A mega-manifestação que está programada para esta manhã em Copacabana, no Rio, inscreve-se com perfeição no rol de pressões populares sobre as quais já falei aqui inúmeras vezes, ou seja, ou seja, pressões populares destinadas a formar maioria na Câmara e no Senado para aprovar o projeto de anistia política para os 2 mil manifestantes presos, investigados, denunciados, condenados, presos e exilados, entre os quais o próprio Bolsonaro.
É isto.
Para derrotar o autoritarismo de Alexandre de Moraes e seus aliados, é preciso o povo na rua, como aconteceu na deposição de Dilma e na prisão de Lula, dois exemplos mais marcantes deste século dentro do Brasil, ou de eventos como os da Praça Tahir, no Cairo, que iniciou a Primavera Árabe, ou no Praça Maidan, em Kiev, na Ucrânia, que derrubou o agoverno títere pró-Moscou.
E nem vou falar na Revolução Francesa.
Não é preciso ir tão longe.
O fato é que o tempo urge.
Alexandre de Moraes corre célere para julgar, condenar e prender Bolsonaro e mais 33 denunciados no ilegtal inquérito do suposto golpe de Estado, cujo primeiro ato está armado para o dia 25 no âmbito da 1a. Turma do STF, onde só têm assento os 5 mais encanizados inimnigos de Bolsonaro, no caso o próprio Moraes, mais Flávio Dino, Zanin, Cármem Lúcia e Luiz Fux.
É por isto que o Rio precisa superlotar neste domingo, 10h, em Copacabana, e em dezenas de outras cidades do Brasil, como é o caso de Porto Aleagre, no Parão, a partir das 14h. Bolsonaro queria um grande e único ato apenas no Rio,m mas muita gente que não pode viajar, quer fazer alguma coisa.
Pois que faça. Bote pelo menos a bandeira do Brasil na janela.
No Rio, dia 16, e em São Paulo, dia 6 de abril, estarão em jogo o poder do povo e o poder das elites de toga.
Não é pouco.,
O ex-presidente Jair Bolsonaro reunirá nomes da direita no domingo em um ato em Copacabana, no Rio, para pedir anistia dos envolvidos no 8 de Janeiro. A manifestação está marcada para começar às 10h. O evento foi organizado e financiado pelo pastor evangélico Silas Malafaia. Contará com a participação de políticos como o deputado Luciano Zucco, líder da oposição, os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Familiares de presos políticos também estarão na rua, como a família de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, um dos seis presos políticos que nos últimos dois anos morreram nas masmorras do ministro Alexandre de Moraes.
Não tenham medo.
O regime atual é de uma democracia fraturada, mas posso assegurar que ainda não se trata de uma ditadura plena, o que quer dizer que ainda é possível jogar dentro das 4 linhas e botar a cara a tapa, sem medo de cara feia e dos arreganhos dos atuais donos do poder, cujos sinais de fadiga extrema já são visíveis até por quem não consegue enxergar os males que esta vanguarda do atraso está causando ao povo brasileiro.