Santander Brasil concede financiamento verde de R$ 60 milhões à BSBIOS (RS)

Contrapartida inclui ampliação de projeto que transforma óleo de cozinha usado (UCO) em biocombustível, em Passo Fundo (RS)

O Santander Brasil concedeu R$ 60 milhões com compromisso ESG à BSBIOS, maior produtora de biodiesel do Brasil. O montante terá como contrapartida a ampliação do projeto social de coleta de óleo de cozinha usado (UCO, da sigla em inglês) em Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. A iniciativa reduzirá o impacto ambiental causado pelo descarte inadequado do resíduo no meio ambiente e elevará em 15% a renda de famílias que já fazem parte da cooperativa de reciclagem do município. O resíduo é utilizado como matéria-prima para produção de biodiesel, na unidade da BSBIOS, na própria cidade.

A linha de empréstimos ESG Linked Loan é um modelo no qual o Santander oferece como benefício a redução da taxa de juros vinculada ao cumprimento de metas de indicadores ambientais, sociais e de governança preestabelecidos em contrato. O Banco é pioneiro no mercado de empréstimos atrelados a indicadores de sustentabilidade no Brasil. “Temos investido cada vez mais em produtos e incentivos verdes, como esse destinado à BSBIOS. Acompanhamos de perto as propostas, sempre considerando a realidade de cada negócio, para que haja avanços em seus indicadores socioambientais”, destaca Carolina Learth, líder de Sustentabilidade do Santander Brasil.

O financiamento “verde” foi um caminho natural para a BSBIOS, que já tem em seu DNA o propósito de praticar o desenvolvimento sustentável por meio do agronegócio e das energias renováveis. Uma de suas principais metas é tornar-se uma das três maiores produtoras de biocombustíveis do mundo e carbono neutro até 2030. “Como uma empresa que tem a sustentabilidade como um de seus valores, estamos felizes com o anúncio dessa parceria, que certamente terá muitos impactos positivos para o meio ambiente, para a inclusão social e para a geração de renda para economia local”, destacou Erasmo Carlos Battistella, Presidente da BSBIOS.

A empresa utiliza gorduras animais, óleo de soja e UCO como matérias-primas para a produção de biodiesel. Aproximadamente 40% das matérias-primas utilizadas são provenientes da agricultura familiar, beneficiando cerca de 10 mil famílias de pequenos produtores rurais.

Além de duas unidades produtivas no País, uma em Passo Fundo (RS) e outra em Marialva (PR), a BSBIOS também conta com uma unidade de produção na Suíça e conduz o projeto de construção da biorrefinaria Omega Green, no Paraguai, que irá produzir biocombustíveis avançados a partir de 2025. Recentemente, a companhia também anunciou o projeto de implantação de uma unidade de produção de etanol, no Rio Grande do Sul.

Contrapartida

Como contrapartida para o financiamento ESG, a BSBIOS buscou uma parceria local, na Vila Popular, em Passo Fundo. A Cooperativa Amigos do Meio Ambiente (COAMA) já atua com recicladores e possui licença ambiental para recolhimento de óleo de cozinha usado. A ação irá desenvolver fornecedores para aquisição do UCO, proveniente do sistema de coleta pública, de estabelecimentos comerciais e de residências.

A presidente da COAMA, Eva de Fátima Godois de Chaves e a vice-presidente, Aparecida Oliveira Sodré, salientaram a importância da parceria. “Essa ação é muito importante para todos nós da cooperativa, para a empresa e principalmente para o meio ambiente. É algo que certamente vai impactar positivamente para o nosso trabalho e a nossa renda”, destacaram.

O projeto prevê a instalação de novos pontos de coleta e fornecimento de equipamentos para acondicionamento no transporte do óleo coletado. O apoio também virá na capacitação em temas de gestão do negócio dos cooperados, por meio de um grupo de voluntariado da empresa, que também dará suporte para articulação junto aos setores público e privado para ampliar a rede de coleta de óleo. A ideia é envolver toda a comunidade em uma grande ação de educação ambiental gerando engajamento, trazendo ganhos sociais e o desenvolvimento sustentável do município.

Instruções do governo federal sobre uso das marcas

 18. É vedada a aplicação da marca do Governo Federal nas placas de sinalização de obras

públicas?

Sim, as placas de obras ou de projetos de obras de que participe a União, direta ou

indiretamente, deverão ser alteradas para exposição durante o período eleitoral, em face da

suspensão da divulgação da marca do Governo Federal, que se aplica a qualquer suporte

utilizado como meio de divulgação.

19. O que fazer com as placas de obras públicas que já contém a marca do Governo?

A marca deverá ser retirada da placa de obra ou de projeto de obra, ou ser

adequadamente coberta, com vistas a não suscitar qualquer caracterização como publicidade

institucional.

Link para acesso direto

https://www.gov.br/secom/pt-br/acesso-a-informacao/perguntas-frequentes/FAQ2022VersoAtualizada.pdf

Escolas de aviação fecham por falta de alunos. O problema são os altos custos do combustível.

 Preço da hora/aula passa de R$ 1 mil em virtude do aumento do combustível e queda no número de matrículas já chega a 60%

As escolas de aviação estão vivendo um dos piores momentos nas últimas décadas. A crise econômica atingiu em cheio o segmento, responsável pela formação dos pilotos brasileiros. O diretor da Escola Biruta de Aviação Civil, Diego Osório, ressalta que o maior problema são os custos elevados para a manutenção das aeronaves, especialmente o querosene e a gasolina utilizados nas aeronaves, que podem variar entre R$ 11 e R$ 20 o litro. “A hora/aula que há dois anos custava em torno de R$ 450 já passa de R$ 1 mil. E sabemos que o poder aquisitivo das famílias baixou muito. Em nossa escola tivemos a redução de 60% no número de matrículas. Desse jeito vamos fechar as portas por falta de alunos”, desabafa Osório, cuja escola fica sediada no município gaúcho de Ijuí, no Rio Grande do Sul.

O vice-presidente da Câmara Temática Aeroportuária da Frente Parlamentar Mista de Logística e Infraestrutura (Frenlogi), deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), ressalta que o preço do combustível de aviação aumentou 96% nos últimos 18 meses. “Metade do custo de uma escola é combustível. Com essa escalada dos preços, que são atrelados ao dólar, vai ficar inviável manter a atividade já no curto prazo. Sem as escolas de formação ficaremos sem pilotos no médio e longo prazo. Isso é impensável para um país de dimensões continentais que depende da aviação para manter sua economia. Algo precisa ser feito imediatamente”, alertou o deputado, que tratou do assunto com a direção da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR).

Em nota, a ABEAR ressaltou que a Petrobras anunciou mais um reajuste no preço médio do querosene de aviação (QAV) em 15 refinarias, de 3,9% no dia 1º de julho, em relação ao valor de 1º de junho. Com isso, o combustível acumula alta de 70,6% de 1º de janeiro a 1º de julho. De acordo com a empresa, os valores são à vista, sem tributos. No ano passado, o aumento do preço do QAV foi de 92%, em comparação com 2020.

“Mais uma vez o reajuste mensal no preço do QAV comprova os desafios que as associadas ABEAR enfrentam diariamente com a escalada dos custos estruturais, principalmente com o QAV. É importante que haja uma política pública para reduzir o preço do combustível, que no Brasil chega a ser até 40% mais caro do que no exterior. E é por isso que a ABEAR tem ampliado sua interlocução com o Poder Público, especialmente com a mesa de diálogo permanente com o governo que já foi iniciada”, afirma o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz.

PEC dos Benefícios Sociais será votada hoje

 A votação na comissão especial está marcada para as 9 horas no plenário 6. Se aprovado no colegiado, o texto ainda precisa ser votado em dois turnos no Plenário da Câmara. Segundo o líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), a votação no Plenário deve acontecer ainda nesta quinta.

A comissão especial que analisa a PEC do Estado de Emergência reúne-se desde as 9h para votar o parecer do relator, deputado Danilo Forte (União-CE), tudo no caso da PEC do Estado de Emergência (PEC 1/22), que tramita em conjunto com a proposta de emenda à Constituição que trata de estímulos tributários aos biocombustíveis (PEC 15/22).O texto do relator consolida as redações das duas PECs sem alterar o mérito já aprovado no Senado. Está previsto o estado de emergência no País até 31 de dezembro, justificado pela elevação “extraordinária e imprevisível” dos preços do petróleo, combustíveis e seus impactos sociais. Na prática, a medida permite ao governo ampliar benefícios sociais que não seriam autorizados em ano eleitoral, como o Auxílio Brasil de R$ 600 e auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros. A proposta também prevê recursos extras para o vale-gás de cozinha, o programa Alimenta Brasil, taxistas, o financiamento da gratuidade no transporte coletivo de idosos e para compensar estados que reduzirem a carga tributária dos biocombustíveis. O impacto total dessas medidas é de R$ 41,2 bilhões.

O texto ainda visa estabelecer, na Constituição, o regime fiscal diferenciado para os biocombustíveis, com vantagens em relação aos combustíveis fósseis. A intenção é minimizar o impacto de recentes leis complementares (LCs 192/22 e 194/22) que reduziram a competitividade dos biocombustíveis, como o etanol, diante da gasolina.

Danilo Forte afirmou que a intenção é conter “notório estado de pobreza pelo qual passa grande parte do País”. A oposição, no entanto, criticou as medidas. “É chamada de PEC do desespero e tem interesse meramente eleitoral porque tem um prazo de validade. Essa PEC cria o estado de emergência e encerra o estado de emergência. Ela não está vinculada à realidade”, reclamou o deputado Rubens Pereira Junior (PT-MA).