Diogo Mainardi - O abecedário é golpista

O abecedário é golpista
Diogo Mainardi
Brasil 22.03.16
Vamos elencar quem está no "golpe" contra o PT:
a) A bancada do PT que votou pela abertura do processo de impeachment na Câmara;
b) A bancada aliada do PT que votou pela abertura do processo de impeachment na Câmara;
c) Os oito deputados petistas que integram a comissão especial de impeachment;
d) Os partidos de oposição que decidiram, finalmente, fazer oposição;
e) Os senadores que já se dizem favoráveis ao impeachment;
f) Os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, que assinam o pedido de impeachment
g) O STF, a mais alta corte do país;
h) A maioria dos ministros do STJ;
i) A PF;
j) O MPF;
k) O juiz Sergio Moro;
l) A quase totalidade da Justiça de primeira instância;
m) O MP de São Paulo;
n)) Os delatores da Lava Jato, inclusive Delcídio do Amaral, até recentemente líder do governo no Senado
o) O TCU, que rejeitou as contas do governo;
p) A imprensa brasileira, claro;
q) A Fiesp;
r) A OAB;
s) Os quase 70% de brasileiros que apoiam o afastamento de Dilma Rousseff;
t) Os 4 milhões de brasileiros que foram às ruas no último dia 13;
u) O MP suíço, que entregou extratos e documentos que provam a corrupção do partido;
v) Os investidores americanos que processam a Petrobras;
w) A SEC, que investiga as fraudes na Petrobras que prejudicaram acionistas na Bolsa americana;
x) A Justiça de Nova York, que vai julgar as ações coletivas dos investidores americanos;
y) A Justiça portuguesa, que investiga a relação promíscua entre Lula e Dirceu com empresários e políticos do país;
z) A imprensa portuguesa, que noticia a ação da Justiça portuguesa

O abecedário é golpista.

Artigo, Fernanda Barth - Dilma, esta tarde, virou nosso próprio Oroboro

Ouvi estarrecida o discurso da presidente Dilma agora a tarde (22/03) no evento batizado de Encontro com Juristas pela Legalidade e em Defesa da Democracia. Tenho certeza de que não fui só eu que achei o título bastante irônico. Foi como seu estivesse vendo uma obra de ficção, com discursos completamente desconectados da realidade. Em tudo o que foi dito por ela e por seus defensores existe uma verdadeira agressão à verdade, aos fatos.
Um evento vergonhoso, em ambiente controlado, com plateia treinada, onde a manipulação da verdade atingiu níveis absurdos, foram feitos ataques ao juiz Sergio Moro e a toda a Operação Lava Jato, como se tudo o que aconteceu até aqui fosse uma invenção orquestrada por grupos que não aceitaram o resultado das urnas. Haviam participantes comparando Dilma à Getúlio e outros taxando de fascistas em busca de um “fuhrer” todos os que querem o fim deste governo.
Dilma foi recebida aos brados de “não vai ter golpe!”, como se o referido golpe não fosse a tentativa de colocar Lula como Ministro para ter foro privilegiado, ou ainda a nomeação de um Ministro da Justiça que em seu primeiro dia faz ameaças a Operação lava-Jato em um dos maiores jornais do País. Ao insistir que o impeachment (inevitável) é golpe, Dilma esquece o próprio passado do PT, grande defensor do instrumento, e tenta, em ato de desespero, conclamar a sociedade a defender o governo. Ao taxar de inimigos golpistas os milhões de pessoas que foram às ruas, comete um tremendo erro e mostra que ainda não compreendeu o processo que está em curso, onde a população saturada de corrupção e de mentiras, já viu que o rei está nu e que o PT acabou.
A fala de Dilma, a pantomima que foi montada, mais pareceu o último suspiro de um governo moribundo que, completamente desconectado da vontade popular, fica repetindo o próprio discurso, falando apenas para o próprio umbigo. Sem força de articulação, sem base, sem argumentos verossímeis, não consegue convencer mais ninguém. Tenta se vitimar para ver o que sobrou de sua militância. Vai acabar engolindo o próprio rabo, como o Oroboro, ou assistindo, desnorteado, os próximos acontecimentos.

Fernanda Barth
Jornalista e Mestre em Ciências Políticas
Consultora de Comunicação Política & Gestão de Imagem
(51) 99997457
http://www.fernandabarth.com.br


Artigo, Marcelo Aiquel - Maria do Rosário e Chico Buarque

             Neste artigo abordo o comportamento bastante curioso de duas personalidades: uma gaúcha, deputada conhecida mais pelo seu temperamento histérico e contraditório; e um carioca, compositor, bastante famoso por canções que compunha outrora, de temperamento tranquilo, mas com comportamento igualmente contraditório.
                O que os liga, além do fanatismo cego pela ideologia comunista e fanatismo pelo PT?
                Como a educação inglesa nos ensinou (“ladies first”), cavalheirescamente começarei falando sobre a deputada.
                Criada nos pampas, onde não engana mais ninguém, a senhora Maria do Rosário foi guindada na última eleição nacional ao cargo de deputada federal representando o PT. Com uma fidelidade canina (ou seria mais apropriado dizer “cadelina”, para seguir o esdrúxulo dicionário utilizado pela presidente Dilma) ao partido dos trabalhadores, logo lhe arranjaram uma secretaria com status de ministério: Afinal, segundo disse o próprio chefe da quadrilha petista – de viva voz – ela tem GRELO DURO!
                Daí que se comprovou – novamente – a absoluta falta de coerência da deputada, reconhecida defensora das mulheres agredidas: quando a suposta agressão parte dos opositores, ela vira fera, entra em estado de histeria, e faz um papel de “barraqueira” que dá inveja a muitas mulheres sem qualquer compostura.
                Porém, se a grosseria vem de um “dos seus”, ela assume uma docilidade espantosa e corre para justificar o ato do preconceito praticado, seja contra ela ou qualquer outra mulher. Se transforma, então, na Maria do Rosário tolerante, cheia de “paz e amor”.
                Como exemplo, é só comparar as reações dela com relação às falas do Deputado Bolsonaro e do ex-presidente Lula. Enquanto um é adjetivado de “fascista e homofóbico”, o outro – o seu líder – nunca está errado... Mesmo quando diz que Pelotas, no RS, é a capital nacional dos “veados”!
                O mais incrível é a falta de seriedade com que esta senhora trata dos abusos contra a mulher. Geralmente, sem que a intervenção barulhenta dela necessite de qualquer tipo de provocação, a deputada parte para a briga na defesa das minorias agredidas. Mas, no caso da grosseria (mais uma entre tantas) dita pelo Lula – de que ela teria GRELO DURO – a deputada Maria do Rosário saiu-se com uma “pérola”, em entrevista ao vivo para o jornalista Antonio Carlos Macedo, da Rádio Gaúcha de Porto Alegre: além de justificar a ofensa recebida com um argumento risível e totalmente sem fundamento (legal e/ou moral), a deputada teve a desfaçatez de declarar que, como não houve um “pedido formal”, ela não tomaria nenhuma providência. Desde quando ela precisa de queixa para agir?
                Ora, MEU DEUS DO CÉU, quanta hipocrisia, quanta contradição...
                Logo ela, que não pede licença para se intrometer, mesmo – e principalmente – onde jamais foi chamada.

                Já o poeta Chico Buarque, é outro caso a parte.
                Depois de sentar na janela para ver A BANDA PASSAR, ele, o extrato mais do que perfeito da “esquerda caviar”, canta em prosa e verso o sonho de alcançar uma democracia livre, via o governo do PT.
                Mas, isto não o impediu – ele, ao contrário, se escudou na tão combatida (por ele mesmo!) CENSURA – de proibir um artista a utilizar as músicas que compôs, num show, apenas por emitir opinião contra o governo dos canalhas ladrões que ele tanto defende.
                Tudo bem. É um direito seu ceder os direitos autorais a quem quiser.
                Porém, a razão alegada sepultou o sagrado direito à livre opinião!
                É que na “democracia” do Chico (e dos petistas) a liberdade de opinião só existe se for favorável à ideologia por eles defendida.
                Entretanto, há razõe$$ e motivo$$ bem relevante$$ para explicar sua fidelidade ao governo e ao partido. Ele, a mãe de seus filhos, e um grupelho de artistas e intelectuais brasileiros – todos pertencentes a uma elite, conhecida como a “esquerda caviar” – que louvam o ideário do PT, são beneficiários de fartas verbas públicas, oriundas de condescendentes e seletivas aprovações de projetos culturais, por meio de leis de incentivo fiscal.
                Assim fica até fácil sentar na janela para ver a banda passar. Enquanto ela passa, o Chico divide seu tempo entre uma janela na zona sul carioca e outra em Paris. Comendo caviar e bebendo champagne francês.
                Dono de um discurso pronto, o Chico não age como prega.
                Afinal, o que importa mesmo é levar vantagem.
                E dane-se o Brasil e seu povo!

                Estes são somente dois singelos exemplos das contradições ambulantes que cercam a quadrilha bolivariana, Aquela mesma que é capaz de fazer qualquer coisa pelo seu projeto de poder.
                Pois, para a quadrilha e seus simpatizantes (remunerados ou não) mentir, roubar, e difamar, tem sempre uma justificativa...
                Rota, esfarrapada e pífia. Mas, uma justificativa. Sempre dita com muita hipocrisia!


                Marcelo Aiquel – advogado (22/03/2016)

Nota da PF sobre Operação Dona Xepa

Estão sendo cumpridos, nesta terça feira, 22 de março, mandados de prisão, de busca e apreensão e de condução coercitiva para aprofundar a investigação de possíveis crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de ativos oriundos de desvios da Petrobras, cometidos por empresários, profissionais e lavadores de dinheiro ligados ao Grupo Odebrecht. Em decorrência das buscas e apreensões e de outras diligências realizadas após a deflagração da 23ª fase da Operação Lava Jato, colheram-se indícios de que foi instalado dentro da estrutura do Grupo Odebrecht um setor profissionalmente organizado que era utilizado para pagamentos que incluíam vantagens indevidas a servidores públicos emrazão de contratos firmados pela Odebrecht, chamado 'setor de operações estruturadas'. Apurou-se que as tratativas acerca dos pagamentos de vantagens indevidas se estenderam até, pelo menos, novembro de 2015, conforme comprovado por troca de e-mails entre os investigados.

De acordo com as evidências surgidas, este setor tinha dentre suas missões viabilizar, mediante 'pagamentos paralelos', atividades ilícitas realizadas em favor da empresa. Para operacionalizar o esquema ilícito, foi instalado dentro do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht um sistema informatizado próprio, utilizado para armazenar os dados referentes ao processamento de pagamentos ilícitos e para permitir a comunicação reservada entre os executivos e funcionários envolvidos nas tarefas ilícitas. Além disso, para viabilizar a comunicação secreta entre executivos, funcionários da Odebrecht e doleiros responsáveis por movimentar os recursos espúrios, utilizava-se outro programa, em que todos se comunicavam por meio de codinomes. A partir da análise de e-mails e planilhas apreendidas, apurou-se que pelo menos 14 executivos de outros setores do Grupo Odebrecht, que demandavam “pagamentos paralelos”, encaminhavam aos funcionários as diversas solicitações de pagamentos ilícitos, de forma que a contabilidade paralela e a entrega dos valores espúrios ficassem centralizados nesta estrutura específica. Essas evidências abrem toda uma nova linha de apuração de pagamento de propinas em função de variadas obras públicas.


Além disso, a partir das planilhas obtidas e das anotações contidas no celular de Marcelo Odebrecht, obtiveram-se mais evidências contundentes de que este, então presidente da Organização Odebrecht, não apenas tinha conhecimento e anuía com os pagamentos ilícitos,mas também comandava diretamente o pagamento de algumas vantagens indevidas, como, por exemplo, as vantagens indevidas repassadas aos publicitários e também investigados Monica Moura e João Santana".