Nota pública

 O grupo de médicos abaixo signatário, pertencente ao corpo clínico do Hospital Dr. Homero 

Menezes, localizado no município de Sobradinho (Rio Grande do Sul), vem a público manifestar 

grande preocupação com a situação lasti mável em 

que se encontra o combate à pandemia pela Covid-19 em nosso estado, especifi camente na região 

Centro-Serra. Vivemos o momento mais críti co da 

pandemia e medidas governamentais conti nuam 

sendo repeti das com poucos resultados práti cos. 

Como possuímos compromisso profi ssional com 

a defesa da vida e saúde da população e, conforme Parecer no. 04/2020 do Conselho Federal de Medicina, no qual resta claro que médicos possuem autonomia 

para tratar a Covid-19, vimos a público manifestar nossa posição favorável à 

possibilidade de serem empregadas estratégias para tratamento precoce (nos 

primeiros dias dos sintomas) e realização da profi laxia de profi ssionais da saúde 

e contactantes de pessoas diagnosti cadas com a doença. 

Desta forma, baseando-nos em evidências cientí fi cas e experiências práti cas 

acumuladas durante o enfrentamento da pandemia da Covid-19, ressaltamos 

que o vírus é perigoso e que pode atacar diversos órgãos como pele, fí gado, rins, 

cérebro, coração, intesti no, pulmões e glândulas. 

A infecção pelo vírus SARS-Cov-2 é uma doença potencialmente grave e fatal 

e, portanto, não deve ser tratada com monoterapia, pois esta não é efi ciente, 

já que um único medicamento não é efi caz. Medicamentos como dipirona, 

paracetamol, sorine ou corti coide na fase inicial da doença, isoladamente, não 

fazem parte de nenhum protocolo de tratamento.

Durante a pandemia, os tratamentos evoluíram e nós, médicos, aprendemos 

muito. A todo instante são publicados novos trabalhos com a descrição de terapias com diversas drogas efi cazes contra a Covid-19. Propomos o tratamento 

para todos os pacientes, pois não sabemos quem evoluirá para uma forma mais 

grave da doença. O tratamento e atendimento precoces reduzem drasti camente 

os índices de contágio, a necessidade de hospitalização e o risco de morte. 

A terapia deve ser multi medicamentosa, individualizada e iniciada nos primeiros dias dos sintomas da doença. O tratamento é efi caz, seguro, barato e com 

efeitos colaterais mínimos se comparados aos efeitos da doença ou às sequelas 

deixadas pelo vírus. Além de termos evidências observacionais sólidas, forma 

pela qual a medicina evolui, temos escorreita evidência documental sobre anti -

virais efeti vos e outras tantas substâncias que usamos no combate à Covid-19.

Drogas como hidroxicloroquina – a qual atualmente tem nível de evidência IIA 

–, ivermecti na, nitazoxanida, azitromicina, zinco, bromexina, rivaroxabana, colchicina, enoxaparina, ácido aceti lsalicílico, vitamina D, e outras que fazem parte 

do tratamento de fases mais avançadas da Covid-19 podem e devem ser usadas 

para combater a doença. As evidências cientí fi cas estão bem demonstradas em 

arti gos publicados em sites, como por exemplo, c19study.com onde há centenas 

de trabalhos e no site pubcovid19.pt/temas onde há mais de 90 mil publicações 

sobre a Covid-19.

Vacinas? As vacinas são bem-vindas! Que sejam efi cazes e seguras, lembrando sempre que vacinas não protegem 100% da população e não são tratamentos. Teríamos uma combinação mais efeti va se vacinássemos as pessoas e tratássemos precocemente as que adoecessem e esti vessem expostas ao vírus.

Por que não tratar a doença no seu início? Fazemos isso com outras enfermidades. O tratamento no início de outras doenças como infecções respiratórias 

por infl uenza, câncer, infarto, pneumonias é efi ciente. Por que esta não deveria 

ser a conduta contra a virose do coronavírus se temos medicamentos efi cientes 

e seguros para usar?

Por essas razões, recomendamos que o atendimento e tratamento precoce individualizado sejam aplicados nos primeiros dias do processo viral como uma estratégia plenamente factí vel para o enfrentamento à Covid-19 em nossa região, 

respeitando a prerrogati va do médico assistente em decidir qual a melhor abordagem para o paciente.

Sobradinho, 03 de março de 2021.

N

Artigo, Fábio Jacques - Se eu fosse Deus.

Lembro que, quando criança, era comum na minha mente infantil achar que podia fazer algumas melhorias no mundo. A criação não estava perfeita, como por exemplo, haver frutas tão grandes como uma melancia em uma planta tão pequena e rateira. Melancia tinha que crescer em grandes árvores, sem pensar que quando elas caíssem do pé poderiam provocar grandes estragos em nossas cabeças.

A vontade de mudar as coisas continua e hoje penso que, se fosse presidente da república, faria muitas coisas diferentes, mesmo sem avaliar todas as consequências destas mudanças.

Se eu fosse presidente, vendo governadores e prefeitos se unirem para formar um consórcio para comprar vacinas, agradeceria a contribuição e, como eles têm, ou julgam ter, maior capacidade de resolução do que o presidente, avisaria que as vacinas compradas pelo governo federal seriam direcionadas prioritariamente àqueles estados e municípios que não têm capacidade de se abastecer diretamente do mercado internacional. Os que querem, podem e sabem como comprar melhor e mais rápido, ficariam por conta própria, recebendo as vacinas compradas pelo governo federal somente depois que os incapazes de comprar fossem completamente vacinados.

Creio que o grupo dos consorciados para a compra de vacinas, que acham que o governo não está se empenhando suficientemente para suprir todas as nossas necessidades, ficariam felizes em poder demonstrar à população que são melhores gestores do que o ineficiente ministério da saúde do igualmente ineficiente governo federal.

Não acham uma boa ideia?

Tomem a dianteira, governadores e prefeitos, e peçam para o governo federal suspender o envio das vacinas mal compradas, assumindo a responsabilidade de suprir, com muito maior eficácia, seus entes federativos.

De igual forma, como super gestores que são, desobriguem o governo federal de enviar dinheiro para suprir sua voracidade em gastar dinheiro e prender as pessoas em casa, e resolvam com sua expertise seus próprios problemas. Afinal, foram eleitos para isto.

Acho brilhante esta minha sugestão. Somente fico imaginando a cara destes super gestores quando virem as melancias sendo levadas para a copa das árvores frondosas ficando balançando sobre suas cabeças. Seria muito interessante observar suas reações.

Mas, afinal, não sou presidente e nem Deus. E como dizia, “seriamente”, um amigo meu, “eu não sou Deus, até por sinal, sou bem menos”. Humilde, não acham?

Será que, parafraseando este meu amigo, os governadores e prefeitos terão a hombridade de dizer publicamente: “eu não sou o presidente da república, até por sinal, sou bem menos”.

E segue o baile.


Nota da Fecomércio RS

 A Fecomércio-RS manifesta preocupação com a ampliação das medidas restritivas para o comércio e serviços no Rio Grande do Sul, diante da falta de evidências de que as atividades destas empresas tenham relação com o aumento do contágio pela Covid-19. Sem possibilidade de abertura parcial, mesmo seguindo rígidos protocolos de higiene e distanciamento, e na ausência de alternativas para garantir a viabilidade destes negócios, a Federação alerta para o agravamento do desemprego, com reflexos diretos na saúde e no bem-estar da população.  

Ciente da gravidade do quadro e da urgência de conter a disseminação do coronavírus, a Fecomércio-RS enviou ao governador Eduardo Leite sugestões de modificação do protocolo da bandeira preta para que as medidas sejam mais efetivas e direcionadas aos fatores que podem ter relação com a súbita elevação das contaminações. De acordo com o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn, o comércio tem interesse e disponibilidade em participar do esforço para conter a pandemia: “Durante o segundo semestre de 2020, o quadro de internações não teve picos como observado agora, tendo o comércio gaúcho colaborado para promover a cultura do uso de máscaras, distanciamento e higienização. No entanto, não tivemos abertura para expor diretamente as sugestões do setor ao governador antes da elaboração do decreto desta sexta-feira”, afirma Bohn. 

Aglomerações em espaços públicos e em ambientes residenciais durante as festas de fim de ano, verão e carnaval podem ser apontados como os principais comportamentos de risco observados nas últimas semanas. Por isso, a Fecomércio-RS apoia medidas que restrinjam a circulação em determinados horários, que impeçam as aglomerações e que limitem a ocupação dos espaços. Mas a entidade se manifesta contrária a restrições desproporcionais, que trazem pouco impacto no combate à pandemia e graves prejuízos econômicos e sociais.