Chapa Dilma-Temer teve valor ilegal de R$ 112 milhões, afirma parecer

Chapa Dilma-Temer teve valor ilegal de R$ 112 milhões, afirma parecer

O subprocurador-geral da República, Nicolao Dino, dá entrevista exclusiva para Folha sobre a eleição municipal. 

CAMILA MATTOSO
BELA MEGALE
O vice-procurador Geral Eleitoral, Nicolao Dino, que atuou na ação de cassação da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), afirmou em seu parecer final que a campanha vitoriosa em 2014 recebeu ao menos R$ 112 milhões em recursos irregulares.

A Folha teve acesso ao documento. O julgamento do caso no TSE começa na terça (4).

O procurador destacou que o elevado montante encontrado após as investigações configurou o crime de abuso de poder econômico.

"Todo esse formidável volume de dinheiro empregado na campanha evidencia abuso de poder econômico que comprometeu a legitimidade e a normalidade do pleito eleitoral presidencial", afirmou.

Ele pede a cassação da chapa, que implicaria na saída do presidente Michel Temer do cargo, e uma punição à ex-presidente, para que fique oito anos inelegível.

Segundo o procurador, os R$ 112 milhões chegaram à campanha irregularmente da seguinte forma: R$ 45 milhões de caixa 2; R$ 17 milhões de "caixa 3"; e R$ 50 milhões de propina. Todos os recursos saíram da Odebrecht, destaca o documento.

De acordo com o parecer, R$ 45 milhões são a soma de R$ 20 milhões pagos por fora ao marqueteiro João Santana, que trabalhou na campanha, e R$ 25 milhões usados para a compra de apoio de quatro partidos que integraram a coligação em 2014, para que o tempo de propaganda gratuita na TV fosse maior.

Os R$ 17 milhões apareceram nas contas de Dilma-Temer por meio de uma operação terceirizada, apelidada de "caixa 3" pelo Ministério Público. Segundo a investigação, o grupo Petrópolis injetou legalmente o recurso a mando da Odebrecht e recebeu o reembolso no exterior.

Os R$ 50 milhões, por sua vez, referem-se a um acerto feito entre o governo e a empreiteira, em 2009, referente à edição da Medida Provisória 470, chamada de Refis da Crise. Segundo Marcelo Odebrecht, ex-presidente e herdeiro do grupo, o dinheiro era para ter sido usado na campanha de 2010, mas acabou virando crédito para 2014.

O procurador cita ainda um valor de US$ 4,5 milhões pagos pelo operador Zwi Skornicki, hoje delator da Lava Jato, a João Santana e Mônica Moura. Em depoimento, porém, Mônica disse que esse recurso se referia aos trabalhos de 2010, também para a chapa Dilma-Temer.

ABUSO DE PODER

A defesa de Michel Temer nega que tenha havido qualquer irregularidade. Argumenta que ainda que fosse provado o abuso de poder, ele teria de ser analisado do ponto de vista quantitativo. Ou seja, se o valor ilícito foi determinante para que a chapa ganhasse a eleição.

Para o vice-procurador, porém, o que tem de ser levado em conta em casos assim é a gravidade das circunstâncias que caracterizam o abuso.

Em curso desde dezembro de 2014, a ação ouviu mais de 50 testemunhas de empresas.


A defesa de Dilma Rousseff tem afirmado que a ex-presidente não praticou irregularidades na campanha e que as doações foram todas declaradas.

Artigo, Marcelo Aiquel - Ciro Gomes, Temer e 31 de Março

      O país foi surpreendido pela atitude típica de um ultrapassado “coronelismo nordestino” (algo que a civilidade e a decência já deveriam ter sepultado definitivamente) por parte do senhor Ciro Gomes.
      Esta figura, que ficou conhecida nacionalmente mais pelos seus rompantes ridículos (tenta vender uma imagem que não resiste a um simples exame da sua vida pregressa) e por um romance com uma atriz global, esteve sempre envolvido em escândalos políticos, patrocinados por ele e também por seus parentes próximos, e surge agora como a vestalda salvação do Brasil, desta vez a bordo do PDT, depois de pulular em outras bandeiras de cores e propostas diversas.
      Com um discurso contundente e ameaças que o Código Penal capitula expressamente, resolveu mostrar um lado que representa o CANGAÇO como poder supremo (“eu recebo a tiros”, disse ele ao referir-se à Justiça Federal e a Operação Lava a Jato).
      Casualmente hoje se comemora 53 anos da data que marcou o início da “revolução de 64”, aquela que veio salvar o Brasil de uma DITADURA DO PROLETARIADO, conforme dezenas de depoimentos de pessoas que buscavam este fim para o nosso país.
      E, tal qual ocorreu naquela ocasião, só tinha medo de ser preso ou perseguido quem fazia algo errado.
      Pois não é que o cidadão Ciro Gomes demonstra receio de ser alvo da Justiça Federal. Por que será que ele pensa assim? Você, que me lê agora, tem a mesma preocupação? Eu não tenho, assim como milhões de brasileiros também não tem...
      E falando em milhões de brasileiros, lembrei-me da quantidade de votos (54.501.118) que a chapa Dilma/Temer recebeu na eleição em 2014.
      EU DISSE A CHAPA DILMA/TEMER!
      Então, que balela é esta de falar que o atual presidente não recebeu nenhum voto?
      Só uma besta, ou um ignorante, pode acreditar nesta mentira, dita e repetida a rodo nas propagandas dos partidos de esquerda.
      Ou seja, na hora do bônus o TEMER servia para os interesses – normalmente escusos – do PT, mas na hora do ônus ele não presta?
      Por favor, expliquem novamente que o “macaco” aqui só quer entender.
      Quanta incoerência desta gente...