontecimentos subsequentes.

Não tem nem dúvida que as circunstâncias do ataque inesperado e de selvageria levará Israel a ocupar a Faixa de Gaza, impondo um governo militar, custe o que custar, duela a quem duela, mesmo que os terroristas cumpram suas ameaças de asssassinar seus reféns - homens, mulheres e crianças.

Será um massacre.

O que virá depois.

Vai depender do que fizerem os aliados dos terroristas, com ênfase para o Irã, se é que ele não for atacado simultaneamente por Israel.

E da ONU.

A ONU só fará alguma coisa depois da ocupação.

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Este é o cenário deste momento, segunda-feira, 9 de outubro, final da tarde.

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O que eu disse até agora, na verdade, poderia ficar para outro comentário, porque o que eu queria comentar de verdade é o papel que a imprensa de um modo geral está jogando nas informações levadas ao nosso público. 

Quero falar um pouco sobre isto, porque recebi algumas cópias de um revoltado brasileiro, que chama tudo que é jornalista e toda a imprensa de "nojenta", porque estariam jogando de modo unânime em favor dos terroristas do Hamas.

Eu até compreendo a indignação do nosso amigo, mas isto não é verdade.

Eu apoio Israel contra o Hamas. E como eu, conheço pelo menos outros 50 jornalistas, falando só no caso do RS, que pensam da mesma forma. E opinam abertamente.

Eu sou um crítico implacável da imprensa tradicional e dos seus aliados de internet, mas devo confessar que neste caso da guerra, considero que ela não atua num ponto fora da curva.

Até os jornalistas e franjas da mídia que possam ser simpáticos aos terroristas, buscam se conter, com raríssimas exceções.

No meio político, então, o apoio a Israel é devastador no Brasil.

Poucas horas depois da invasão, o prefeito de Porto Alegre mandou pintar com luzes azuis os principais prédios públicos municipais.

E até algo que nunca imaginei:

O presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, mandou bordar com a bandeira de Israel toda a cúpula do prédio do senado.

Não é pouco.

Tem gente nojenta que defende os terroristas direta ou indiretamente. É claro que tem. Filhos de Caim e renegados sociais e políticos existem em qualquer lugar e sempre existiram. São cabeças que precisam e serão cortadas, como as do Hamas, mas elas representam uma fração minúscula de canalhas políticos da pior espécie.

A maioria está com Israel.

Eu estou.

E sempre estarei.

E você ?

Artigo, Facundo Cerúleo - Grêmio na encruzilhada

A comparação é oportuna: um treinador com autocrítica, outro com um ego desmedido e muito blá-blá-blá.


Depois da eliminação nas semifinais da Libertadores perante o Boca Juniors, o treinador do Palmeiras, Abel Ferreira, com seu temperamento irritadiço, tomou para si a maior responsabilidade pelo tropeço.


Iniciada a entrevista coletiva pós-jogo, Abel trovejou: "O que você quer que eu diga? Que eu sou o responsável? O responsável máximo, e não é a primeira vez que eu digo isso, sou eu. Então, vou te dizer: eu sou o máximo responsável pela eliminação."


Já o técnico do Grêmio, a cada tropeço, a cada desclassificação do time, alega que faltou "intensidade" (dos atletas), que não houve "empenho" (dos outros), que ele não tem os jogadores que gostaria, etc. Ou seja, sempre transfere a outros a responsabilidade pelos maus resultados.


Ele, que dá folga em excesso aos atletas (ou se concede dias de folga no Rio), que treina pouco e mal, mostrou que se considera maior do que o Grêmio e, contrariando desígnios da direção, evadiu-se da habitual coletiva após o Grenal (em que o time fez mais um fiasco) e se mandou para o Rio de Janeiro. Constrangedor.

Há muitos fatos que poderiam ser relatados. Por exemplo, depois do jogo com o Bragantino na Arena, um dos tantos fiascos do Grêmio na temporada, para justificar o horror, Portaluppi jogou a torcida contra a direção alegando não ter jogadores. Foi uma quebra de hierarquia que facultaria uma demissão por justa causa. Mas... Não deu em nada!


Para quem observa à distância, caso deste colunista, parece faltar o pulso de um diretor de futebol que faça valer a hierarquia. E parece também que tudo piorou com a saída do então diretor de futebol Paulo Caleffi em junho deste ano.


Com Caleffi, percebia-se, por exemplo, disciplina quanto às entrevistas do técnico, que, agora, fala quando quer e diz o que bem entende (ao ponto de se meter em assuntos administrativos do clube). Não é mero detalhe. Ele é hábil em manipular a estupidez da imprensa, usando-a para justificar erros e proclamar suas próprias virtudes. Faz um trabalho ruim e não presta contas a ninguém! E é cada vez menos cobrado.


A direção comandada por Alberto Guerra teve um começo brilhante trazendo bons jogadores, inclusive a inimaginável contratação de Luis Suárez. Mas cometeu um erro crasso ao escolher o técnico. E o que era o início de um "círculo virtuoso" descambou para um "círculo vicioso" que faz lembrar a "era Bolzan", de triste memória.


Esta é a engrenagem: o técnico gratifica a inculta imprensa com sua falação; a imprensa amplifica a conversa mole do técnico para ganhar o público consumidor; o público (torcida) consome e cai no blá-blá-blá do técnico; e a direção, temendo impopularidade, mantém a engrenagem.

O técnico é empregado do clube. E como tal deve ser encarado. Enquanto a direção autorizar Renato Portaluppi a se colocar acima da instituição, o Grêmio não vai ganhar nada! Nem a mediocridade do Gauchão, que ele já ganhou, não haverá no futuro próximo.  Nada! Quando o futebol é altamente profissionalizado, a fanfarronice apenas atrapalha!


Só falta agora o Conselho de Gestão tratar a indisciplina do técnico como se fosse a transgressão de um garoto, chamar-lhe a atenção e exigir que prometa-se comportar melhor. Cometerá esse equívoco? Talvez não. Veremos. Pode ser que a direção já esteja saturada.


Com a palavra, Alberto Guerra.



Artigo, Dra. Tatiana Della Giustina, Correio do Povo - A voz dos ginecos-obstetras e pediatras

O debate sobre o aborto é diretamente ligado ao direito à vida, ao direito reprodutivo e às políticas públicas de saúde. O cumprimento da atual legislação, de forma adequada, está bem conduzido. A proposição que será discutida pelo STF põe em pauta a proposição de 12 semanas de gestação como limite para prática descriminalizada do aborto, quando a gestante o decidir. 


O CFM pretende que, se houver votação sobre este tema, a mesma seja feita no plenário presencial do STF, onde existem as possibilidades de manifestações orais de representantes de entidades e oitivas de especialistas sobre diferentes aspectos da questão. 


Na questão do aborto é preciso que se dê voz e ouvidos aos gineco-obstetras e pediatras, que estão engajados em fazer crianças sobreviverem e viverem mesmo após partos muito complexos e com incidentes inesperados, que trabalham para amenizar as intercorrências advindas de gestações de risco, e, como em outras áreas da medicina, lutam pela vida, e neste caso, até mesmo pela vida de quem ainda está por nascer. 


Os avanços da medicina e dos tratamentos para prematuros e gestantes de risco, assim como as melhorias nas UTIs neonatais, têm salvado bebês cada vez mais jovens. Em novembro de 2021 um bebê sobreviveu ao nascimento prematuro de 21 semanas, batendo recorde mundial registrado. Curtis Zy-Keith Means nasceu com 420 gramas e foi salvo por uma equipe médica da Universidade do Alabama no Estados Unidos, superando uma chance de sobrevivência de menos de 1%.


O aborto não se trata de método de planejamento familiar. O que alguns movimentos políticos defendem é a completa liberalização do aborto, esquecendo que procedimentos abortivos se constituem em uma agressão física e psicológica contra a mulher. Esperamos que, neste tema árduo, nossos colegas pediatras, obstetras e ginecos-obstetras sejam ouvidos e que seus posicionamentos técnicos sejam levados em consideração, assim como o imprescindível bom senso na elaboração de políticas públicas de saúde. 

A medicina luta sempre pela vida.

Ações da Receita Municipal aumentam arrecadação federal

As ações de autorregularização e combate à sonegação promovidas pela Receita Municipal de Porto Alegre têm refletido positivamente na arrecadação federal, em especial quando relacionadas a contribuintes optantes pelo Simples Nacional. Para cada R$ 1 de tributo municipal regularizado, a União recebe cerca de R$ 2,50 em tributos federais. 


Um exemplo deste trabalho foi realizado recentemente pela Equipe de Programação Fiscal e Combate a Ilícitos Tributários (EPFI), que atendeu um contribuinte por meio de uma denúncia apresentada por um tomador de serviço. O resultado deste único atendimento gerou uma retificação nos valores de receitas declaradas de quase R$ 11 milhões, proporcionando um incremento total na arrecadação federal de R$ 1,78 milhão, distribuídos em INSS (R$ 966 mil), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins (R$ 330 mil), Imposto sobre a renda das pessoas jurídicas - IRPJ (R$ 265 mil), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL (R$ 147 mil) e PIS (R$ 72 mil).


Para o município de Porto Alegre, a regularização do contribuinte resultou em um acréscimo de R$ 719.893,62 de Imposto Sobre Serviço. A arrecadação para os cofres da União, com o trabalho realizado em nível municipal, foi quase 150% superior a arrecadação gerada para os cofres locais.


A diretora da Divisão de Receita Mobiliária, Sandra Marlusa Severo Quadrado, ressalta a importância das denúncias apresentadas pelos cidadãos e a expertise dos auditores-fiscais do município na promoção da autorregularização, com impactos expressivos para as arrecadações federal e municipal.


“Se considerarmos que todo o aparato humano e tecnológico utilizado para esse atendimento pertence à Receita Municipal de Porto Alegre, podemos afirmar, com total segurança, que a ampliação no compartilhamento de informações da União com o Município de Porto Alegre seria capaz de trazer resultados ainda mais significativos às arrecadações dos dois entes”, completa Sandra.


Segundo o cadastro mobiliário da Secretaria Municipal da Fazenda, estão estabelecidas em Porto Alegre quase 50 mil empresas prestadoras de serviços optantes pelo Simples Nacional enquadradas como microempresas ou empresas de pequeno porte. Considerando os microempreendedores individuais, o total de CNPJs ativos no Simples Nacional no município ultrapassa 100 mil.


Denúncias - A Secretaria da Fazenda disponibiliza um canal on-line no qual o contribuinte pode relatar irregularidades sobre tributos como IPTU, ISSQN e ITBI. As denúncias podem ser realizadas com anonimato garantido e conter informações como não emissão de notas, fraudes e sonegações em geral.


Não é preciso fornecer dados pessoais, mas apenas alguns dados sobre o denunciado e a infração cometida. Porém, denúncias instrumentalizadas com documentos comprobatórios da operação, como comprovante de pagamento, propostas, contratos etc, geram maior assertividade nas cobranças. A denúncia é feita instantaneamente pelo Portal de Serviços, na opção SMF/Geral/ Denúncias.