Hoje, na Paulista

  Acabou, há pouco a manifestação que reuniu milhares de pessoas na avenida Paulista, toda ela pautada pela defesa da liberdade a partir do impeachment do ministro Alexandre de Moraes.

O que aconteceu esta tarde, não foi apenas para mobilizar, mas também para viralizar tudo diante do mundo. Foi por isto que estiveram ali jornalsitas como os do X e do americano Michael Schelemberger, o autor do Twitter Files.

Foi um gigantesco e transcendental ato político, claramente enunciado por seu conteúdo definido, tudo num contexto nacional marcado por uma inédita ditadura do Judiciário, cujo objetivo é manter o status quo de dominação secular praticado pelo Eixo do Mal, aquilo que o jurista gaúcho Raymundo Faoro, ex-presidente da OAB nacional, classificou corretamente nos dois volumes do seu ensaio "Os donos do Poder'.

Não foi casualidade que a oposição escolher a data para coincidir sua manifestação popular de São Paulo com a manifestação impopular de Brasília.

As fotos e vídeos dos dois atos vai para a história.

O editor acompanhou todos os discursos, inclusive o dramático discurso de Bolsonaro. 

Mesmo correndo o risco de analisar tudo em cima dos acontecimentos, o editor registra dois grandes acontecimentos da tarde deste domingo:

1) O conteúdo explosivo, elucidativo e revelador dos registros da história contemporânea da maldade, que tem o ministro Alexandre do Amaral como seu supremo satânico sacerdote.

2) A coragem dos milhares de brasileiros que superlotaram a Paulista, apesar da repressão policial e judicial de deturpados podres poderes republicanos.

Não é pouco.

A palavra de ordem da tarde histórica da Paulista foi a de impichar Alexandre de Moraes, mas, também, com certeza, foi a proposta feita pelo próprio Bolsonaro, que é a da anistia ampla, geral e irrestrita para todos os perseguidos políticos da oposição, estejam eles sob liberdade vigiada, presos ou exilados.

A anistia, ensinou Bolsonaro com razão, é o único modo de pacificar o Brasil.

Entrevista, Marcelo Matias

 Marcelo Matias é médico obstetra, professor do Curso de Medicina da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e ex-presidente do Sindicato Medico do RS, (Simers),

O senor acaba de ingressar com ação no STF contra a abertura de 426 vagas do curso de Medicina na Ulbra, Canoas, RS.

 Fiz isto juntamente com docente de Medicina, Monique Trevisan, pedindo a suspensão da abertura de 426 novas vagas do curso de medicina da instituição de ensino. Tais vagas,de acordo com a própria Ulbra, estarão distribuídas desta forma 426 vagas, no total, sendo 132 em Porto Alegre, 147 em Gravataí e 147 em São Jerônimo. Em maio do ano passado, a instituição de ensino havia anunciado a abertura de 480 novas vagas em cursos de Medicina nos mesmos municípios. No entanto, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região suspendeu a decisão.

Qual é a restrição ?
A decisão da Ulbra desrespeita a Constituição,  O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) registrou, em 24 de maio de 2024, quórum de votação suficiente para definir os rumos do julgamento do mérito da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 81/DF (ADC 81), pondo fim a importante debate jurídico que se estendia desde meados de 2023, em torno da constitucionalidade do condicionamento da autorização de cursos de medicina a chamamentos públicos prévios, na forma do art. 3º da Lei 12.871/2013 (Lei do Mais Médicos).

Mas muitos cursos são abertos no País.
Conforme dados do Ministério da Educação,quase 300 cursos estão com pedidos sob análise da pasta em todo o Brasil.