Rogério Mendelsky - A SOMA DE TODOS OS MEDOS

Em 2014, na ONU, Dilma atacou EUA e Síria por ataques ao Estado Islâmico, pedindo diálogo com os terroristas. Agora, diante da ofensiva na Europa e no Brasil, ela e o seu PT calam. CLIQUE AQUI para examinar video sobre a participação de Dilma na ONU.
https://www.youtube.com/watch?v=hIqeWADLlpM


O total desta soma de medos nós só tomaremos conhecimento quando acabar a Olimpíada do Rio de Janeiro, mas ela pode desde já revelar algumas parcelas que, adicionadas, mostrarão o resultado final do maior evento esportivo do planeta que o Brasil reivindicou para si.
O brasileiro convive diariamente com muitos medos – assassinatos, assaltos à mão armada (“perdeu, tio”), seqüestros, estupros, roubos a bancos, furtos de veículos, saidinhas de caixas eletrônicos – mas ainda nos faltava um medo maior que não chegara até nós: o terrorismo islâmico.
Puxa vida, logo aqui neste país tão cordial que se orgulha de mostrar ao mundo a mais pacífica convivência entre árabes e judeus que se conhece, os brasileiros começam a falar na possibilidade de atos terroristas nos Jogos Olímpicos. O Brasil é a bola da vez do terror do estado Islâmico, não por sermos críticos a ele ou por condenarmos suas ações criminosas. Nosso país entrou na pauta do terror por que o mundo estará atento à Olimpíada e 205 países se farão representar com a maior cobertura midiática de um evento esportivo dessa magnitude.
O EI não sobrevive sem notícias a seu respeito e não há oportunidade mais adequada para a divulgação do novo terror num país que tem uma legislação considerada “branda” para tratar com rigor a quem se atreva a incutir o medo entre nós.
Fomos tão complacentes com o EI que a então presidente Dilma Rousseff, em manifestação na ONU, chegou a afirmar que lamentava os ataques aéreos na Síria contra o grupo terrorista. Suas palavras:
“Lamento enormemente isso (ataques aéreos na Síria contra o EI). O Brasil sempre vai acreditar que a melhor forma é o diálogo, o acordo e a intermediação da ONU.” Diante da repercussão internacional, Dilma desmentiu qualquer apoio ao EI, mas os terroristas gostaram da opinião e nós acreditamos que o grupo islâmico deixaria o Brasil em paz.
Deu efeito contrário. Já existem por aqui simpatizantes do EI e na última quinta-feira, uma grande operação policial prendeu dez suspeitos de planejarem ações terroristas na Olimpíada. A Polícia Federal estava monitorando o grupo e teve êxito desta vez.  Mas o medo agora está completo com a presença efetiva de gente disposta a perturbar os Jogos Olímpicos.  Quem garante que apenas o Rio de Janeiro pode ser palco de ações terroristas? Na França, ninguém agiu durante a Eurocopa, mas na tranqüila e aprazível Nice, o terror solitário de um sociopata provocou uma tragédia.  Estamos com medo, sim. E as autoridades brasileiras também.

O CONTATO

E se o EI já estava operando aqui no Brasil muito antes de as autoridades terem descoberto o que se divulgou na última quinta-feira? O ministro da Justiça Alexandre de Moraes confirmou que alguns dos presos “tiveram pelo menos um contato com o Estado Islâmico para uma espécie de batismo, para um juramento (de lealdade)”.

PELA INTERNET

Através das redes sociais houve contatos com o EI e até uma viagem fora programada para o Oriente Médio que só não se efetivou por falta de dinheiro e até mesmo por quebra de continuidade de comunicação, em nome da segurança entre eles.

ARMAS

O grupo brasileiro também tinha projeto de aquisição de armas no Paraguai através de vendedores clandestinos que operam no Brasil para os traficantes.  O fuzil automático AK-47 era a arma que seria encomendada e de fácil comércio no país vizinho.

TREINAMENTO

Mesmo sem as AK-47, o grupo brasileiro treinava defesa pessoal com professores de artes marciais. As prisões realizadas pela PF talvez tenham desmontado a segunda parte do projeto terrorista: o treino com armas de fogo.

JÁ IMAGINARAM?


Quem garante que o grupo brasileiro não fez contato com os traficantes cariocas para um possível apoio logístico em alguma ação terrorista? Convém não esquecer que já houve aliança semelhante na Colômbia entre as FARCs e os cartéis de Calle e Medelin.