A startup gaúcha Aegro - Software de Gestão Rural‎ recebeu um aporte financeiro de R$ 12 milhões.

 A startup gaúcha Aegro - Software de Gestão Rural‎ recebeu um aporte financeiro de R$ 12 milhões. O valor conta com a participação de ABSeed e SP Ventures. Entraram ainda na rodada a SLC Ventures, braço de corporate venture da SLC Agrícola, a ADM Venture Capital, do grupo Rendimento, o family office de Luis Felipe Carchedi e o publicitário Nizan Guanaes.

 

“Essa foi uma rodada muito importante, não só pelo volume de capital, mas pelos novos sócios que vão agregar em segmentos relevantes. Dividimos em três aspectos, o agrícola, porque não podemos perder nossas raízes; crédito, pois queremos investir em capital para o produtor rural; e branding para mudar nosso posicionamento. Assim, teremos soluções mais integradas dentro do sistema de gestão do produtor rural como um todo”, comenta o diretor executivo da Aegro, Pedro Dusso.

 

Fundada em 2014, em Porto Alegre, por Dusso, Paulo Vitor Silvestrin, Thomas da Silva Rodrigues e Francisco Gerdau de Borja, a Aegro desenvolveu um software de gestão para fazendas no modelo de software as a service (Saas) e funciona como uma planilha de Excel para funções do campo, realizando toda a gestão operacional do plantio e da colheita.

 

“Pensamos em uma plataforma que ajudasse o produtor rural a ter mais dados de toda a lavoura. Hoje, nossos clientes estão economizando tempo no planejamento das suas safras, registrando com precisão as atividades da lavoura, armazenando com segurança seu histórico de produção e acessando de qualquer lugar todas suas informações”, comenta o diretor executivo da Aegro, Pedro Dusso.

 

Atualmente, a Aegro conta com mais de 4,5 mil propriedades cadastradas. Isso significa que mais de 2,5 milhões de hectares já estão sendo gerenciados de forma eficiente, moderna, integrada e sem burocracia. Agora, com o aporte, a Aegro vai dar um novo salto e pretende entrar na área financeira, criando um braço de fintech. Além disso, a empresa quer aumentar a sua base de clientes, que, por sua vez, vai alimentar a área financeira com mais dados. A meta é, até 2023, atender com o sistema online aproximadamente 8 milhões de hectares – a assinatura mensal da plataforma é baseada no tamanho da fazenda e não no número de usuários ou de transações.

 

Lado a lado com o empreendedor

O sucesso é por conta do trabalho, mas este caminho começou quando a empresa participou da segunda turma do StartupRS, em 2015. Além de ter passado pelo programa realizado pelo Sebrae RS que tem o foco em soluções e aprendizados para prosperar, a startup ainda foi incubada no Centro de Empreendimentos em Informática da UFRGS (CEI) e na Wow Aceleradora, ambos parceiros do StartupRS. “Porto Alegre tem um dos ecossistemas que mais dispõe de instituições e ferramentas de apoio às startups e empresas de base tecnológica no Brasil. A startup é um exemplo de empreendedores que aproveitaram o que um ecossistema de inovação tem a oferecer durante a sua jornada”, destaca o analista de articulação de projetos do Sebrae RS, João Pinheiro Neto.