Ampliada, Expoagas 2018 vai gerar mais de R$ 500 milhões em negócios


 Ampliada, Expoagas 2018 vai gerar mais

de R$ 500 milhões em negócios


-> Feira terá novos espaços para multinacionais e pequenas indústrias regionais
-> Encontro ocorrerá de 21 a 23 de agosto, no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre (RS)
    
     Principal ponto de encontro, qualificação e negócios entre varejistas e fornecedores do Cone Sul, a 37ª Convenção Gaúcha de Supermercados – Expoagas 2018 reunirá cerca de 48 mil pessoas ligadas à cadeia do abastecimento no Centro de Eventos Fiergs, em Porto Alegre, entre os dias 21 e 23 de agosto, oportunizando à indústria o lançamento de mais de 800 produtos e garantindo ao varejo atualização, capacitação profissional e oportunidades de negócios junto aos 372 expositores da feira. Ampliada, a Expoagas 2018 contará nesta edição com um espaço internacional, que reunirá marcas consagradas, fabricadas por grandes multinacionais, e um circuito de negócios, congregando pequenos fornecedores gaúchos em uma área exclusiva à indústria regional. Cada vez mais abrangente e atrativo a outros setores do comércio, o evento deve movimentar R$ 506 milhões em negócios somente durante os três dias, refletindo, nos estandes, as tendências de mercado que vão dar o tom dos hábitos de consumo dos gaúchos no segundo semestre deste ano nos estandes.

            Realizada há 18 anos no Centro de Eventos Fiergs, a Expoagas vai oportunizar, em 2018, que novas empresas participem da mostra como expositoras. Segundo o presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), Antônio Cesa Longo, a concorrência pelos espaços e a limitação física dos pavilhões fizeram a entidade buscar alternativas para permitir que pequenas fornecedoras locais pudessem participar da feira. “Nosso objetivo é viabilizar uma participação maior de gaúchos no encontro, já que teremos supermercadistas dos 27 estados brasileiros e de pelo menos nove países fazendo negócios na Expoagas 2018. O circuito de negócios que estamos lançando em área anexa às palestras técnicas vai possibilitar que 35 novas indústrias regionais levem seus produtos, equipamentos e serviços aos visitantes. É isso que buscamos, já que um varejo só é efetivamente forte quando a indústria também é pujante”, afirma o presidente da Agas.

      Outra novidade desta edição, o Espaço Multinacionais, localizado no terceiro andar do Teatro do Sesi, terá três grandes expositoras apresentando produtos fabricados por multinacionais das áreas de alimentos e higiene pessoal. “Será um espaço em que que estas grandes empresas vão estreitar relações com seus clientes. Assim como teremos mais presença da pequena indústria gaúcha, também queremos oportunizar negócios para as grandes empresas. Este é o espírito da Expoagas 2018, uma feira de todos e para todos”, destaca Longo.

            Abrangência de setores – A Agas está prospectando novas empresas varejistas para conhecerem a feira, ampliando cada vez mais o leque de setores impactados pela Expoagas – neste ano, as inscrições realizadas até 17 de agosto mais uma vez são gratuitas para supermercadistas e para representantes de padarias, atacados, farmácias, bares, restaurantes, lojas de conveniência, açougues, bazares, lojas de 1,99, petshops, hospitais e hotéis. Os valores para visitantes de outros setores vão variar de R$ 30,00 a R$ 150,00 para os três dias de evento. “A Expoagas está consolidada como um evento multissetorial e traz oportunidades para empresas de todos os tamanhos. O pequeno comerciante que visitar a feira certamente sairá melhor e mais preparado para os desafios do mercado, seja pelo ciclo de palestras ou pelas parcerias comerciais que estarão à disposição na feira”, projeta Longo. As inscrições para o encontro já estão abertas pelo site www.agas.com.br.

      27% dos expositores são estreantes – Mais uma vez majoritária, a participação de empresas gaúchas entre os expositores manteve-se igual ao ano passado – 72% dos estandes terão empresas locais. O segundo estado com maior representação é São Paulo, com 11,2% dos expositores, seguido de Santa Catarina, com 10,1%. Além de companhias de nove estados brasileiros, a Expoagas 2018 contará com empresas do Uruguai e da Argentina na área de exposição. O dado que mais chama a atenção, entretanto, é o número de estreantes entre os expositores: ao todo, 27% das 372 empresas da mostra vão participar pela primeira vez da feira, enquanto 73% estão retornando. “Saudamos uma renovação entre os participantes, já que esta é uma grande oportunidade para que as empresas busquem diferenciais de competitividade e se desenvolvam. É um sinal que estamos cumprindo o nosso papel”, aponta o gerente executivo da Agas, Francisco Schmidt.
     
      Para fomentar a participação de varejistas do Interior do Estado, a Agas irá subsidiar 50% dos custos de viagem para caravanas que contemplarem pelo menos três empresas varejistas. “São 90 núcleos regionais que alugam um ônibus e vêm à feira dos mais diferentes pontos do Estado e de Santa Catarina”, explica o presidente da entidade.

Artigo, Astor Wartchow - Salário-esposa


- O autor é advogado, RS.

      Recentemente, a Câmara de Vereadores da cidade de São Paulo aprovou um projeto de reajuste dos vencimentos dos servidores do Tribunal de Contas do Município (TCM). Indiretamente, o projeto deu visibilidade a um surpreendente e ainda vigente privilégio corporativo, qual seja, o salário-esposa.
      Na mesma ocasião, a Câmara paulistana aprovou a criação de auxílio-saúde e auxílio-alimentação. O servidor que tiver plano de saúde privado poderá mostrar o pagamento da mensalidade e será reembolsado em até R$ R$1.079,00
      O salário-esposa paulista surge através do art. 9 da lei estadual 7.831/1963, regulamentada pelos decretos 41.981/1963 e 42.850/1963. Há registros também em leis estaduais posteriores (10.261/1968 e 500/1974).
      Concomitante com os dispositivos legais relacionados ao salário-família, o salário-esposa foi reproduzido em diversos municípios paulistas, a exemplo de São Paulo, São Bernardo do Campo, São Carlos, Guarujá, Osasco e Sorocaba. São leis e decretos que tratam do Estatuto dos Servidores Públicos.
      E o que é o salário-esposa? Trata-se de “vantagem funcional” aos servidores ativos e inativos, desde que suas esposas ou companheiras não exerçam qualquer atividade remunerada.
      O valor do salário-esposa é insignificante. Regra geral, limitado a 5% sobre dois salários mínimos municipais. Mais ou menos, uns 150,00 reais mensais.  No município de São Paulo é pago a alguns funcionários da Câmara de Vereadores e a milhares de servidores da Prefeitura.
      Nos municípios identificados, seja tocante a administração direta ou indireta, já há vários processos judiciais pedindo a suspensão, ilegalidade e inconstitucionalidade do salário-esposa.
      Notadamente por sua insignificância financeira, este caso é um demonstrativo da natureza do assalto sistêmico e desavergonhado a que o cidadão e contribuinte é submetido.
      Mas há algo pior: entre dezenas de exemplos de privilégios e abusos em vigor em todo o país (na união, estados e municípios), quem nos representa no sentido de acabar com estes absurdos e transformar positivamente a nação?
      Os parlamentares e governantes, que seriam por natureza do seu mandato os fiscais e gerentes da coisa pública? Os servidores públicos da administração direta e indireta também não são os guardiões dos interesses do povo?
      Aqui em Contraponto, em 2006, sob o titulo “Escravos Tributário-Legislativos”, já afirmava que “(...) sem representação política confiável e inovadora, a população sofre e vê a corrupção disseminada e seu dinheiro escorrendo pelo ralo governamental”.
      Em todo o território nacional há um misto de covardia, omissão, oportunismo e abusos corporativos que se transformaram em correntes que aprisionam os brasileiros.     Até quando?



Crescimento do mercado imobiliário residencial seguirá moderado, mas vai acelerar em 2019


Depois de três anos em retração, a retomada das vendas de imóveis residenciais teve início em 2017. O crescimento, apesar de modesto no último ano, derivou da melhora no quarto trimestre e foi impulsionado pelo mercado paulistano. Melhores condições de crédito, preços de imóveis mais baixos, elevação de renda real e da confiança do consumidor foram os principais impulsos para a recuperação da demanda por imóveis residenciais. Os dados do primeiro trimestre de 2018 reforçam a trajetória positiva das vendas, inclusive com expansão em maior intensidade. Ainda que existam vetores para moderação na velocidade de retomada nos próximos meses, como a acomodação da taxa de desemprego em nível elevado desde o final do ano passado e a interrupção da melhora dos índices de confiança do consumidor mais recentemente, novas medidas voltadas à expansão do crédito habitacional foram divulgadas ontem pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e terão impacto positivo no setor ao longo dos próximos anos. Assim, esperamos que a moderação no ritmo de retomada seja temporária, com o crescimento do mercado imobiliário voltando a acelerar em 2019. Por fim, as disparidades regionais devem seguir presentes nos meses à frente, acompanhando a recuperação distinta das economias locais.
O mercado imobiliário residencial foi reduzido a 50% do seu volume máximo, atingido em 2013, durante a última recessão brasileira. Atualmente, encontra-se a 60% do volume de 2013, apesar da melhora recente. O setor tem se recuperado gradualmente, com crescimento das vendas de 9,4% em 2017, passando para avanço interanual de 22,3% no primeiro trimestre deste ano. A retomada das vendas foi sustentada por diversos fatores positivos no período. A expansão da massa real de renda, atrelada à melhora do mercado de trabalho ao longo de 2017 e à queda da inflação, a queda dos juros e o baixo patamar de preços de imóveis favoreceram a capacidade de pagamento das famílias brasileiras no caso dos financiamentos habitacionais. Além disso, houve queda do endividamento nos últimos anos e do comprometimento de renda desde meados de 2017. Somado a isso, a melhora do ambiente econômico permitiu que a confiança do consumidor fosse retomada gradualmente, influenciando positivamente a demanda por crédito de longo prazo, como é o caso do imobiliário. A combinação desses fatores explica a expansão do número de unidades financiadas neste ano com recursos da poupança, conforme divulgado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip).
Com o aumento da demanda, as incorporadoras voltaram a lançar. O volume lançado registrou crescimento de 5,2% em 2017. No primeiro trimestre de 2018, contudo, os lançamentos recuaram 30%, em um período de acomodação após a forte expansão observada no último trimestre do ano passado. Como parte relevante das vendas ocorre na planta (historicamente, em São Paulo, por exemplo, mais de 65% das vendas ocorrem antes do início das obras), voltar a lançar também beneficiou a demanda por imóveis novos, tendo seus efeitos nas vendas no início do ano. De fato, ter um ponto de venda, com corretores e unidades decoradas, facilita a venda de um imóvel novo. Com isso, os estoques de imóveis novos foram reduzidos, de 154 mil unidades no final de 2016 para 123 mil unidades no primeiro trimestre deste ano. Considerando o patamar de vendas de cada período, os estoques passaram de cerca de 23 meses de venda para 17 meses, desde o primeiro trimestre de 2017, reforçando o cenário de um mercado imobiliário residencial de fato mais ajustado ao novo patamar de demanda. Estoques mais ajustados recolocam o mercado em um equilíbrio mais favorável às empresas, com melhora nas perspectivas de preços.
Como é sabido, a recuperação do mercado tem ocorrido de forma heterogênea entre os municípios pesquisados. A queda de estoque de imóveis novos, por ora, ocorreu em 13 municípios/regiões metropolitanas (RMs) das 21 áreas pesquisadas pela CBIC, indicando um quadro mais ajustado nessas regiões e favorecendo, consequentemente, a recuperação de lançamentos neste ano. Outras cidades/regiões seguem com elevação de estoques. De qualquer forma, a preocupação em relação aos estoques excessivos deveria se concentrar no volume e na participação das unidades que já foram entregues. No Brasil, em média 31% dos estoques imobiliários estão prontos, 50% estão em construção e 19% estão na planta. Chama atenção, então, que 10 das regiões pesquisadas possuem mais de 40% dos seus estoques em unidades prontas, o que leva as incorporadoras a incorrer com custos de IPTU e condomínio, além do esforço de comercialização, muitas vezes sem ponto de venda no empreendimento.
Olhando nos meses à frente, há vetores claros para moderação na retomada do mercado imobiliário. A taxa de desemprego parou de cair, de forma mais evidente, desde novembro de 2017; a criação de vagas no mercado de trabalho formal (com carteira assinada) tem surpreendido negativamente nos últimos meses; e a renda real desacelerou neste ano, comparativamente à velocidade de expansão observada no ano passado. Além disso, a trajetória de melhora da confiança dos consumidores foi interrompida em maio e junho deste ano, apresentando ligeira recuperação em julho, mas ainda em nível bem inferior ao observado no primeiro trimestre.
Por outro lado, ontem foram anunciadas novas medidas de estímulo ao crédito habitacional, que deverão contrabalancear esses vetores de moderação a partir de 2019. Entre as alterações divulgadas, o CMN manteve o direcionamento de 65% dos recursos de poupança para financiamento habitacional, entretanto, eliminou a regra de que 80% desses recursos sejam utilizados para o Sistema Financeiro Habitacional (SFH – poupança e FGTS), flexibilizando a utilização desses recursos. Os financiamentos com recursos de poupança poderão ter taxas de juros negociadas livremente com os mutuários (a regra atual obriga o uso da Taxa Referencial – TR como indexador). Com isso, os financiamentos poderão ser atrelados a índices de inflação, facilitando a securitização dos ativos e permitindo a contratação de novos financiamentos. Ademais, houve aumento do limite do valor de imóvel financiado com recursos do FGTS, de R$ 950 mil para R$ 1,5 milhão em nível nacional, no âmbito do SFH. Para recursos de poupança, não há mais limite no valor de avaliação do imóvel. Em financiamentos de imóveis até R$ 500 mil, os bancos poderão usar o fator multiplicador de 1,2 no volume de crédito da operação para efeito do atendimento da exigibilidade, ou seja, a medida estimula os financiamentos para imóveis de menor valor.
Por fim, a resolução do CMN limitou os instrumentos para fins de vinculação, entre eles as Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que não serão mais computados nos 65% de exigibilidade dos recursos de poupança. Como o vencimento desses instrumentos é geralmente inferior a seis anos, o Banco Central estima que essas medidas podem gerar um acréscimo de R$ 80 bilhões no crédito imobiliário ao longo desse período. Assim, o pacote de ontem deverá manter as condições favoráveis de oferta de crédito, com impactos a partir de 1º janeiro de 2019, quando as regras entram em vigor.
As disparidades regionais seguirão presentes. De forma geral, vemos a região Nordeste e alguns estados do Sudeste com ritmo mais lento de recuperação econômica, especialmente considerando o mercado de trabalho bastante folgado, com elevadas taxas de desemprego. Em sentido contrário, as regiões Sul, Centro-Oeste e Norte, de modo geral, já apresentam retomada mais clara da atividade e deverão liderar o crescimento da economia brasileira neste e no próximo ano. Apesar das condições de crédito serem semelhantes em todas as regiões (e as novas medidas têm impacto nacional), a diferença de criação de vagas formais esperada para os próximos meses (acompanhando a recuperação da atividade) deverá determinar as distintas velocidades de retomada no mercado imobiliário em cada município/região. Como alertamos, o ajuste dos estoques de imóveis novos segue incompleto em diversas regiões, levando a um esforço adicional das incorporadoras na venda dessas unidades remanescentes.

Os projetos de Marchezan


PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR 004/18 — APROVADO
Revisão das regras para o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN). Adequa a legislação municipal à federal, eliminando isenções.
PLC 002/18 — APROVADO
Cadastro de inadimplentes junto à prefeitura. Institui o Cadastro Informativo de créditos não quitados do município de Porto Alegre (Cadin).
PLC 003/18 — APROVADO
Marco regulatório das Parcerias Público-Privadas (PPPs). Cria o Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas e autoriza o Executivo a instituir Fundo de Garantia de Parceria Público-Privada Municipal.
PLC 005/18 — APROVADO
Dívidas de gestões passadas e seus pagamentos. Reconhece dívidas de governos passados e, para os credores que desejarem aderir ao plano de pagamentos, prevê quitação em parcelas conforme o valor da dívida da prefeitura.
PLC 008/18 — REJEITADO
Alterava o Estatuto dos Funcionários Públicos em itens como avanços, adicionais, incorporação de função e regimes de trabalho. O impacto financeiro das mudanças ultrapassaria R$ 70 milhões até 2021.
PLC 010/18 — NÃO APRECIADO
Criação e extinção de fundos municipais. Chegou a ser previsto para a ordem do dia em 11 de julho, mas foi retirado da pauta para privilegiar projetos relativos à remuneração dos servidores e não voltou a ser apreciado.
PLC 007/18 — NÃO APRECIADO
Institui o regime de previdência complementar na prefeitura. Estava na ordem do dia em 16 de julho, quando a sessão foi encerrada em razão da morte do pai do presidente da Câmara.
PLC 005/18 — NÃO APRECIADO
Atualiza a planta imobiliária da cidade e modifica alíquotas do IPTU. Considerado de fundamental aprovação para as contas da prefeitura. Para valer em 2019,o projeto precisa ser votado até setembro.
EMENDA À LEI ORGÂNICA 001/18 — NÃO APRECIADO
Modifica o regime de trabalho do funcionalismo.
EMENDA À LEI ORGÂNICA 002/18 — NÃO APRECIADO
Mudanças nas licenças, como a licença-prêmio.
PLC 006/18 — NÃO APRECIADO
Alteração das regras para concessão de pensões.
PLC 009/18 — NÃO APRECIADO
Alterações nas aposentadorias, delibera sobre o Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre, o Previmpa.

Nota da prefeitura


A Prefeitura de Porto Alegre esclarece que, durante um ano e meio de gestão, sempre manteve o diálogo aberto com o Sindicato dos Municipários (Simpa). Foram inúmeras reuniões, sem que nenhuma sugestão de alternativa tenha sido apresentada para evitar o parcelamento de salários já anunciado por governos anteriores e de conhecimento público.

Ao contrário do diálogo construtivo, o Simpa escolheu agir de forma agressiva, com interesses partidários e eleitorais acima dos interesses dos municipários. Essas ações desqualificam o debate e são repudiadas pelo governo e pela sociedade, não contribuindo para a solução dos reais problemas da cidade, que é o nosso maior compromisso.

O atraso do salário dos servidores é o último reflexo de decisões equivocadas, cuja maquiagem para que fossem pagos em dia levou os cidadãos mais carentes a defasagem de décadas em investimentos em drenagem (R$ 3,5 bilhões), vagas em creches, saneamento (44% de esgoto não tratado), pavimentação de vias, entre outros serviços básicos não entregues à população da capital gaúcha. Os números da prefeitura são públicos e estão dentro da política de transparência da atual gestão, sendo atestados por análises reiteradas do Tribunal de Contas do Estado.

Apresentamos à Câmara de Vereadores as únicas soluções para esse problema estrutural do município. O Simpa, por outro lado, mostrou ao Legislativo e a sociedade a face mais egoísta e radical de um sindicalismo ultrapassado. Por isso, o governo municipal só voltará a receber representantes do Simpa quando a greve for encerrada e o respeito, restaurado.

Neste momento, Porto Alegre precisa de união. Os problemas são de todos e devem ser resolvidos em harmonia. Quem mais sofre com a falta de recursos é a população mais pobre, que com a greve fica carente de serviços essenciais, como o atendimento à saúde. Vivemos um período crítico, de frio intenso, e vidas podem ser colocadas em risco com esta paralisação irresponsável.

Enfim, desejamos, em nome da população de Porto Alegre, o encerramento imediato da paralisação e a volta de um debate racional sobre o desequilíbrio financeiro, que é um problema estrutural da cidade.