- O autor é jornalista e economista, Porto Alegre.
Vivemos uma luta política que é, antes de mais nada, ideológica. A base de sustentação dos protagonistas dessa empreitada está centrada num duplo( e excludente) propósito: liberdade ou escravidão. Não é necessário muito discernimento para saber quem nos deseja livres, e aqueles que nos querem negar sequer nosso direito ao desfrute do livre arbítrio, bíblico e histórico.
Os sápatras que dominam muitas mentes( milhões para sermos mais exatos), não desfazem ou desgostam do uso das liberdades individuais como instrumento de realização dos seres humanos. Porém, na sua patologia cognitiva incurável e de elevado grau, acham que só eles merecem as liberdades. Nós? Prá quê?
O tal socialismo que pregam tem suas raízes na primeira metade do século XX. Foram estes, os socialistas, os primeiros a admitir que sua ideologia exigia a imposição de uma filosofia comum a todas as nações, ancorada e definida em valores muito particulares. E, obviamente, estranhos à sociedade ocidental. O jeito era, como vaticinava Lênin, destruir o Ocidente. Como eles vem tentando, e com certa eficiência. Por dentro, pela guerra institucional e de narrativas.
Operoso e oportuno lembrar que não foram os fascistas, mas sim os socialistas que iniciaram a arregimentação de crianças, em tenra idade, em organizações políticas para terem a certeza de que formariam bons proletários( soldados da causa). E foram também os socialistas que se dispuseram a formar membros que se distinguissem pela forma de se saudar e tratar os demais. Que criaram células e dispositivos para fiscalizar a vida privada dos cidadãos, protótipos dos partidos totalitários.
"Balilla" e " Juventude Hitlerista", " Dopovaloro" e " Força pela Alegria" e outras ações de repressão pouco mais são do que imitações socialistas mais antigas. É a verdade histórica e inquestionável.
O que vemos hoje, no Brasil e no mundo, nada mais é do que a exacerbação dessa política repressiva e repressora, lutando por tornar a humanidade refém de uma doutrina cruel, satânica e dominadora completa sobre mentes e corações. Nunca antes a civilização humana esteve tão ameaçada de ruir, justo a partir daquele que é um dos mais consistentes pilares de sustentação dos homens livres e dos modelos políticos democráticos consagrados desde a Grécia antiga. Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante sobre Economia Comportamental.