Artigo, Maílson da Nóbrega, Veja - Se concorrer e ganhar, Lula dificilmente fará um bom governo

Artigo, Maílson da Nóbrega, Veja - Se concorrer e ganhar, Lula dificilmente fará um bom governo

Se quiser conquistar os mercados, cometerá estelionato eleitoral e perderá popularidade. Se mantiver a linha populista, terá dificuldades de governar.
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Imagine o leitor que Lula supere os obstáculos judiciais à preservação de sua candidatura à Presidência. Suponha, adicionalmente, que o centro político se fragmente a ponto de nenhum de seus candidatos chegar ao segundo turno. O cenário provável seria uma disputa final entre Lula e Jair Bolsonaro, na qual Lula venceria.  Combinaria maior capacidade de conquista de votos com as muitas desvantagens eleitorais de Bolsonaro.
Eleito, Lula não contaria com quatro fatores de êxito de seu primeiro mandato, a saber:
1)    O efeito retardado das reformas do governo FHC, cujos ganhos de produtividade permitiram a ampliação do potencial de crescimento da economia;
2)    A bonança decorrente da emergência da China como potência econômica, que a transformou no maior parceiro comercial do Brasil;
3)    O ciclo favorável de preços das commodities, que gerou ganhos de comércio para o Brasil, equivalentes a um expressivo ganho de produtividade;
4)    O recrutamento de nomes de prestígio para a equipe ministerial, além de conhecidos talentos para servir em várias posições da área econômica.
Além disso, Lula assumiria com a economia em lenta recuperação. O governo de Michel Temer reverteu a grave recessão, mas muito ainda é necessário para restaurar o ambiente de 2003, gerador do espaço para ampliar gastos sociais.
Lula voltou aos tempos do radicalismo. Promete um plebiscito para revogar a reforma trabalhista, o teto de gastos e a reforma previdenciária, caso venha a ser aprovada;
Os mercados se assustariam na campanha. A piora do ambiente provocaria fuga de capitais, alta do dólar, elevação dos juros futuros e fortes pressões inflacionárias. Lula poderia prometer algo como a Carta ao Povo Brasileiro de 2002, mas agora dificilmente teria credibilidade para conquistar o apoio do empresariado e dos mercados. Poderia até reverter parte da desconfiança, mas nada comparável ao que ocorreu naquele período.
Para ganhar confiança, Lula poderia comprometer-se em manter as reformas de Temer e em aprofundar as mudanças estruturais, numa linha liberal. Seria um estelionato eleitoral semelhante ao praticado por Dilma quando adotou medidas opostas às prometidas durante a campanha eleitoral. A rápida perda de popularidade dificultaria a condução do governo.
Em lugar disso, Lula poderia insistir na revogação das reformas e ampliaria os gastos do governo para conquistar apoio social. Seria o caminho para o desastre.

Lula não terá vida fácil. O país enfrentará grave crise caso ele, se eleito, aderir a um programa de cunho liberal ou preservar o populismo que tem adotado recentemente. E comunismo não prospera em nenhum Pais

Artigo, Marcelo Aiquel - A psicopatia dos fanáticos

        Com a aproximação da data da sessão de julgamento do recurso apresentado pela defesa do ex-presidente, junto ao TRF4, nota-se um desespero baixar sobre os apoiadores do líder dos petistas, esquerdistas e bolivarianos.
         É uma agonia com sintomas fortes de PSICOPATIA, como evidenciam os mais diversos fatos. E nem é necessário um laudo psiquiátrico para que uma pessoa lúcida (independente de ter alguma expertise na matéria) interprete tais atos como um grave distúrbio mental. Senão, vejamos:
   As reações são TODAS nítidas e evidentes
   1)    Os advogados do acusado, “jogando pra torcida”, reclamam oficialmente contra a marcação do julgamento, sob o inédito argumento de agilidade demasiada da Corte de Justiça. Ora, se tal contestação fosse realmente séria, os doutos advogados do réu estariam andando na contramão da unanimidade dos operadores do direito que – diariamente – criticam a demora no andamento dos processos judiciais.
         Além disso, a banca de advogados que atua na defesa do Lula da Silva parece ignorar o ESTATUTO DO IDOSO, Lei que confere prioridade de processamento judicial, sempre e quando uma das partes tenha idade avançada, como, in casu, o réu.
         Querer que o referido benefício legal somente seja utilizado somente “em vantagem à favor da parte”, é, data máxima vênia, uma interpretação obtusa e interesseira do postulante, o que, por si só, denota um claro temor quanto ao futuro resultado do julgamento.
   2)    De outro lado há o desrespeito ao judiciário competente, quando algumas pessoas – geralmente um tanto hipócritas – arguem a necessidade da montagem de um Tribunal paralelo, onde um grupo de juristas famosos (?) contestaria eventual decisão contrária aos interesses do réu. Isto que a esmagadora maioria dos simpatizantes do Lula “enchem a boca e estufam o peito” quando “dizem lutar” por uma democracia!
         Ora, cabe perguntar o óbvio para tentar entender tal desejo: Onde, num lugar em que reine o regime democrático, há a criação de Cortes paralelas a um Poder Judiciário regularmente constituído?
         Fica, então, definitivamente consagrada à máxima: FAÇA O QUE DIGO, E NUNCA O QUE FAÇO.
         Trata-se de uma incoerência patológica!  
   3)    Também há um grupo (Requião, Ciro Gomes, JP Stédile, entre outros) que, além de negar qualquer mal feito imputado ao ex-presidente, tenta pressionar os julgadores com a convocação de luta armada, no caso de insucesso do recurso.
         Além da estratégia representar um “tiro no próprio pé” (pois nenhum magistrado sério alteraria a sua convicção frente ao conjunto probatório dos autos, por causa de ameaças ou pressões externas), a inabilidade destes bufões termina por chancelar uma eventual atitude rígida por parte do controle de segurança (Polícia e Exercito – pois se trata de um órgão Federal), já preparado para isolar a área próxima do TRF4 e “acalmar” aos mais exaltados.
         Uma forte repressão deverá ser proporcionalmente condizente com o tamanho da ofensa recebida. Como ensinou ao mundo o filósofo e cientista britânico Isaac Newton: Toda ação gera uma reação.
   4)    Ainda é relevante citar os inocentes úteis que, contratados para engordar o movimento e fazer número, em troca de um punhado de tostões e um sanduiche de mortadela, serão os “bois de piranha” do grupo de esquerdistas (alguns bolivarianos, outros apenas oportunistas) que organiza a tal vigília.
   5)    E não poderia faltar uma referência aos muitos fanáticos que, como um piloto voando sob instrumentos – sem saber sequer onde está – “se fazem de cegos” e somente conseguem repetir a mesma “ladainha” sempre.
         Não entendem “bulhufas” de direito, mas se arvoram – como se professores fossem – a opinar tecnicamente sobre um processo que desconhecem o conteúdo.
         Se até mesmo para um experiente advogado comentar sobre uma causa em que não atua – e cujo conhecimento dos autos lhe é precário – não passa de atitude temerária, imaginem que valor de credibilidade terá a apreciação de alguém que, além de leigo, nunca leu o processo?
         Daí que se escutam verdadeiras barbaridades, proferidas por tais fanáticos ou por oportunistas de plantão.
         A verdade é que se espera um “circo”, patrocinado pelo PT e seus teleguiados, em Porto Alegre, no dia 24 de janeiro, onde não faltarão os bagunceiros selvagens e inúmeros palhaços no picadeiro.
         Um “circo” que certamente não afetará a convicção dos desembargadores federais (julgadores do caso), mas – pelo seu histórico recente – fará badernas nas ruas, em desrespeito ao Tribunal Federal Regional da 4ª região e à população ordeira.
         Com a palavra os comandantes das forças policiais designadas para manter a ordem e proteger as instituições.
         Até porque, democracia não se coaduna com desobediência, violência e desrespeito.
         A “vitimização” do réu é algo expressivo, mas há limites para tudo!