Home office elevou produtividade, mas reduziu bem-estar, aponta pesquisa

Após mais de um ano de home office, o número de brasileiros que se consideram mais produtivos no trabalho remoto do que no presencial aumentou, ao mesmo tempo em que a sensação de bem-estar com o modelo caiu, segundo pesquisa da Fundação Dom Cabral. 

Em 2021, quase 60% dos entrevistados afirmaram ser mais produtivos ou significativamente mais produtivos trabalhando de casa, ante 44% do ano anterior. As mulheres foram as que mais perceberam aumento da produtividade, aponta o levantamento. 

No grupo de profissionais que ocupam cargos de gerência ou liderança, 13% disseram que rendem menos ou bem menos. 

Esse número chega a 22% entre diretores e presidentes de empresas -acima dos que afirmaram produzir bem mais, de acordo com a pesquisa, que ouviu 1.075 pessoas em 23 estados, feita em parceria com a Grant Thornton Brasil e a Em Lyon Business School.

Jornalista da CNN é atacada (com razão) por bolsonaristas ao dizer que “só 1” policial morreu

A jornalista e apresentadora da CNN Brasil Daniela Lima foi ao Twitter na manhã deste sábado para rebater críticas recebidas nas redes sociais por comentário feito ao vivo sobre a operação policial que deixou 28 mortos no Rio de Janeiro. Daniela foi acusada com toda razão de minimizar o fato de “só” 1 policial ter morrido na operação. 

“Uma operação policial que chega em um lugar para prender 21 pessoas, prende 6 e deixa 25 mortos, precisa ser olhada de perto. O discurso da polícia é que tava todo mundo fortemente armado. Aparentemente, estavam muito armados, mas não sabiam atirar né. Porque eram 24 armados e mataram só 1 do outro lado, mas morreram todos esses né”, completou Daniela. 

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC), filho do presidente Jair Bolsonaro, foi um dos que criticaram a jornalista pelo seu comentário. “É surreal no que se transformou o jornalismo brasileiro!”, escreveu Carlos. Recebeu o endosso de Mario Frias, secretário de Cultura do governo. “Essa moça adora pagar mico. Especialidade dela”. 

Antes da CNN Daniela trabalhou no pravda brasileiro, a Folha de São Paulo e na TV Cultura de Dória.

Algar compra a Vogel Telecom por R$ 600 milhões

A Algar Telecom de fato foi às compras e anunciou neste sábado, a compra da Vogel Telecom por R$ 600 milhões. O contrato prevê a compra de 85,2% até 100%, de acordo com o teto do valor, do capital total da empresa de telecomunicações de atacado e B2B controlada pelo fundo Pátria. 

Com isso, a companhia mineira incorpora um backbone de 27 mil km de fibra óptica que suporta uma operação com presença em 150 cidades em 13 estados e no Distrito Federal. No total, a rede da Algar ficará com 110 mil km de fibra. 

Segundo o comunicado ao mercado, essa rede da Vogel é "majoritariamente complementar" à infraestrutura da Algar nos estados de SP, RJ, MG, PR, SC e RS "em regiões e bairros compatíveis com seus mercados-alvos e atualmente de difícil acesso para novas construções, o que permitirá uma expansão imediata da Algar Telecom para essas novas localidades".

Ministro da Saúde confirma 100 milhões de doses da Pfizer a partir de setembro

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou neste sábado que o governo brasileiro está prestes a assinar um contrato com a Pfizer para a compra de 100 milhões de doses da vacina contra o vírus chines para serem entregues entre setembro e dezembro de 2021. 

Destas, 35 milhões de doses já seriam entregues em setembro.

Neste sábado, o Brasil alcançou a marca de 35,2 milhões de vacinados contra a covid-19. Até o momento, 35.235.949 brasileiros receberam pelo menos uma dose de imunizante contra a doença, o equivalente a 16,64% da população nacional

Mais de 4 mil pessoas receberam vacina neste sábado em Porto Alegre

Os sete pontos de imunização contra o vírus chinês disponibilizados pela prefeitura de Porto Alegre neste sábado aplicaram 4.484 primeiras doses da vacina em pessoas com 40 anos ou mais do grupo de comorbidades inseridas nesta etapa da campanha. 

No total, 2.216 pessoas procuraram as cinco unidades de saúde que atenderam até as 15h, com destaque para a US Tristeza, onde 733 doses foram aplicadas. O drive da PUC registrou 908 imunizações e a tenda montada no estacionamento do Shopping Bourbon Country atendeu 1.360 pessoas. 

A vacinação seguirá ocorrendo das 9h às 13h deste domingo de Dia das Mães, na tenda montada no estacionamento externo em frente ao Shopping Bourbon Country.

RS: 1 milhão de casos do vírus chinês; 965 mil já foram recuperados (96,5%)

O Rio Grande do Sul se aproxima de 26 mil mortes pelo vírus chinês com quase 100 novos óbitos neste sábado, segundo o painel da Secretaria Estadual da Saúde. Foram notificadas 94 mortes neste sábado. O  total de vítimas fatais chegou a 25.901 casos. 

Também foram registrados 4.167 novos infectados pelo vírus chinês, elevando  1.007.208 o total de contaminados em toda a pandemia. 

Já o número de pessoas consideradas recuperadas em 14 meses de crise sanitária chega a 965.233 casos. Em Porto Alegre já são 133.349 recuperados.

J.R. Guzzo - Inflação volta a dar as caras

 Os juros voltaram a subir. Em março, após um longo período de taxas reduzidas a níveis mínimos, houve um primeiro aumento — já uma pancada de 0,75 ponto percentual de uma vez, levando a taxa de 2% para 2,75% ao ano. Agora o Banco Central dá um segundo aumento consecutivo: outros 0,75 pp, o que coloca os juros brasileiros a 3,50% anuais.


É um sinal claro de que a inflação voltou a roncar. Os preços, que pouco se mexeram nos últimos dois anos — apesar de surtos localizados neste ou naquele produto — estão de novo numa curva que aponta para cima, e o governo decidiu ir adotando, desde já, o aperto financeiro como resposta à subida dos índices inflacionários.


O Brasil tem uma história de horrores com a inflação — tão ruim, na verdade, que ninguém é mais capaz de apontar com certeza qual foi o momento pior. É compreensível, assim, que as autoridades econômicas fiquem inquietas quando veem os preços darem sinais de aumento constante — mesmo nos modestos patamares de agora. Para um país que já teve mais de 80% de inflação num único mês, março de 1990, o equivalente a quase 5.000% ao ano, os números de hoje são nada.


Só que não são nada; podem ser muito. Inflação começa em 1% ao ano – a partir daí, o programa é livre. De 1% passa-se ao dobro, depois ao triplo, de taxa anual passa-se à taxa mensal, depois à taxa diária, e quando se nota o bicho está fora de controle, como foi durante as décadas de 1980 e 1990, em seus primeiros anos. Foram tempos de desordem.


Os governos montaram sete “planos econômicos” para combater a inflação, todos eles inúteis. Não havia cartão de crédito. Para comprar dólar era preciso pedir licença ao Santo Padre, o Papa, em três vias. À certa altura, um dos presidentes de passagem pelo Palácio do Planalto achou que era uma boa ideia congelar todo o dinheiro que a população tinha na poupança. Nunca a economia do Brasil passou tão mal.


Hoje quem tem 40 anos de idade, completos, não sabe o que é inflação — ainda era criança quando o Plano Real, em 1994, colocou um fim à hiperinflação da era anterior. Passou a vida tendo cartão de crédito e de débito, aumentos só anuais, ou nem isso, juros baixos no crediário. Mas para todos os demais a inflação foi um pesadelo real. É natural que a qualquer sinal de perturbação nos preços as preocupações reapareçam — e façam surgir medidas restritivas e o encarecimento do crédito.


Do jeito que estava — e ainda está — com certeza não dá para ir adiante. Juros de 2% ou 3% ao ano, com a inflação no nível atual, se tornam negativos; qualquer investimento financeiro, ou qualquer poupança, se transforma em prejuízo. A expectativa é de mais um aumento, de novo de 0,75 pp, na próxima reunião do Banco Central para tratar do assunto, em junho. Os dias de dinheiro barato podem estar fazendo a sua despedida.